jueves, 19 de noviembre de 2015

O islamismo e a revoluçom mundial. Un importante articulo dos camaradas do Ateneu Proletário Galego.

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Introduçom
O tema que imos tratar neste artigo saiu a luz como resultado da postura de apoio ao DAESH do PLMI (Itália), unido à declaraçom do PC(ML)P (Panamá) e a posterior crítica da “carta aberta” a esta última organizaçom e duas réplicas posteriores, feitas polo CC Pcm Galiza (Comité para Construçom do Partido Comunista maoista de Galiza); que fôrom publicadas na página de internet “Dazibao Rojo”. A esta discusom unem-se artigos e declaraçons do camarada Ganapati secretário geral do Partido Comunista Maoista da Índia (CPI (maoist) em inglês). Nom imos entrar em detalhe na crítica dos argumentos do PMLI e do PC(ML)P porque já fôrom criticados polo CC Pcm G. Nós imos centrar-nos nos problemas de método que levárom ao PMLI e ao PC(ML)P a apoiar e defender algum tipo de aliança com DAESH.
A Índia e o islamismo
Na Índia a religiom maioritária, a mais extensa e a que está ligada ao Estado da Índia é o hinduísmo. Esta religiom é um instrumento fundamental do nacionalismo índio e polo tanto do Estado burguês deste país asiático.
O hinduísmo é umha religiom que joga um papel ultra-reacionário entre os povos deste Estado. Trata-se dumha religiom fundamente racista, sobre a que se sostém a opressom nacional de povos inteiros. Ademais o hinduísmo é o sostém da divisom da sociedade em castas como maneira de manter e legitimar a exploraçom do povo polas classes exploradoras. O feudalismo das castas
ampara-se numha mitologia que legitima a opressom mais brutal por razons divinas. Para o hinduísmo as classes oprimidas recebem o resultado dos seus pecados de outras vidas, mentres que os exploradores acaparam umhas riquezas das que se figérom merecedores em outras vidas.

Ao longo do mundo os processos revolucionários demostrárom que o comunismo nom pode proibir crenças religiosas individuais, mas si que podemos e devemos fazer que o novo poder revolucionário proiba práticas sociais reacionárias, tenham estas umha origem religiosa ou nom. Tamém se deve combater a influência do clero.
Os maoistas da Índia tomárom medidas nestas duas tarefas, assi, por exemplo, trabalhárom para que o novo poder impedira os casamentos concertados polas famílias contra a vontade das pessoas. Esta era umha prática que inclusive se realizava mediante o casamento de crianças de mui curtas idades, e fôrom banidas totalmente.
Nestas duas tarefas o fundamental será elevar a autoconsciência de cada vez mais capas do povo, nom umha simples proibiçom formal. A ideologia nom muda por decreto, só muda e se eleva na luita.
O Marxismo tem que entender que em todos os povos estám presentes elementos positivos que som o fruito dos esforços das classes exploradas por aproveitar os recursos, por encher de conhecimento e de criatividade artística as suas vidas. Umhas vidas que estavam marcadas por longas jornadas de trabalho e que dependiam das boas colheitas e marés da pesca para poder alimentar-se.
Mas tamém há no povo ideias e costumes reacionários. Umhas ideias e costumes que as classes exploradoras tenhem “sementado” (a aristocracia, o clero, a burguesia) e que som precisamente travas para as massas tomar consciência.
O Marxismo tem que assumir o que nos dijo Lenine: a verdade sempre é concreta. Tamém o que nos ensinou Mao: o grande problema da revoluçom está no particular de cada povo.
De maneira que para poder avançar na revoluçom temos que estudar, entender e interiorizar as conclusons que sacamos numha determinada realidade social; e com ela a própria prática social de cada povo, em cada momento histórico concreto. Apreender a realidade para transformá-la e neste processo transformar-nos a nós mesmos. Para isto nom partimos de zero, dispomos das experiências revolucionárias passadas e presentes.

Se a revoluçom só fosse seguir umhas linhas gerais seria muito mais fácil o triunfo, mas como há tantas particularidades em cada sociedade, o trabalho de concretar na prática social as linhas políticas gerais transforma-se num problema metodológico de primordial importância.
Consequências espontâneas frente a opressom nacional
Ao longo da história podemos apreciar a existência dumha tendência espontânea nos povos que sofrem opressom nacional que os impulsa a pôr em valor certos sinais de identidade, que passam a defini-los como povo. Isto provoca que elementos que antes nom tinham nengum caráter político, ou bem tinham outro (como umha língua, estética, roupa, religiom, etc), passem a ter um caráter político que antes nom tinham. Estes elementos sofrem umha transformaçom no que som remarcados, aumentando a sua ritualizaçom. A este fenómeno social podemos chamar-lhe proto-patriotismo.
Este mesmo fenómeno social é o que explica como espontaneamente em certos povos de oriente que som vítimas do imperialismo, a religiom islâmica adquira um maior peso entre o povo. Na Índia, onde a religiom hinduísta é um dos baluartes do nacionalismo índio, o rechaço desta religiom e a reabilitaçom das religions que negam as suas bases, som fenómenos que vam unidos de maneira espontânea entre as grandes massas. Desta maneira é como em amplas zonas do norte do Estado Índio se dá o fenómeno que provoca que, em povos que sofrem a opressom nacional, a religiom islâmica transforma-se num dos elementos reivindicados polas grandes massas que formam o movimento de libertaçom nacional.

Hezbolá e a luita de classes mundial
É um feito histórico que desde a última década do século XIX se dera o fenómeno social da divisom mundial do trabalho. Coas naçons, as pessoas, os portos, redes de transporte, etc, apareceram uns interesses mundiais da burguesia e tamém uns interesses mundiais do proletariado.
A partir deste momento histórico o interesse do proletariado a nível mundial é o primeiro condicionante estratégico do proletariado revolucionário. Polo que a relaçom entre Hezbola e os interesses mundiais do proletariado som tamém motivo do nosso estudo.
Nós sabemos que a organizaçom Hezbolá é objetivamente anti-imperialista, a sua prática social debilita ao imperialismo, e é um resto pouco comum do caráter que um dia tivo a burguesia no mundo. O seu caráter progressivo fai com que, de existir no Oriente Medio um movimento revolucionário, hoje Hezbolá seria um aliado deste.

Hezbolá e a luita de classes nacional
Hezbolá tem um caráter popular, progressista e patriótico na realidade social concreta da sociedade libanesa. Na sociedade libanesa esta organizaçom tem realizado um trabalho popular de alfabetizaçom, de criaçom dumha rede sanitária popular, etc. Tem realizado um trabalho fundamental que é a defensa da soberania libanesa das agressons imperialistas.
Hezbolá defende um estado laico para o Líbano, frente ao atual Estado que divide a sociedade polas práticas religiosas dos seus habitantes.

Hezbolá fixo possível em amplas zonas do país que as massas se autogovernem e poidam sair a luz as suas potencialidades. Ademais deu-lhes ideais patrióticos e progressistas às grandes massas, com os que poder guiar as suas vidas.
Hezbolá nom é umha organizaçom revolucionária, nem pode sê-lo. Nom tem a teoria revolucionária.
Nom conta com um método que lhe permita rejeitar todas as formas de estado burguês. Tampouco conta com o método que lhe permita entender que o modelo de sociedade capitalista deve ser substituido pola sociedade socialista. Mas isto nom borra as qualidades desta organizaçom. É umha organizaçom que defende os interesses da mediana e pequena burguesia, por muito que alguns destes interesses sejam coincidentes cos do proletariado libanés. Hoje Hezbolá nom sobra no Líbano, falta umha organizaçom revolucionária que defenda a independência de classe do proletariado e que trabalhe para a construçom dos instrumentos necessários para a conquista do poder político. Que ponha as bases, realizando um trabalho de espalhar a consciência da realidade social objetiva, que trabalhe entre a vanguarda e as massas em luita para a tranformaçom dos destacamentos comunistas numha relaçom social
objetiva. Um autêntico partido do proletariado de novo tipo que faga possível o armamento consciente das grandes massas como única garantia do seu autogoverno. Um autogoverno que quando sufra os ataques da reaçom poderá responder com a guerra popular, com o exército do povo.

Por todo o anteriormente enumerado podemos ter a seguridade da obriga do Marxismo em todo o mundo de apoiar o movimento anti-imperialista libanês, hoje hegemonizado por Hezbolá, ao mesmo tempo que tem a obriga de deslindar com eles em todo o necessário. Tamém podemos ter a seguridade na necessidade de que as comunistas e os comunistas do Líbano se aliem com Hezbolá, ao mesmo tempo que devem manter a sua independência de classe.
O DAESH-ISIIL
Podemos ter a seguridade de que na luita de classes mundial o islamismo de Alqaeda e DAESH-ISIL sempre favoreceu ao imperialismo que o alimenta.
Na luita de classes nacional o Estado Islâmico é claramente ultra-reacionário. Um dos seus sinais de identidade é o racismo, que os leva até tentar acabar com povos inteiros. Frente a estas práticas sociais é necessário nom ter dúvida de que é um inimigo do proletariado e um aliado estratégico do imperialismo.

Conclusons
A primeira conclusom desta discusom é umha importante ensinança metodológica, é o convencimento de que para conhecer as sociedades humanas, devemos estudar sociedades concretas. Se o nosso ponto de partida som generalidades abstratas, unido a parcialidades da propaganda imperialista (como a quem bombardeia USA), traerá-nos como lógica consequência a impossibilidade de entender a complexidade das relaçons sociais.
Sobre os artigos de Ganapati (fragmentos deles estám disponíveis no Dazibao Rojo) nos que defende a aliança com movimentos sociais que tenhem um contido islâmico, ademais do que já temos dito há que aclarar que todas as pessoas temos umha subjetividade da que nom nos podemos isolar ao cento por cento. Por este motivo todas as pessoas temos umhas limitaçons históricas determinadas, ademais de ter outra limitaçom histórica devida tanto a quantidade como a qualidade da informaçom que recebemos duns determinados feitos históricos.
Ademais,os textos que temos lido de Ganapati nom falava de DAESH-ISIIL na Síria e Iraque.
Se as suas opinions tivessem sido sobre o Estado Islâmico estaria enganado, e isto poderia ser por confundir ao DAESH-ISIIL com a realidade histórica de determinados movimentos islamistas da Índia.
De qualquer maneira apoiar-se numhas palabras dum determinado autor nom serve para solucionar o problema de como descobrir e seguir a linha política justa. Porque nengum autor estará sempre ao nosso lado para solucionar os nossos problemas. Ademais ter a umha série de autores como os nossos referentes nom nos soluciona as limitaçons dos nossos próprios quadros à hora de entender os problemas da revoluçom. De maneira que o nosso método Marxista é a única agulha de marear que nos servirá para tomar o caminho da revoluçom.
Sem buscar formar um núcleo forte que domine as bases metódicas do Materialismo Histórico nom há maneira de que sejamos comunistas de verdade. Sem o método as novidades históricas deixam-nos fora de jogo, como lhe passa ao PMLI e ao PC(ML)P.

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