As origens
Se queremos entender a guerra de Síria devemos retroceder ate a de
Afganistam. Porque e em esta guerra donde os serviços secretos de USA,
Reino Unido, Arábia Saudita e Paquistám, criam Al Qaeda e os Talibans,
No que foi de aquela o maior programa de guerra nom declarada da
história. Neste programa os USA gastarom entre 3 mil milhons e mais de 6
mil milhons criando umha força militar de mercenários superior a 35000
homens procedentes de mais de 40 estados. Ao mesmo tempo em América
Latina John Negroponte transformava-se no maior esperto da CIA em criar
grupos paramilitares, em criar quadrilhas de criminosos (maras, bandas,
pandilhas, etc) e utiliza-las para os interesses dos USA. Todos estes
grupos assassinavam às pessoas mais combativas e conscientes destes
povos, praticando o emprego massivo do terror sobre as massas.
Depois de Afganistam a CIA e o MI6 empregou a estes mesmos terroristas
em Jugoslávia, Iraque, Líbia, Síria, Iémen, Continente Africano, etc.
Iraque
No ano 2003 os USA invadem Iraque. O exército iraquiano nom consegue
enfrentar militarmente a maior potência de lume do exército ianque,
parecendo que esta é umha guerra que nom passará de duas semanas de
duraçom, mas ante as agressons que sofre o povo iraquiano em poucos
meses surge umha grande resistência popular de caráter progressista e
patriótica. Umha força de resistência que ainda que está desorganizada
começa a ser impossível de controlar polo exército dos USA. Em esse
momento o governador civil de Iraque Paul Bremer substituía à polícia e
ao exército iraquiano por novos corpos militares formados por
criminosos, que tenhem um perfil psicológico facilmente manipulável.
Este tipo de indivíduos som os que passam a formar o exército, a
polícia, os serviços segredos, etc. P. Bremer nom fai mais que seguir ao
pê da letra os manuais da CIA escrevidos por J. Negroponte, de maneira
de que em vez de atuar como no Japom depois da II Guerra Mundial (ou
Guerra Antifascista Mundial), é dizer manter à maioria das pessoas que
formavam o corpo repressivo do estado nos seus postos, para desta
maneira garantir a implicaçom dos “indígenas” no domínio político do
estado burguês sobre o povo trabalhador,em esta ocassom optam por criar o
paramilitarismo como forma para dominar à povoaçom mediante o terror
sobre as massas. Um terror exercido por estrangeiros e por mercenários
locais que ocupavam possiçons marginais antes da invasom, polo que nom
tenhem aspiraçons a viver numha sociedade na que nom impere o terror
massivo como prática política das classes exploradoras.
Em Abril do 2004 chega a Iraque John Negroponte e o seu ajudante
Rober S Ford com o encargo de seguir a mesma tática que tam bons
resultados lhe deram em Latino América, a de criar corpos paramilitares
de terroristas, Tendo o máximo auge dos crimes dos paramilitares em
Iraque -antes da apariçom de DAESH-ISIIL- nos anos 2006-2007. Empregando
o terrorismo paramilitar o imperialismo consegue iniciar enfrentamentos
entre diferentes setores sociais iraquianos, conseguindo debilitar em
grande medida a anteriormente em auge resistência popular iraquiana.
Síria
No ano 2006 os USA decidem destruir ao Estado Sírio, buscando com isto vários objetivos estratégicos:
1) Debilitar a Rússia, Iram e a China. O Estado Russo (antes a URSS) foi
historicamente um aliado sírio. Em Síria esta a única base naval de
Rússia no Mediterrâneo. Os iranianos tenhem um grande projeto de
construçom dum gasoduto que levaria o seu gas ate um porto de Síria e
outro porto do Líbano. Impedir o megaprojeto da “Nova Rota da Seda”, que
conectaria por terra (comboio e estrada) a China com o Mediterráneo.
2) Fortalecer aos seus aliados regionais: Israel, Arábia Saudita, Qatar, Turquia.
3) Fechar o acesso ao Mediterrâneo por terra a Iram e a China.
Em Janeiro do 2011 Rober S Ford é nomeado embaixador na Síria. Em
essa data o trabalho dos serviços segredos de: USA, Reino Unido, França,
Israel, Turquia, Arábia Saudita, Qatar, Paquistám, já tenhem assinado
pessoal e fundos para destruir ao Estado Sírio. Polo que quando chega R S
Ford a Síria ao mesmo tempo começam a atuar esquadrons paramilitares.
Em essa época estam entrando em Síria um grande número de mercenários
entrenados e armados em Turquia, Arábia Saudita e Qatar. Os mercenários
entram em Síria pola fronteira Turca, Iraquiana e Jordana. Estes
mercenários tenhem umha origem mui diversa devido a que procedem de mais
83 estados diferentes. Foi precisamente desta maneira como se iniciou a
guerra Síria há mais de quatro anos.
Antes de iniciar-se a guerra os meios de comunicaçom do imperialismo
iniciarom umha campanha propagandística destinada a criar a ilusom de
que existia umha opossiçom progressista ao governo Sírio. Tratava-se da
famosa Opossiçom “moderada”, inician-se programas públicos de
adestramento e armamento desta oposiçom, que formava o ESL (Exército
Sírio “Livre”) a coalizom Nacional Síria” e o “Governo Interino”.
Os mercenários imperialistas utilizam as tendências reacionárias da
sociedade proclamando-se estandarte dum novo mundo de ideais religiosas,
ainda que a sua própria existência deve-se a motivos terreais e
lucrativos do imperialismo, mas que escapam a comprenssom dos
integrantes alienados do paramilitarismo.
Os paramilitares utilizam como base de operaçons Iraque e desde alí o
seu estado-maior dirige as operaçons em Síria, servindo também como
base das tropas de reserva na guerra Síria. O interes por desvincular a
estos mercenários de outras zonas do mundo em onde se produziram ataques
terroristas de todo tipo e para dar-lhe aparência de um fenómeno local,
fam que estes grupos de mercenários utilizam diferentes nomes locais.
Recentemente foi publicado em espanhol um livro de o russo Daniel
Estulin (um antigo agente da KGB) titulado “Fora de Control”. Em este
livro conta-se o sucedido no 2008 ao suíço Brad Birkenfeld, que nessa
época era um empregando do banco suíço USB que descobre que neste banco
havia 19000 contas de terroristas, com um saldo de 54000 milhons de
dólares. Este empregado denuncia-o ao governo USA, mas ao fim é el quem
acaba passando dous anos e meio na cárcere. Igualmente em este livro
conta-se que sete lugar-tenentes de Bim Ladem vivem no Reino Unido.
Entre eles Abu Doha, Abu Abdalá e Abu Qataba (este último trabalhou para
o MI6 segum o jornal The Tames). Igualmente resulta chamativo o casso
de Abdelhakim Belhadj, ao que o MI6 sacou da prisom de Guantánamo para
usa-lo no 2011 para atacar Líbia.
O nascimento do DAESH-ISIIL deve-se ao imperialismo, mas em estes
cassos sucede como quando o império bizantino pediu ajuda ao papa romano
para impulsar as cruzadas. Os cruzados eram agentes dos interesses
bizantinos, mas também tiverom uns efeitos nom desejados, como o feito
que de caminho à batalha, os cruzados aproveintam-se para saquear
Constantinopla (a atual Istambul) que era a capital de Bizâncio. Da
mesma maneira ainda que o imperialismo foi quem o alimentou e
possibilitou o poder do DAESH-ISIIL, é um feito que esta gente tem
práticas espontâneas e incontroláveis por parte dos seus amos.
O DAESH-ISIIL quando chegou a dominar um grande território com
importantes reservas de petróleo que vende por Turquia, criou umha
dinâmica social interna própria.
Conforme se vai desenvolvendo a guerra fica claro que o imperialismo
nom vai ter umha vitória rápida, porquê os Sírios, Curdos e outros povos
da zona, estam decididos a resistir ate a morte. De maneira que os
campos de adestramento clandestinos nom som suficientes e começam a
desviar a mercenários aos campos de adestramento de conhecimento
público, onde adestra a opossiçom “moderada” da coalizom Nacional Síria e
o Governo Interino.
O aumento do número de mercenários imperialistas em Síria e as grandes
perdas levam dumha maneira implícita a que cada vez seja mais difícil
manter estas operaçons na clandestinidade. Fai-se público em meios
alternativos que os mercenários recebem atençom médica em Turquia e
Israel. A polícia turca detém camions dos serviços secretos cheios de
armas para os mercenários de DAESH-ISIIL-IS-Estad Islâmico e para Al
Qaeda-Al Nusra, Irmans muçulmanos, etc.
Em Síria os mercenários imperialistas dividem-se em duas seçons, das
que umha está baixo a supervisom particular de Arábia Saudita que é
conhecida como a rama Wahabista formada por Al Qaeda-Al Nusra. A outra
está baixo supervisom de Qatar, conhecida como rama Salafista, formada
por DAESH-ISIIL (Estado Islâmico). Em ocassions estes dous grupos acabam
em enfrentamentos armados entre eles, mas os serviços secretos
imperialistas que os dirigem impedem que se danem as suas estruturas de
meneira significativa.
Ante a ineficácia dos mercenários desde o 2012 há confirmada a presencia
na Síria de comandos de militares de USA e de França, sem que se poida
confirmar se comandos de outros estados tenhem operado na Síria. Prova
disto foi a captura de dous oficiais franceses em Baba Arm.
Em Síria e o Curdistám sírio (Rojava) todas as forças populares
tenhem claro que a sua prioridade é destruir aos mercenários terroristas
de Al Qaeda e DAESH-ISIIL.
Há dia de hoje ninguém minimamente informado pode duvidar dos
vínculos entre toda a opossiçom síria e que esta foi criada e armada
polo imperialismo.
Há uns dias o portavoz oficial das YPG Redur Xelil, deixava-o bem
claro:”A coalizom Nacional Síria, é a cara política do terrorismo de
ISIS. A coalizom e o Governo Interino estiverom a proporcionar ajuda
política e financeira a ISIS…”
“Somos conscientes que a coalizom Nacional Síria está a proporcionar ajuda financieira que bem de ocidente para apoiar a ISIS.”
A comclussom que se saca do sucedido em Síria, em Líbia, etc, é que a
CIA tem um exército secreto de mercenários. Um exército que pode
mobilizar segum os seus interesses.
Os mercenários fascistas que atacam à Síria estam ao serviço do bloco
imperialista dos USA e UE, raçom pola que o outro bloco imperialista
segue umha dinâmica interessada de ajuda à resistência do povo sírio.
Destacando-se a colaboraçom do Estado Russo. Também podemos ver o
interesse dos chineses na resistência síria, como se comprova coa
chegada este Setembro à costa síria de dous destruidores, e umha
fragata. Um feito insólito na política chinesa.
Naturalmente os estados burgueses de Rússia e China nom buscam mais que
defender os interesses das suas respetivas oligarquias imperialistas.
O fracasso do paramilitarismo em Síria e Afganistam está demostrado.
Há pouco o Mando Central do Pentágono em USA (conhecido como CENTCOM),
reconheceu literalmente que: “…só quedam 4 ou 5 pessoas entrenadas por
USA entre as forças moderadas da oposiçom síria.” As forças “moderadas”
entrenadas por USA estam formando parte de Al Qaeda e DAESH-ISIIL. Isto
motivou o reativamento do programa de “entrenar e equipar” do Pentágono.
Como parte deste programa recentemente o CENTCOM informava da entrada
em Síria por Turquia de 70 homens adestrados por eles, dentro deste
programa público de reforço da oposiçom “moderada” síria.
O 21 de Setembro entram em Síria por Turquia, 70 homens fortemente
armados, em 12 veículos armados com ametralhadoras pesadas. Estas tropas
-segum informa o Daily Telegraph-, umha vez cruzada a fronteira nom
tardarom nem um dia em desertar com todo seu equipamento, para unir-se a
Al Nusra (Al Qaeda).
Também recentemente as pressons dos USA conseguirom fechar o espaço
aéreo grego e búlgaro para os voos dos avions russos com destino a
Síria.
A guerra de Síria já passou o momento mais negro, quando Israel e
Turquia tinham projectos para invadir este pais. Quando França tinha
plans para bombardeia-los, mas a interveçom de Rússia fijo inviáveis
todos estes plans.
O governo sírio fijo umha aliança anti-DAESH com Hezbollah, Iram, China e
Rússia, por um lado e outra aliança anti-DAESH com o grupo Burkan
Al-Furat e as YPG-J. Conseguindo desta maneira juntar as forças e
estados que neste momento podem dar-lhe umha ajuda efetiva na guerra.
A guerra provocou um grande número de despraçados na Síria e de
refugiados no exterior. No ano 2014 havia um grande contingente de
desplaçados que nas estimaçons mais pequenas superava os 5 milhons, aos
que tínhamos que somar um milhom no Líbano e mais de milhom e meio em
Turquia. Em Turquia os refugiados estavam em campos e nom lhe permitiam
circular livremente polo território. Sem duvida que o número de
desplaçados internos e refugiados tem aumentado no 2015. É neste ano
2015 no que Estados Unidos chega a conclussom de que a guerra de Síria
esta-lhe a custar demasiado, agora que coas tecnologias do fraking podem
ser autossuficientes na otençom de petróleo. De maneira que o gasto
deve cair sobre os estados da UE, queiram estes ou nom. O que trai como
consequência que o Estado Turco permite a circulaçom dos refugiados em
direiçom a Europa, como parte da campanha de propaganda para justificar
os gastos e o envio de tropas para reforçar aos mercenários do
DAESH-ISIIL e Al Qaeda.
Em estes dias iremos vendo como polos meios de comunicaçom a aparecem
espertos em Síria e representantes de ONGs, representantes de
associaçons de refugiados, etc, todos recem sacados dos fornos da CIA.