domingo, 21 de diciembre de 2014

BRASIL: FASCISTAS: NÃO PASSARÃO! Juventude Combatente desmascara caráter político das prisões e processos no Rio de Janeiro.



igor caio e fbio 02
 
Gritando "Não Passarão!", algemados, com os punhos erguidos, Igor Mendes, Caio Silva e Fábio Raposo adentraram, no último dia dezesseis de dezembro, na sala onde se realizava audiência de criminalização dos vinte e três ativistas das manifestações contra a Copa da Fifa no Rio de Janeiro. Os ativistas foram saudados pelos demais “réus” com a mesma palavra de ordem. Poucas horas antes, os pedidos Habeas Corpus em favor do preso político Igor Mendes da Silva, ativista do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) e da Frente Independente Popular – RJ e das perseguidas políticas Elisa Quadros Pinto, Sininho, e Karlayne Moraes da Silva Pinheiro haviam sido negados pelo Colegiado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Reafirmando sua condição de presos e perseguidos políticos do velho Estado gerenciado por Dilma Rousseff (PT), Sergio Cabral Filho/Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Eduardo Paes (PMDB) a juventude combatente presente nesta farsa de audiência deu mais uma prova de combatividade e dignidade, desmoralizando o juiz fascista Flávio Itabaiana e o podre judiciário do Rio de Janeiro. Itabaiana, desesperado, tremendo de medo e ódio afirmou aos berros: “Aqui não é rua, quem manda sou eu!”. E, em mais uma clara demonstração do caráter político persecutório do processo judicial contra manifestantes e ativistas, o juiz fascista “mandou” que os advogados e familiares dos réus se retirassem, ficando somente os veículos do monopólio da imprensa como a Rede Globo. Do lado de fora da audiência, dezenas de pessoas realizavam uma combativa manifestação pela libertação dos presos políticos e a extinção dos processos, erguendo as bandeiras vermelhas de luta tão temidas pelos reacionários togados.
Todo o processo judicial contra os ativistas participantes de manifestações contra a Copa da Fifa no Rio de Janeiro têm um claro caráter de perseguição política e é evidente a articulação entre o judiciário, os gerenciamentos de Dilma Rousseff (PT), Sergio Cabral Filho/Luiz Fernando Pezão /(PMDB), Eduardo Paes (PMDB) e o monopólio da imprensa, tendo a cabeça a Rede Globo, no objetivo de criminalizar a juventude combatente protagonista das manifestações populares contra a farra da Fifa, em defesa do ensino, saúde e transporte públicos e contra a ocupação militar das comunidades pobres da capital fluminense pelas Unidades de Polícias Pacificadoras (UPP`s) e o Exército. Entre os principais testemunhas de acusação estão as delegadas da Polícia Civil Renata Araújo e Marcela Ortiz e um agende da Força Nacional de Segurança que atuava como agente infiltrado nas manifestações populares sem autorização judicial.
Caio Silva e Fábio Raposo são alvo do linchamento público por meio de uma campanha difamatória ungida pelo monopólio da imprensa a partir do trágico acidente que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade, funcionário da Rede Bandeirantes de Televisão, durante uma manifestação popular na cidade do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2014. Todo o processo judicial que resultou na prisão de Caio Silva e Fábio Raposo está baseado em provas criadas pela polícia e mentiras repetidas exaustivamente como verdades pelo monopólio da imprensa.  Rafael Braga foi preso e condenado por portar materiais de limpeza absurdamente qualificados como artefatos explosivos. Igor Mendes da Silva, Elisa Quadros Pinto, Sininho, e Karlayne Moraes da Silva Pinheiro tiveram mandatos de prisão emitidos por sua participação em um evento cultural em celebração do Dia do Professor na Cinelândia, o que foi considerado pelo juiz Itabaiana como a quebra de medidas restritivas impostas pelo judiciário. 
Como repetidas vezes ocorreu na história política de nosso país, a prisão dos ativistas foi a senha para que se tramasse mais uma pantomina com a participação de policiais, juízes e da imprensa venal, numa verdadeira campanha de “caça às bruxas” contra democratas e revolucionários: rostos de ativistas são exibidos pela televisão em horário nobre, sendo-lhes imputados atos jamais comprovados; inquéritos policiais, gravações de escutas telefônicas e outras alegadas provas que supostamente corriam em “segredo de justiça” e as quais os advogados dos presos políticos tiveram o acesso negado, foram divulgados com “exclusividade” pelos jornais da Globo; matérias pagas especulam, desde sobre os hábitos e os relacionamentos afetivos à “inclinação ideológica” dos jovens ativistas, chamados genericamente de “black block`s”.
A criminalização de manifestantes e ativistas no Rio de Janeiro no apagar das luzes do circo eleitoral é a sinalização do gerenciamento de turno do velho Estado sobre como serão tratadas todas e quaisquer autênticas lutas populares de agora em diante, frente ao inevitável agravamento da crise econômica, política e social do capitalismo burocrático no país. Dilma Rousseff (PT) se empenha em unir todos os grupos de poder e frações do Partido Único das classes dominantes numa verdadeira cruzada repressiva para garantir os escusos interesses da grande burguesia, do latifúndio e do imperialismo, principalmente ianque, devidamente representados no alto escalão de seu governo pela arqui-reacionária ruralista Kátia Abreu no Ministério da Agricultura e o banqueiro Joaquim Levy do Bradesco/FMI no Ministério da Fazenda.
No campo, a frente oportunista eleitoreira de Dilma Rousseff (PT/PMDB/pecedobê/PSB) aplica uma política repressiva ainda mais feroz contra a luta pela terra, particularmente, contra o movimento camponês combativo em luta pela Revolução Agrária. Não podendo deter a persistente luta pela terra por meio da atuação de seus “movimentos sociais” domesticados o gerenciamento oportunista coordena a mais cruenta repressão através de sequestros, torturas, assassinatos e prisões no objetivo de manter intocado o latifúndio e impunes os latifundiários. Somente no estado de Rondônia são, pelo menos, vinte camponeses presos políticos da luta pela terra. Ademais do massacre perpetrado contra os povos indígenas, alvos de ataques constantes da Força Nacional de Segurança, Policia Federal e do Exército Brasileiro.
Mas estão muito enganados se pensam poder conter o avanço da luta popular por meio da repressão policial e prisões políticas. O maior boicote eleitoral da história do país expressa o aumento da consciência política de nosso povo e a crescente fascistização do velho Estado só faz reforçar o entendimento por parcelas cada vez mais amplas das massas da cidade e do campo sobre a necessidade e a justeza do caminho da rebelião contra toda esta podre e caduca ordem!
Liberdade  imediata para Caio Silva, Rafael Braga e Fábio Raposo!
Liberdade imediata para Igor Mendes e todos os presos políticos da cidade e do campo!
REBELAR-SE É JUSTO!
 
 
Movimento Estudantil Popular Revolucionário – Brasil

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