miércoles, 28 de octubre de 2020

GALIZA: A guerra popular é a teoria militar do proletariado. (Galiza Vermelha)




Quando nascérom os primeiros estados escravistas tamém nasceu a necessidade de manter o poder mediante o monopólio da violência empregando o exército. Conforme aumentava a complexidade e o número de pessoas envoltas nos combates apareceu a necessidade de sistematizar as táticas militares. Nos textos das grandes civilizaçons antigas sobre o mundo militar começou assi a ver-se a preocupaçom sobre questons estratégicas, sobre a arte da guerra.

A estratégia di-nos como devemos dirigir as operaçons militares para vencer o inimigo, ocupa-se do planejamento e direçom das campanhas militares, assi como do movimento e disposiçom estratégica das forças militares. Di-nos cousas como que localidades dum estado inimigo devemos atacar primeiro, que infraestruturas temos que destruir, que unidades militares inimigas temos que atacar primeiro, como enfrentar diferentes unidades militares…

A diferença entre tática e estratégia é que a tática indica como fazer umha manobra, como executar os planos militares no momento do enfrentamento entre as forças antagonistas. A tática é a execuçom, por exemplo, do assédio de umha cidade concreta, como defendê-la, como dividir as unidades militares, como combinar a infantaria e a cavalaria, como dominar um campo de batalha… todo isto aplicando no concreto a estratégia.

Entre os autores com importantes obras sobre teoria militar anteriores ao século XX podemos destacar Sun Tzu, Maquiavelo e Clausewitz, entre muitos outros.

No século XIX produziu-se a constituiçom do proletariado como sujeito histórico consciente. K Marx e F Engels pudérom estudar as revoluçons burguesas da sua época, as guerras entre diferentes estados, estudar a guerra de independência das colónias americanas, ademais da insurreiçons operárias de 1848 e a Comuna de Paris (1871). Recolhendo de estas experiências da luita de classes importantes descobrimentos para a teoria revolucionária do proletariado. Podemos pôr como exemplo a “ditadura do proletariado” como forma histórica do poder político do proletariado.

Durante o século XIX nengum movimento do proletariado revolucionário pudo chegar a disputar o poder a um estado burguês até o ponto de varrer com o velho poder. Destarte, Marx e Engels nom pudérom estudar umha revoluçom proletária triunfante. Temos que entender que para desenvolver umha verdadeira teoria científica é imprescindível “a experimentaçom”, é imprescindível (neste caso) a prática social do proletariado revolucionário na sua luita pola tomada do poder.

Karl Marx é umha pessoa sem igual na história da humanidade. Foi ele (com a ajuda de Engels), quem pujo as bases da teoria revolucionária do proletariado, que é “o guia para a açom” que precisava o proletariado mais adiantado politicamente para constituir-se como proletariado revolucionário. Foi Marx quem fijo possível o aparecimento do sujeito histórico consciente, o proletariado revolucionário, único sujeito histórico que pode dirigir conscientemente a história da humanidade e que pode, portanto, destruir a velha sociedade dividida em classes, construindo umha nova sociedade qualitativamente superior. O proletariado, a classe destinada pola sua posiçom objetiva a ser o cume da história da humanidade e, ao mesmo tempo, a classe que deve a cumprir com a sua missom histórica de conquistar o poder político e acabar com as classes sociais nas que se divide a nossa sociedade, acabando com as instituiçons classistas, com o estado e, ao mesmo tempo, rematar com a história como nós a conhecemos.

Visto hoje parece claro que Marx tinha umha visom insurrecionalista da revoluçom proletária e da revoluçom proletária internacional como fórmula utilizada polo pai do Socialismo Científico. É de destacar que Engels estudou guerras nas que participou o Estado Britânico, que estudou a teoria militar que nesta época utilizava a burguesia, que escreveu tamém vários artigos sobre este tema que fôrom publicados com pseudónimos em revistas militares e que afirmou a necessidade dum exercito do proletariado. A roda da história da luita de classes ainda tivo que girar, e novos revolucionários tivérom que a estudar, para avançar na compreensom da natureza da luita a morte entre o proletariado e a burguesia.

“Toda a marcha da revolução russa nos últimos meses testemunha que a fase a que se chegou agora não é nem pode ser a fase superior. O movimento alcançará um nível superior, como já o alcançou a partir de 9 de janeiro. Então, vimos pela primeira vez um movimento que assombrou o mundo pela unanimidade e coesão das gigantescas massas operárias levadas à luta em nome de reivindicações políticas. Mas esse movimento ainda era extremamente inconsciente no sentido revolucionário e completamente impotente quanto ao armamento e à disposição para o combate. A Polônia e o Cáucaso ofereceram o modelo de uma luta já mais elevada, na qual o proletariado começou a atuar armado em parte e a guerra adquiriu um caráter prolongado”. V I Lenine. A Luita de Rua e a Greve política em Moscovo (1905).

Como vemos o fruto do estudo da luita de classes fijo com que Lenine em 1905 já tivesse umha visom mais profunda da revoluçom proletária da que a pudo ter Marx. Umha visom menos insurrecionalista. Em 1906 na sua obra “A Guerra de Guerrilhas” afunda em esta visom. Em Setembro de 1917 Lenine publica O Programa Militar da Revoluçom Proletária. “Quem reconhece a luta de classes não pode deixar de reconhecer as guerras civis, que em qualquer sociedade de classes representa a natural, e em determinadas circunstâncias inevitável, continuação, desenvolvimento e agudização da luta de classes. Todas as grandes revoluções o confirmam. Negar as guerras civis ou esquecê-las significaria cair num oportunismo extremo e renegar da revolução socialista”. Em esta época os Bolcheviques já estavam a preparar a guerra civil revolucionária na Rússia. Posteriormente, Lenine incorpora habitualmente este termo de “guerra civil revolucionária”.

Durante o século XX, com o crescimento do movimento revolucionário em diferentes povos, fijo-se necessária a elaboraçom de umha autêntica teoria militar do proletariado e é aqui quando aparece Mao Tse Tung. Porque realmente a URSS nom criou umha verdadeira teoria militar do proletariado para a revoluçom, mais bem umha doutrina militar, que é um conjunto de táticas, de estratégia, de normas de combate, etc, destinados a guiar o funcionamento do próprio Exército Vermelho. Quando o revisionismo tomou o poder na URSS depois de Staline, os desejos de chegar a acordos comerciais com o imperialismo dos USA levou a negar a necessidade dumha “teoria militar do proletariado”, e tamém levou a centrar o trabalho dos partidos revisionistas em apresentar-se às eleiçons, era a ridícula “via pacífica para o socialismo” destes traidores.

Mao Tse Tung, na sua obra “As Caraterísticas da China e a Guerra Revolucionária” dá um marco ao problema: “A tarefa central e a forma suprema da revolução é a conquista do poder político pelas armas, é a solução desse problema pela guerra. Esse princípio revolucionário do Marxismo-Leninismo é válido universalmente, tanto na China como em todos os outros países”.

Salvando as distâncias podemos dizer que o que Marx conseguiu no económico foi equivalente ao que conseguiu Mao no militar. Devemos a Mao elaborar a base sobre a que se segue desenvolvendo a teoria militar do proletariado.

Foi Mao Tse Tung quem realmente desenvolveu a teoria militar do proletariado, a guerra popular, com as suas etapas de defensiva estratégica, equilíbrio estratégico e de ofensiva estratégica, com as suas bases de apoio, zonas guerrilheiras, o exército do povo, o novo poder, etc.

Posteriormente, correspondeu a Mazundar na Índia e a Gonzalo no Peru ser os primeiros em defenderem a guerra popular como umha necessidade universal na criaçom do poder político do proletariado, tanto em países atrasados como em países do centro imperialista. Superárom qualquer ambiguidade no tratamento das insurreiçons, paradigma das burguesias revolucionárias do século XVIII e XIX, mas que se demonstrou inútil historicamente para o proletariado poder tomar o poder. A partir daqui, os comunistas já podemos e devemos desbotar as vias que, desde o espontaneísmo, pretendem que o proletariado transite um caminho morto e enterrado.

Na atualidade estendem-se grandes zonas de novo poder em países como a Índia ou Filipinas, demonstrando na prática que a teoria revolucionária do proletariado (que hoje chamamos Maoísmo) é umha ideia correta, e que é um autêntico guia para a açom.

Hoje o marxismo-leninismo-maoísmo proclama a guerra como a forma politicamente superior da luita de classes. A guerra como única maneira de poder destruir um estado burguês, construir o novo poder, e triunfar na revoluçom mediante a guerra popular.

Naturalmente a guerra popular nom é umha vanguarda armada, mas as massas armadas e organizadas conscientemente. A guerra popular implica ter unido a vanguarda proletária e as grandes massas, implica ter avançado o suficiente na constituiçom do partido do proletariado, implica muitas cousas que impedem o nascimento espontâneo dumha guerra popular simplesmente pola existência objetiva da opressom e a exploraçom do imperialismo. Mas o proletariado consciente de qualquer povo, e o proletariado consciente da Galiza, como sociedade da que fazemos parte, está obrigado a proclamar a guerra popular como teoria e prática militar do proletariado, tanto em países atrasados como em países do centro imperialista como o nosso.

PERÚ: SECTOR S.J.L.-LIMA CONVOCA I FORUM JURÍDICO-SINDICAL: Privatización de la Educación: Negación del Derecho del Pueblo a esta Función Social del Estado.

 


Privatización de la Educación: Negación del Derecho del Pueblo a esta Función Social del Estado.

Dejamos el enlace google meet de I FORUM JURÍDICO-SINDICAL:

meet.google.com/ncs-jqbf-jao

Desenmascarar la siniestra patraña de montar Escuelas Sindicales Oportunistas por parte de las costras sindicales: FEDERACIÓN Y PATRIA ROJA. Engatuzan solo tocando un componente legal: RM 326; pero no refieren su sustento en la LGE 28044 y LRM 29944. Bregar por su Derogatoria. Lo hacen para generar condiciones para el Cretinismo Parlamentario 2021.

La privatización de la “función social de Educación”, es parte de los planes de “Política Neoliberal” del Consenso de Washington (diseñado hacia el año 1989). La privatización de la educación es parte del objetivo (en el país), de reestructurar este Estado y de Reimpulsar el Capitalismo Burocrático. Actualmente, ha promulgado este Gobierno reaccionario, la Resolución Ministerial 326 para ejecutar este proceso, utilizando la “Entidad sin Fines de Lucro” (EFL) con un convenio de vigencia: cuatro a ocho años, con participación y responsabilidad del Gobierno Regional (GORE). Por lo que corresponde, cumplir con las directivas del SUTEP ÚNICO: formar los Frentes de Defensa de la Escuela Pública con los Padres de Familia y Maestro

martes, 27 de octubre de 2020

ITALIA: La Nápoles proletaria en lucha y revuelta contra el Gobierno Central y el Gobierno regional

 

Informe del Partido Comunista maoísta – Italia

Tomado de Maoist Road, 25 de octubre 2020 – Traducción de Revolución Obrera

25 de octubre: Nápoles proletaria en las calles en el día nacional de lucha para dar voz a quienes no tienen nada que perder

La manifestación organizada por SI Cobas-Slai cobas, asamblea de trabajadores combativos y pacto de acción – Frente Unido – frente a la sede de la Unión Industrial de la Piazza dei Martiri en coordinación con la movilización que tuvo lugar en todas las grandes ciudades, fue totalmente exitosa.

De los videos que circularon en la red quedó claro para cualquiera que los cientos que salieron a las calles hoy representan ese pedazo de la ciudad formado por trabajadores, desempleados, licenciados, trabajadores temporales y estudiantes que ya han pagado el precio de la crisis del Covid en su piel y con sus bolsillos.

La plaza hoy ha dado voz a las múltiples exigencias y emergencias sociales que el Estado y la patronal no han querido enfrentar en los últimos años, y que hoy son cada vez más dramáticas.

…. la Jefatura de Policía de Nápoles no era de esta opinión y usó nuestra plaza para tratar de desahogar las frustraciones acumuladas la noche anterior, cargando fríamente contra la manifestación y golpeando a uno de nuestros compañeros sin motivo: solo en ese punto la manifestación se vio obligada a intervenir para frenar la furia de los uniformados y proteger a los participantes y trabajadores presentes, transformándose en una marcha decidida y compacta que recorrió todo el distrito de Chiaia.

De las crónicas de la república

…Durante el evento, se arrojaron huevos con pintura roja en la puerta del edificio Confindustria. Luego, frente a la entrada, se colocó una pancarta con las palabras “Cuatro muertes en el trabajo al día, esto es violencia”. Sobre el cierre, los manifestantes dijeron no estar en contra de la reapertura, pero siempre y cuando “para los desempleados y los trabajadores haya un salario completo garantizado”….

Pero a diferencia de otras categorías sociales que salieron a las calles en los últimos días, nuestro objetivo no es la «reapertura»: queremos que la protección integral de la salud vaya de la mano con el respeto de los derechos y la garantía del salario para todos los proletarios. Ya lo habíamos dejado claro el 23 de mayo y luego nuevamente el 6 de junio: la defensa de la salud y la garantía del salario no son necesidades conflictivas como los patrones quisieran que creyéramos, en caso de que ocurra lo contrario.

Con cierres o sin cierres, encierros o toques de queda, el Covid continuará matando hasta que nuestras vidas sean sacrificadas en el altar de las ganancias de un puñado de parásitos: mientras se criminaliza la vida nocturna, nadie se atreve a hablar de la matanza diaria y de los miles de brotes que estallan en fábricas y almacenes debido a la total falta de medidas de seguridad contra el contagio.

El colapso del sistema capitalista hace cada vez más necesario construir un punto de vista y un plan de acción para los explotados que sea autónomo de todas las instituciones y de todas las fracciones de la clase dominante.

Hoy querían criminalizarnos y aplastarnos, pero han tenido el resultado opuesto. Cerrando o no cerrando: ¡queremos vivir!

Salarios garantizados y jornada reducida, para trabajar todos y trabajar menos.

Que los patrones paguen la crisis: activos de inmediato, para reactivar la atención médica, la escuela y el transporte.

BRASIL: Liga de Campesinos Pobres retoma las tierras luego de violento desalojo. (SOL ROJO Oaxaca)



Hemos recibido una noticia extraordinaria que las masas proletarias y populares en todo el mundo debemos exaltar y respaldar con júbilo revolucionario.

Cientos de familias rurales que hace unas semanas fueron desalojadas con violencia por parte de la Policía Militar del fascista Bolsonaro, han recuperado exitosamente las tierras para reinstalar el Campamento Tiago dos Santos.

Esta experiencia de toma de tierras, resistencia contra los desalojos y recuperación de las tierras por parte del campesinado pobre y las masas populares, forma parte de las formas de lucha esenciales que recorren Latinoamérica bajo una misma consigna: ¡tomar todas las tierras del latifundio!

En México esta experiencia ha sido desarrollada en medio de la más implacable represión del régimen; no son pocos los casos donde las masas empobrecidas han tomado tierras para trabajar o vivir, debiendo enfrentar la embestida del viejo estado en medio de desalojos, detenciones y asesinatos contra el pueblo, que valientemente logra reorganizarse y recuperar las tierras para reinstalarse una y otra vez, hasta alcanzar su objetivo.

Corriente del Pueblo Sol Rojo saluda esta valerosa determinación de nuestros camaradas de la Liga de Campesinos Pobres en el Brasil y elevamos nuevamente nuestro respaldo internacionalista hacia su lucha por la tierra, en contra de la represión y por la construcción de una sociedad nueva, que solo devendrá con la Revolución de Nueva Democracia, avanzando ininterrumpidamente hacia el Socialismo.

A continuación, la nota completa sobre la recuperación de tierras y la reinstalación del Campamento Tiago dos Santos.

¡Campesinos del Campamento Tiago dos Santos retoman la tierra!

26/10/20 AND.


 

Según información enviada por campesinos a la redacción del periódico A Nova Democracia (Nueva Democracia), en la última semana, más de 300 familias regresaron al área del Campamento Tiago dos Santos, ubicado en Nova-Mutum Paraná, en el estado de Rondônia, donde hace unos días se hizo un intento de masacre y un desalojo violento combinado con torturas, desapariciones y arrestos de trabajadores rurales que vivían allí.

Además de estas familias, según los informes, están llegando muchas más y la Liga de Campesinos Pobres (LCP) anuncia que reorganizará el campamento.

El hecho ocurre luego de una campaña reaccionaria impulsada por el latifundio en connivencia con el viejo Estado, de criminalización y persecución contra los campesinos acampados y contra la LCP, que concluyó en un cobarde desalojo ocurrido en la mañana del 10/10.

En ese momento, los campesinos denunciaron que los militares se llevaron dinero, bienes y documentos, destruyeron chabolas, jardines y creaciones. También denunciaron agresiones físicas y morales, con personas desaparecidas. Obligaron a la gente a salir del campamento con solo una bolsa de pertenencias y comenzaron a destruir las chozas de las familias.

Durante el desalojo, las masas enarbolaron vigorosamente las banderas del LCP y proclamaron consignas contra el latifundio. Según una nota emitida por la LCP, el 15/10, varios campesinos del Campamento Tiago dos Santos fueron ejecutados en medio de la selva o desaparecieron; varios otros simpatizantes fueron arrestados. Sin embargo, la masacre que pretendían los reaccionarios sanguinarios, como Corumbiara, fue frenada por las familias y por la solidaridad en todo el mundo de las masas populares que se movilizaron.

 Tomado, traducido y adaptado al español de (A Nova Democracia)

PERÚ: SUTEP-ÚNICO: Un rotundo éxito de la VI Escuela Sindical donde nítidamente se reafirmó el carácter de la sociedad peruana contemporánea

 



 Un rotundo éxito: VI Escuela Sindical. Sin ambages y, nítidamente se reafirmó el carácter de la sociedad peruana contemporánea. Ahí están los datos: ver el IV Censo Nacional Agropecuario (INEI, 2012), sobre la propiedad de la tierra ("superficie agrícola"), así tenemos que de 0.5 ha - 4.9 ha, existen 1 750 228 "productores" (que es el campesinado), solo con esa propiedad y, únicamente (sin tener en cuenta las empresas de los terratenientes: empresas de sociedad anónima abierta, empresas de sociedad anónima cerrada, "cooperativas", entre otras formas de propiedad), hay 130 "productores", que tienen la propiedad de más de 3 000 hectáreas. Caso de los terratenientes del Grupo Gloria, poseedores de más de 75 000 hectáreas. Es decir, una estructura productiva semifeudal, determinada por la propiedad de la tierra, generando relaciones sociales de explotación de "servidumbre". Esto significa, "trabajo gratuito". En el Magisterio Nacional, esta situación se expresa en el "salario diferido", como en la Deuda producida por la apropiación del valor total del concepto de pago por: "30% de preparación y evaluación de clase", que tiene incluso disposición legal. Este salario diferido, para ser devuelto a los maestros, tiene que superar una pérfida "telaraña judicial" y, hasta el momento, no se cumple con su devolución en general (mencionamos el caso, que en una Resolución Judicial se ordena pagar este salario apropiado a maestros senescentes entre los 65 a 91 años; escarnio y degradación desproporcional contra los maestros). Esta estructura semifeudal determina relaciones serviles a nivel laboral: es la servidumbre, como el "trabajo urbano" de Estado, incluyendo a FONCODES entre otros. Para evolucionar la propiedad de los terratenientes con la finalidad de reimpulsar el Capitalismo Burocrático (Capitalismo Burocrático es el tipo especial de Capitalismo que impulsa el Imperialismo en los países atrasados, sean semifeudales o semicoloniales), reestructurar la sociedad peruana y aplastar las protestas populares, se promulga la Decreto Ley (Reforma Agraria): 19716 (1969). Objetivo: evolucionar el tipo de propiedad y, hasta montar "corporativismo", con las "Cooperativas agropecuarias" y "SAIS". Se puso el rótulo de "Campesino, el patrón ya no comerá más de tu pobreza". Es reiterativo afirmar: solo fue un rótulo. El problema no era la pobreza; era, la propiedad de la tierra. Los consiguientes Censos Agropecuarios, son contundes documentos que revalidad nuevamente la concentración de la propiedad de la tierra en un puñado de terratenientes. Respecto a le Semicolonialidad: en trabajos como los de Eduardo Anaya Franco, Imperialismo, Industrialización y Transferencia de Tecnología en el Perú, se explica la IED (inversión extranjera directa), en el proceso productivo. ¿Y qué es la IED: inversión extranjera directa)?. Es el Capitalismo Burocrático y el sometimiento del país, en el plano económico. Más aún, la Deuda Externa nos somete cada vez más. En consecuencia, el país se encuentra en una dependencia política y, económica, con influencia ideológica externa impuesta por el Imperialismo, principalmente yanqui. Esta situación de Semifeudalidad, Semicolonialidad y Capitalismo Burocrático, se refleja en la Superestructura, como en la Educación. Hoy, con el financiamiento de "patria negra" y, el abierto apoyo del oportunismo con su "línea oportunista de derecha"; utilizando los redomados revisionistas, la usurpada Derrama Magisterial, se ejecutan los siniestros planes de privatizar la educación y despedir masivamente a los maestros; para esto, han promulgado estas leyes: LGE 280044 (considera oficialmente a la Educación como mercancía="servicio"), y la Ley de Despidos Masivos, aromatizada con la retórica nomenclatura de, "Ley de Reforma Magisterial N° 29944. ¿Qué hacer frente a estos sueños de hiena?. La IV Escuela Sindical del SUTEP ÚNICO de José Carlos Mariátegui y, del Maestro, Germán Caro Ríos, con el optimismo elevado al tope, nos enseñó: Enarbolar, Defender y Aplicar la Línea Sindical Clasista con los Estatutos del SUTE ÚNICO de 1972 y 2003: reafirmados en el histórico Congreso Estatutario realizado en la UNE La Cantuta y, la III Escuela Sindical, nos dio la tarea central: organizar los Frentes de Defensa de la Escuela Pública con los padres de familia (pueblo). Lecciones imperecederas y necesarias, nos están dejando las Escuelas Sindicales organizadas por el Comité de Defensa del SUTEP ÚNICO. Lo demás, fueron intervenciones para pretender negar los procesos objetivos que al margen de nuestra voluntad se realizan.

 ¡Vivan las Escuelas Sindicales del SUTEP ÚNICO!

 ¡Felicitaciones a los organizadores y Maestros por su participación!. Sin ilusiones del cretinismo parlamentario, que pretende usar a las masas para sus fines y propósitos (como los que sueñan con destruir el SUTEP ÚNICO con el oportunismo de FENATEPERU, con el candidato de patria negra a las elecciones presidenciales del 2021), Enarbolar, Defender y Aplicar la Línea Sindical Clasista y los Estatutos del año 1972 - 2003!

 ¡Viva el SUTEP ÚNICO y los compañeros que denodadamente bregan por su reorientación y reconstitución!

— Vocero Magisterial Región Huancavelica, Sute Barranca y otros

GALIZA: Conmemoración de la Revolución de Octubre (Galiza Vermelha)

 

Comemoramos a Revoluçom de Outubro que aconteceu o 25 de Outubro de 1917 no calendário juliano e o 7 Novembro 1917 segundo o calendário gregoriano (o atual).

A revoluçom de Outubro foi a conquista do poder político polo novo poder do proletariado russo, o poder dos Soviets. A primeira revoluçom na que o proletariado contava com um verdadeiro partido revolucionário.

Os bolcheviques tamém contava com um aparelho militar, com os guardas vermelhos, os soviets de soldados, marinhos e cosacos e, o aparelho armado dos próprios bolcheviques que existia desde 1905.

A Revoluçom de Outubro foi o acontecimento mais importante da humanidade desde o nascimento das sociedades classistas no Neolítico.

A Revoluçom de Outubro teria tido a mesma importância da que no seu dia tivo a Comuna de Paris mas, como o Partido Comunista da Rússia tinha plena consciência de que o triunfo da revoluçom proletária dependia da "guerra civil revolucionária", hoje podemos ver a grande diferença coa Comuna de Paris.

A guerra civil revolucionária da Rússia foi o enfrentamento entre a ditadura da burguesia e a ditadura do proletariado. Foi umha guerra do proletariado e todo o povo contra a burguesia e a sua nova aliada, a classe aristocrática. A mesma aristocracia que uns meses antes tinha combatido contra a burguesia transformou-se na sua aliada na guerra civil.

O poder soviético do proletariado tivo que enfrentar-se tanto a reaçom interna dos Exércitos Brancos como as grandes potências que invadiram a Rússia, mostrando a força invencível das grandes massas do povo trabalhador quando estas consiguem unir a única teoria revolucionária da nossa época histórica com umha prática revolucionária consciente.

A Revoluçom de Outubro marca o fim da época das revoluçons burguesas e o início da época da revoluçom proletária.
Inclusive nos países atrasados, nas colónias, a burguesia demonstrou que finalizado o período das revoluçons burguesas nom é capaz de cumprir com a sua missom histórica e criar um estado burguês independente.] 

A Revoluçom de Outubro marca o fim da época das revoluçons burguesas e iniciou a época em que mesmo nos países atrasados, nas semi-coloniais, é o proletariado em aliança com os camponeses quem deve criar um estado de transiçom, um "estado de nova democracia", superando a visom etapista do revisionismo.

Lenin, Stalin, Inês Armand, Kruspkaia, etc, muitos militantes do Partido Comunista da Rússia merecem o nosso estudo, a nossa lembrança. Nom se trata de "justiça histórica" para umhas pessoas atacadas pola reaçom, nom. Tratasse da necessidade real que tem o proletariado de contar com referentes revolucionários.

https://twitter.com/GalizaVermelha/status/1320749649427369986

domingo, 25 de octubre de 2020

NEPAL: Chand Led CPN anuncia protestas contra el gobierno a partir del 31 de octubre

 KATMANDU: El proscrito Partido Comunista de Nepal dirigido por Netra Bikram Chand alias Biplav ha hecho públicos sus programas de protesta contra el gobierno.

El equipo de Biplav decidió lanzar programas de protesta contra el gobierno luego de que este último decidiera no asumir el costo de las pruebas y el tratamiento de COVID-19.

Un comunicado emitido por el organismo dice que esta decisión muestra el comportamiento irresponsable del gobierno hacia la salud de las personas.

Biplav también ha criticado al gobierno por entregarse a la corrupción al abusar del poder estatal.

El  también dijo que celebrará reuniones el 31 de octubre, distribuirá folletos el 2 de noviembre y organizará una manifestación de protesta el 5 de noviembre contra la decisión del gobierno.

El partido también ha acusado al gobierno y al presidente de ser irresponsables con los sentimientos del pueblo.

Los temas relacionados con la nacionalidad, la democracia y los medios de vida se están volviendo más complicados debido al comportamiento indiferente y las actividades del gobierno de turno, dijo.

“En lugar de controlar todo el poder del estado y evitar que la gente se contagie de COVID-19, es un acto muy despreciable e inhumano evadir incluso la responsabilidad más sensible y mínima del estado, como los chequeos de salud, ”Decía el comunicado.

Esto confirma la extrema negligencia e insensibilidad del gobierno hacia la gente. Nuestro partido está instando al gobierno a proporcionar pruebas y tratamiento corona gratis a toda la comunidad ”, agregó el comunicado.

https://www.redspark.nu/en/peoples-war/nepal/chand-led-cpn-announces-anti-government-protests-beginning-october-31/

PERÚ: CARTEL DE MAESTROS CLASISTAS DENUNCIA A LOS TRAFICANTES REVISIONISTAS QUE BUSCAN CABALGAR SOBRE LAS LUCHAS DEL PUEBLO PARA SUS APETITOS ELECTOREROS

 

SON HERMANOS GEMELOS POR QUE CUMPLEN TAREAS Y BUSCAN OBJETIVOS COMUNES: * LOS DOS SON OPORTUNISTAS * SON ELECTOREROS * SON REVISIONISTAS * SON ARREPENTIDOS DE LA LUCHA DE CLASES * SON TRAFICANTES CON LOS INTERESES DEL MAGISTERIO Y EL PUEBLO * SON BOMBEROS DE LA LUCHA DE CLASES * SON LA PUNTA DE LANZA DE LA REACCIÓN * SON LOS MEJORES SERVILES DEL SISTEMA CORRUPTO FORTALECIÉNDOLO * SON EL MONTÓN COLOSAL DE BASURA QUE HAY LA NECESIDAD DE BARRERLOS * SON LOS MEJORES SOSTENEDORES DEL SISTEMA DE EXPLOTACIÓN ASALARIADA * SON BANDAS DE DELINCUENTES VESTIDOS CON ROPAJE DE CORDERO. ETC. ETC ¡ ENTRE ESTOS MISERABLES ES IMPOSIBLE QUE SE REORIENTEN Y SE RECONSTITUYAN, POR QUE SON IRREVERENTES DESCLASADOS...! PATRIA ROJA(SUTEP UNITARIO) =MOVADEF(FENATEPERU), SÍNTESIS LA MISMA PORQUERÍA....

MÉXICO: Demócratas y revolucionarios del mundo, ¡Apoyemos al profesor G.N. Saibaba!

 



El Comité por la Defensa y Liberación del activista e intelectual, Doctor G.N. Saibaba, preso político en la India, ha dado a conocer un documento donde se informa que este destacado revolucionario se ha declarado en huelga de hambre desde el día de ayer, 21 de octubre de 2020 ante las terribles condiciones penitenciarias que padece el también profesor de la Universidad de Nueva Delhi.

Es claro que el viejo estado y el gobierno fascista de Modi pretenden dejar a su suerte a los presos políticos, especialmente a los camaradas G.N. Saibaba y Varavara Rao, quien ya ha enfermado de COVID19. Es lo mismo que hace el imperialismo alemán con el camarada Georges Ibrahim Abdallah, lo mismo que el viejo estado peruano con el camarada presidente Gonzalo, lo mismo que finalmente practican todos los regímenes reaccionarios contra sus opositores en las más diversas geografías.

Las formaciones democráticas y revolucionarias de todo el mundo debemos apoyar a los presos políticos revolucionarios, denunciar la barbarie carcelaria y la tortura que sufren, defender su salud y su vida, a la par que seguimos exigiendo su liberación.

Lea la nota completa del Comité.

¡El maltrato hacia el Dr. G. N. Saibaba lo obliga a iniciar una huelga de hambre en la prisión central de Nagpur!

El Comité por la Defensa y Liberación del Dr. G. N. Saibaba pide a las autoridades de la Cárcel Central de Nagpur que proporcionen al Dr. G. N. Saibaba la atención médica adecuada, libros y cartas de inmediato.

El Comité por la Defensa y Liberación del Dr. GN Saibaba se siente incómodo al saber que el Dr. GN Saibaba está en huelga de hambre para exigir los derechos básicos de cada preso, acceso a material de lectura, cartas y medicamentos, incluso cuando su salud se está deteriorando, mientras la amenaza de contraer COVID-19 va en aumento.

El Dr. G. N. Saibaba decidió llevar a cabo una huelga de hambre a partir del 21 de octubre de 2020 ante la falta de acceso a un tratamiento médico básico dentro de la Cárcel Central de Nagpur y la negación de libros y cartas que le enviaron familiares y amigos.

Las restricciones injustas y el acoso que enfrenta se ven agravados por la incapacidad de su familia o abogados para visitarlo en prisión debido a la pandemia global de COVID-19 en curso.

El Dr. GN Saibaba, profesor de inglés en la Universidad de Delhi con una discapacidad del 90% recluido en la prisión central de Nagpur, ha estado encarcelado bajo la draconiana Ley para la Prevención de Actividades Ilegales desde 2014. Ha pasado los últimos años sufriendo graves enfermedades físicas, incluida la parálisis gradual de sus miembros funcionales debido a la negligencia y la continua negación de un tratamiento adecuado por parte de las autoridades penitenciarias.

La reiterada negativa de libertad condicional o fianza médica al Dr. GN Saibaba a pesar de su deterioro de la salud física y las vulnerabilidades de una persona con comorbilidades ante la amenaza de contraer COVID-19 dentro de una prisión hacinada, son una seria amenaza para su vida.

En esta etapa, la retención de medicamentos proporcionados por el abogado es extremadamente preocupante y lo priva de medicamentos cruciales que necesita para salvar su vida. Anteriormente, incluso se le negó la libertad condicional para asistir al funeral y los últimos ritos de su madre.

Pasó los últimos años en una celda leyendo, traduciendo textos y escribiendo poesía. Los libros y las cartas son fundamentales para el bienestar de cada recluso y negar el acceso a ellos constituye una violación de sus derechos. A pesar de que la familia y los defensores le envían libros al Dr. G. N. Saibaba en los últimos meses, los libros que están en inglés y están disponibles gratuitamente en los mercados, están siendo confiscados indebidamente y retenidos por las autoridades penitenciarias sin motivo. Además, las autoridades confiscan y retienen cartas escritas por familiares. Esto constituye una grave violación de los derechos de los presos. Además, también se están reteniendo periódicos y recortes de noticias enviados por correo.

Es alarmante que se estén reteniendo los medicamentos básicos necesarios para las distintas enfermedades que padece el Dr. G. N. Saibaba, poniendo en peligro su vida. Además, en nombre de la pandemia se está violando el derecho de cada recluso a recibir asesoramiento legal, ya que no se le permite hacer más de dos llamadas al mes y no tiene la oportunidad de discutir su caso con sus abogados.

El Dr. Saibaba exigió que se garanticen estos derechos básicos para una vida digna dentro de la prisión. El hecho de no proporcionar estas condiciones lo obligó a hacer una huelga de hambre. En vista de su salud, la pandemia en curso, la incapacidad de familiares y abogados para visitarlo y las miserables condiciones dentro de la prisión, es probable que una huelga de hambre ponga en peligro la vida del Dr. G. N. Saibaba.

El Comité por la Defensa y Liberación del Dr. GN Saibaba hace un llamado a las autoridades de la Cárcel Central de Nagpur para que intervengan y aseguren que se respeten los derechos básicos del Dr. GN Saibaba, que se le proporcionen medicinas, libros y cartas y que su vida no se ponga en peligro.

Hacemos un llamado a todas las organizaciones e individuos democráticos para que planteen estas preocupaciones a las autoridades de la prisión de Nagpur para garantizar que no se violen los derechos del Dr. G. N. Saibaba bajo la custodia del estado.

Comité por la Defensa y Liberación del Dr. G. N. Saibaba

 

BRASIL: Amazônia para os camponeses, indígenas e quilombolas (Editorial AND)

 Há duas semana, Jair Bolsonaro postava um vídeo em suas redes sociais, em que um policial bastante amedrontado filmava uma manifestação da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) no Acampamento Manoel Ribeiro, última parte retomada da fazenda Santa Elina, entre os municípios de Corumbiara e Chupinguaia, sul de Rondônia. Na verdade, há dias toda a imprensa pró-latifúndio daquela região já repercutia a morte de dois policiais, em área próxima do Acampamento Tiago dos Santos, no município de Nova Mutum-Paraná, no norte desse estado. Acusavam (e seguem acusando) camponeses deste acampamento, sem qualquer prova, indício ou argumento digno de seriedade, pelos assassinatos de tais policias; essa imprensa venal só difundiu a versão da polícia. Segundo essas mesmas informações policiais, estes crimes teriam ocorrido em circunstâncias bastante suspeitas. A partir da comunhão das forças reacionárias do estado e a deixa de Bolsonaro, preparou-se o caldo de cultura para justificar o massacre das mais de 600 famílias acampadas (2,4 mil pessoas) e garantir o açambarcamento daquelas terras, griladas há anos por “Galo Velho”, um dos maiores latifundiários da região, condenado e preso por compra de sentenças e falsificação de documentação de registro de terras e, segundo as entidades democráticas do estado, notório financiador da pistolagem.

Para maiores detalhes e sobre desdobramentos dos episódios, recomendamos a leitura da nota da Comissão Nacional das Ligas dos Camponeses Pobres (LCP) e o comunicado do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) e da Associação Brasileira de Advogados do Povo (Abrapo). Da nossa parte, parece fundamental frisar alguns pontos, de abrangência política nacional:

1) Já havíamos chamado a atenção, em editoriais anteriores, para a conexão entre grilagem de terras, concentração fundiária e as queimadas que devastam a Amazônia Legal e o Pantanal. Não são os camponeses, quilombolas e povos indígenas os devastadores da floresta, e sim, os latifundiários ladrões de terras públicas devolutas que se apropriam daquele território à margem da lei, contando, para isso, com a conivência ou mesmo ação direta dos diferentes órgãos governamentais, incluída a proteção de forças policiais quando dos conflitos sobre estas.

2) Como consequência do ponto anterior: pretender discutir uma “questão ambiental” separada da questão agrário-camponesa é favorecer a reação – e no final das contas, o latifúndio devastador – a lançar uma cortina de fumaça sobre o secular problema, jamais solucionado em nossa história, da formação e das relações de propriedade da terra no Brasil. Portanto, gritar “fogo na floresta”, mas calar-se diante da criminalização dos camponeses, ou pretender priorizar as “pautas alimentares” dissociadas da aguda luta de classes no campo, é uma incoerência lógica e um crime político.

3) A grilagem de terras públicas na Amazônia não é um projeto deste ou daquele governo, e sim, um projeto de Estado. Sobretudo desde o final dos anos de 1970 – com a expansão da fronteira agrícola, patrocinada pelo regime militar – grilagem, monocultura, devastação ambiental e pistolagem formam um ciclo vicioso e inseparável. Embora a Constituição de 88 preveja a desapropriação de terras improdutivas e/ou griladas para fim de reforma agrária, estes dispositivos nunca foram implementados. Ao contrário: nas últimas décadas, na medida em que a carcomida economia de capitalismo burocrático desta semicolônia tornou-se mais e mais dependente da exportação de commodities, mais aquele círculo de ferro de formação da grande propriedade e sua alta concentração versus expropriação dos camponeses e povos originários se fechou. Não à toa, vimos um amplo espectro político, que vai de Bolsonaro, passando pelos altos mandos militares até os supostos “democratas” dos meios de comunicação fazer coro único, qual seja, a criminalização mais odiosa e nojenta da luta pela terra. Dentre o oportunismo, ouriçado com a miragem de capturar alguns cargos secundários na farsa eleitoral – apresentando-se como “o mais fiel defensor das instituições” – a regra geral é o silêncio. Um silêncio barulhento e significativo.

4) Bolsonaro, o Fraco, está hoje preso entre duas cordas: de um lado, precisa se desfazer de algumas cabeças e posições da extrema-direita, de modo a cumprir a sua parte no armistício temporário que lhe foi imposto desde a prisão de Fabrício Queiroz. De outro lado, ao fazer este movimento de aceno à direita militar e à centro-direita parlamentar dita tradicional, arrisca queimar parte das suas bases mais sólidas nos altares da “governabilidade”, e tornar-se mais vulnerável à mesa de negociações com seus rivais. Inevitavelmente, portanto, buscará recuperar terreno perdido na frente judicial-parlamentar radicalizando o discurso na dita “pauta de costumes” e no aceno às “milícias” do campo e da cidade. Boquirroto, não se preocupa tanto com cálculos a médio e longo prazo (como os generais, que evitam estardalhaços) e sim com o aqui e agora, que é o tempo da sua própria sobrevivência. Pode parecer paradoxal, mas a exposição por ele feita mais dificultou do que favoreceu a perpetração do massacre em Rondônia.

5) O fator decisivo para que não ocorresse até agora o banho de sangue prometido pela Polícia Militar de Rondônia foi a organização e disposição de resistência dos próprios camponeses do Acampamento Tiago dos Santos. Esta firmeza angariou uma ampla solidariedade entre diferentes setores democráticos, não só naquele estado como a nível nacional, e deteve pelo menos por enquanto a mão assassina das forças policiais e paramilitares do latifúndio. Isto prova que a mobilização, politização e organização dos oprimidos pode muito, ao contrário do que dizem e fazem os “movimentos sociais” do oportunismo, que veem fascismo em tudo e nos chamam a fugir para as cúpulas, isto é, para os acordos e arranjos com as frações descontentes das classes dominantes. A linha independente do movimento de massas, dirigido pelo proletariado, é invencível; ao contrário, a conversão da luta popular em mero apêndice da política oficial burguesa, além de só nos ter trazido profundas derrotas nos últimos anos (veja-se o caso das “reformas” trabalhista e previdenciária, por exemplo), faz perpetuar os massacres que se diz buscar evitar: massacres ora concentrados, ora espaçados no tempo e no espaço. É isso o que têm a oferecer as direções burguesa e pequeno-burguesa sobre o movimento de massas.

6) A questão agrário-camponesa é o calcanhar de Aquiles do velho Estado reacionário brasileiro. Por mais que se queira eludi-la com sofismas referentes à suposta “modernização do campo brasileiro”, ou apagá-la no altar de “novos problemas”, como o climático-ambiental, enquanto a questão da posse da terra pelos que nela trabalham não for solucionada veremos reeditados periodicamente poderosos ciclos de revoltas e lutas de classes agudas no campo. Trata-se de dezenas de milhões de pessoas exploradas até o limite das suas forças, literalmente sugadas para enriquecer cerca de 1% de grandes latifundiários, ao mesmo tempo, grandes capitalistas. Estes vastos desertos verdes de monocultura chocam-se de modo objetivo com os interesses de quase todas as demais classes sociais: com os camponeses, quilombolas e povos indígenas, vítimas imediatas da sua sanha predatória; das chamadas “classes médias” do campo, como pequenos e médios comerciantes e fazendeiros, que se veem privados de mercado consumidor e força de trabalho, pois o latifúndio, como se sabe, emprega muito pouco e expulsa o povo dali; dos milhões e milhões de proletários e semiproletários das cidades, que têm na sua pele gravada a diáspora camponesa, e sofrem com o inchaço urbano e a fome, o desemprego e as mazelas dele decorrentes – resultados de um capitalismo burocrático cujo sustentáculo primário é o latifúndio; de todos os que vivem de salário ou rendimentos fixos, achatados dado ao grau de espoliação da economia camponesa fornecedora de alimentos de primeira necessidade do povo, principal formador do valor da força de trabalho. Isto vale também para a média burguesia, que vê o mercado interno ser restringido com severidade pela não-incorporação do campo (o latifúndio, além de empregar muito pouco, importa quase tudo o que necessita para produzir). A desvalorização da moeda, que torna as commodities aqui produzidas mais competitivas no mercado mundial, golpeia o poder de compra dos trabalhadores; as exportações recordes que auferem superlucros ao latifúndio encarecem os mesmos itens no mercado interno. Numa palavra, quando o latifúndio ganha, a imensa maioria da nação perde.

Esta contradição aguda cobra uma solução. Há tempos a Amazônia e as suas lutas não estão mais à margem da história.