Participem da Audiência Pública, convidem seus amigos, colegas e companheiros, ajudem a divulgar na internet.
Conheça, divulgue, apoie a luta camponesa!
CONVITE
– Audiência Pública
Basta
de despejos, torturas, desaparecimentos e assassinatos de camponeses
em Rondônia e todo o país!
Dia
14 de dezembro de 2015 – 14 horas
Auditório
Paulo Freire – campus da Unir – BR 364 Km 9,5 – Porto Velho
Organização: LCP - Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia a Amazônia Ocidental
Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB / Rondônia
Apoio: Unir - Universidade Federal de Rondônia
No
dia 27 de maio, um aparato de guerra com policiais fortemente armados
e até um helicóptero despejou menos de 40 famílias do Acampamento
Cajueiro 1, em Machadinho D'Oeste. Um policial deu um tiro
acidental que felizmente não acertou nenhum trabalhador.
70
famílias do Acampamento Rancho Alegre 2, em Pimenta Bueno,
podem ser despejadas a qualquer momento, apesar do título provisório
das terras em nome do latifundiário ter sido cancelado e a área
repassada ao Incra. Também estão ameaçadas de despejo 60 famílias
que desde 2007 vivem e trabalham em seus lotes na Área Terra Boa,
em Rio Crespo.
No
dia 5 de novembro, uma mega operação da polícia militar, do GOE –
Grupo de Operações Especiais e do Núcleo de Inteligência
prenderam o camponês José
Geraldo,
conhecido como Pernambuco, por envolvimento com tomadas de terra em
Theobroma.
No
dia 4 de novembro, 8 pistoleiros fortemente armados e encapuzados
invadiram o Acampamento
Paulo Justino,
em Ariquemes, destruíram carros e motos, humilharam e torturaram
cerca de 25 camponeses, inclusive mulheres. Na vizinhança, invadiram
casas e abordaram camponeses na estrada, roubando e ameaçando de
morte quem não contasse onde as famílias acamparam depois do
despejo.
Camponeses
denunciaram que 20 homens fortemente armados, usando máscaras, roupa
camuflada e colete, atiraram várias vezes contra o Acampamento
13 de Agosto,
em Alto Paraíso. A maioria dos criminosos são policiais militares
de Ariquemes, amigos da namorada do latifundiário Francis Gutemberg,
que é agente penitenciária.
Um
camponês vizinho da Área
10 de maio,
em Buritis, está sofrendo represálias por ter cedido seu sítio
para as famílias acamparem após despejo em 2014: teve uma cerca
cortada, um touro de 9 mil reais morto e duas casas incendiadas. Os
comércios vizinhos têm sofrido abordagens violentas de policiais
militares que chegam em alta velocidade e empunhando fuzis, mandam
até mulheres e crianças deitarem no chão, humilham e agridem.
No
dia 11 de novembro, dois moradores da Área Bacuri, em
Cujubim, sofreram uma tentativa de assassinato, provavelmente por
pistoleiros da latifundiária Degmar, que se diz dona da área. O
camponês Maurício levou um tiro de espingarda 16 que lhe quebrou o
braço e perfurou o abdome, foi operado e sobreviveu.
Em
setembro de 2014, dois camponeses foram sequestrados
e torturados por
vários dias pelo latifundiário e ex-prefeito de Vilhena Heládio
Senn e seus pistoleiros fortemente armados. A polícia militar se
negou a acompanhar uma comissão de advogados, professores,
estudantes e camponeses que garantiu o resgate. O latifundiário e
pistoleiros chegaram a ser presos, mas foram soltos em seguida.
Desde
o dia 11 de novembro está desaparecido o camponês Valdecy
Padilha,
da Área 10 de maio. Os moradores suspeitam que ele foi sequestrado e
morto por pistoleiros do latifundiário vizinho Alencar. Eles já
atacaram, ameaçaram e tomaram partes dos lotes de vários
trabalhadores, inclusive de Valdecy.
No
dia 22 de novembro, a líder camponesa Terezinha
Nunes Meciano e
seu esposo Anderson
Mateus dos Santos foram
assassinados em casa na Área Élcio Machado, em Monte Negro.
Possivelmente são pistoleiros a mando da associação de
latifundiários recém-criada no Vale do Jamari para frear as tomadas
de terra. No dia seguinte, a página da internet Rondônia
Vip
publicou várias calúnias contra as vítimas e a LCP.
As
Glebas Rio Alto e São Sebastião somam aproximadamente duzentos mil
hectares que se estendem por 7 municípios do Vale do Jamari. Há
mais de 20 anos o Incra cortou-as em lotes da “reforma agrária”,
mas nunca entregou a camponeses. As terras foram griladas por
latifundiários como Nadir Jordão dos Reis, que se diz o dono
da Área Monte Verde, com todo apoio do Incra e da “justiça”.
Em
dezembro de 2014, o latifundiário Caubi
Moreira Quito confessou
em depoimento para um delegado de Ariquemes que contratou 10
policiais militares para fazerem serviços de pistolagem. Ele se diz
o dono das terras da Área 10 de maio.
Em
outubro de 2014, a Ouvidoria Agrária Nacional divulgou um relatório
da polícia reconhecendo que capangas, milícias, agentes
penitenciários e policiais
fortemente armados são contratados para realizar segurança
privada nas
fazendas da região de Buritis, sob o mando de um ex-comandante do 7º
Batalhão da PM, possivelmente o coronel
Ênedy Dias de Araújo. Em julho, ele foi indicado pelo governador
Confúcio Moura/PMDB, para o sub-comando da PM de Rondônia, mas não
assumiu por intervenção do Ministério Público.
No
final de outubro o Ouvidor Agrário Nacional Gercino José reuniu-se
com representantes da segurança pública do governo estadual e teve
o desplante de parabenizar a polícia militar pela prevenção de
crimes no campo e de prometer recursos para ajudar nas operações
policiais. Em reunião com camponeses, disse que tão logo as terras
da Área 10 de maio sejam entregues às famílias, começará a punir
os camponeses responsáveis pelas atrocidades que têm acontecido na
região. Não diz uma palavra sobre o terror imposto por
latifundiários, pistoleiros e policiais, nem sobre o fato de
Rondônia ser o estado campeão de violência no campo em 2014.
Gercino
representa diretamente Luiz Inácio/Dilma/PT. Durante os 13 anos da
gerência petista agravou-se a situação agrária no Brasil:
praticamente paralisou a desapropriação de latifúndios, aumentou a
concentração de terras e o número de camponeses assassinados. Isto
somado à grave crise econômica por que passa o país, faz crescer
as tomadas de terra. Por sua vez, os latifundiários incrementam a
violência na tentativa de manter seu sistema que representa o que há
de mais retrógrado no país.
É
urgente uma forte pressão popular para dar um basta a esta onda
crescente de violência no campo e esta verdadeira caçada a
lideranças camponesas, cometidos por latifundiários e governos Luiz
Inácio/Dilma/PT e Confúcio Moura/PMDB. Você que é trabalhador,
ativista de movimentos democráticos, você que não se conforma com
injustiças, participe da Audiência Pública.
O
camponês quer terra, não repressão!
Lutar
pela terra não é crime!
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