Homenagem ao companheiro Tonhão
Reproduzimos este artigo da Liga Operária em homenagem ao companheiro Tonhão, falecido recentemente. A reportagem de A Nova Democracia cobriu o ato realizado em Belo horizonte em sua homenagem e publicará um artigo sobre a sua vida e luta nas ‘Figuras da Classe Operária’ na próxima edição.
Filho de uma família de operários revolucionários, nasceu em 3 de outubro de 1947 no povoado de Marinhos, município de Brumadinho, em Minas Gerais. Viveu, trabalhou e lutou a maior parte de sua vida em bairros proletários das regiões industriais de Belo Horizonte e Contagem.
Sua mãe, uma camponesa que ao vir para a cidade nos anos de 1940 se tornou uma proletária, foi o primeiro membro da família ao ingressar nas fileiras do Partido Comunista e conduziu todos seus filhos para a militância.
Em meados da década de 1960, Tonhão e um grupo de companheiros romperam com o PCBrasileiro dirigido por Luiz Carlos Prestes, fundaram a Corrente Revolucionária e, logo em seguida, aderiram à Ação Libertadora Nacional, dirigida por Marighella.
Atuou na histórica e vitoriosa greve dos metalúrgicos da Belgo e Mannesman em 1968, que obrigou os generais a ceder um aumento aos trabalhadores.
Participou de diversas expropriações de bancos e outras ações armadas, entre elas se destacou a expropriação do Banco de Minas Gerais, também em Ibirité, ação na qual foi preso após enfrentar o cerco policial para possibilitar a retirada de seus companheiros. Cumprindo uma orientação da ALN de não se entregar vivo aos verdugos do regime militar, Tonhão deu um tiro no próprio peito, mas sobreviveu. Ainda no hospital foi torturado pelos covardes carrascos militares. Passou anos na prisão e manteve irredutível posição de defesa da luta armada e da revolução.
Após ser solto, enfrentou diversos problemas de saúde, mas continuou apoiando como pôde a luta de nosso povo. As sequelas físicas e mentais provocadas pela prisão e torturas debilitaram muito a sua saúde. Suportou e enfrentou todas essas dificuldades com firmeza e dignidade.
Em 19 de janeiro, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e Região, foi realizado um ato em homenagem a esse bravo companheiro que faleceu em 2 de setembro do ano passado, após enfrentar um câncer e uma grave cirurgia para reparar problemas circulatórios resultantes de um tiro que recebera em um enfrentamento com a polícia nos anos de 1960.
Várias pessoas entre familiares, companheiros de luta, dirigentes sindicais e representantes de organizações classistas compareceram ao ato convocado pelo Movimento Feminino Popular e pela Liga Operária. Com canções e poemas revolucionários, depoimentos sobre a vida e luta de Tonhão rendemos nossa sincera homenagem reafirmando nosso firme compromisso de prosseguir com a sua luta.
Por Liga Operária
O Companheiro Tonhão foi, acima de tudo, um revolucionário, um combatente da classe. Como tantos heróis anônimos do proletariado, Tonhão não é uma figura conhecida. Ele nunca buscou reconhecimento pessoal, sempre se dedicou inteiramente à causa de libertação de nosso povo e do socialismo.Filho de uma família de operários revolucionários, nasceu em 3 de outubro de 1947 no povoado de Marinhos, município de Brumadinho, em Minas Gerais. Viveu, trabalhou e lutou a maior parte de sua vida em bairros proletários das regiões industriais de Belo Horizonte e Contagem.
Sua mãe, uma camponesa que ao vir para a cidade nos anos de 1940 se tornou uma proletária, foi o primeiro membro da família ao ingressar nas fileiras do Partido Comunista e conduziu todos seus filhos para a militância.
Em meados da década de 1960, Tonhão e um grupo de companheiros romperam com o PCBrasileiro dirigido por Luiz Carlos Prestes, fundaram a Corrente Revolucionária e, logo em seguida, aderiram à Ação Libertadora Nacional, dirigida por Marighella.
Atuou na histórica e vitoriosa greve dos metalúrgicos da Belgo e Mannesman em 1968, que obrigou os generais a ceder um aumento aos trabalhadores.
Participou de diversas expropriações de bancos e outras ações armadas, entre elas se destacou a expropriação do Banco de Minas Gerais, também em Ibirité, ação na qual foi preso após enfrentar o cerco policial para possibilitar a retirada de seus companheiros. Cumprindo uma orientação da ALN de não se entregar vivo aos verdugos do regime militar, Tonhão deu um tiro no próprio peito, mas sobreviveu. Ainda no hospital foi torturado pelos covardes carrascos militares. Passou anos na prisão e manteve irredutível posição de defesa da luta armada e da revolução.
Após ser solto, enfrentou diversos problemas de saúde, mas continuou apoiando como pôde a luta de nosso povo. As sequelas físicas e mentais provocadas pela prisão e torturas debilitaram muito a sua saúde. Suportou e enfrentou todas essas dificuldades com firmeza e dignidade.
Em 19 de janeiro, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e Região, foi realizado um ato em homenagem a esse bravo companheiro que faleceu em 2 de setembro do ano passado, após enfrentar um câncer e uma grave cirurgia para reparar problemas circulatórios resultantes de um tiro que recebera em um enfrentamento com a polícia nos anos de 1960.
Várias pessoas entre familiares, companheiros de luta, dirigentes sindicais e representantes de organizações classistas compareceram ao ato convocado pelo Movimento Feminino Popular e pela Liga Operária. Com canções e poemas revolucionários, depoimentos sobre a vida e luta de Tonhão rendemos nossa sincera homenagem reafirmando nosso firme compromisso de prosseguir com a sua luta.
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