domingo, 10 de enero de 2016

As teses principais. Ateneu Proletário Galego.

cartaz 7

As teses principais

Tese sobre o Estado Espanhol
Umha das nossas principais teses é a do caráter de classe do Estado Espanhol na Galiza. Que consiste em caraterizar ao Estado Espanhol na Galiza como o poder dos interesses e da aliança entre a oligarquia espanhola e a burguesia galega. Nós fomos (que saibamos) os primeiros em chegar a esta importante conclusom sobre o caráter de classe do Estado Espanhol na Galiza. Ademais, sem conhecer em profundidade a sociedade catalá e a sociedade basca, si que temos suficientes conhecimentos destas duas sociedades para dizer com total seguridade que o Estado Espanhol, nestes povos, tamém é o resultado duns interesses e umha aliança equivalente entre a oligarquia espanhola e as suas respetivas burguesias.
O Estado Espanhol, como qualquer estado burguês consolidado, é o resultado dumha aliança entre diferentes classes interessadas em manter o modelo de sociedade capitalista. Destarte, forma-se um bloco de classes dominantes que participam em diferente proporçom, no reparto do excedente social conseguido mediante a exploraçom da maioria da sociedade e dos países sub-desenvolvidos. Entre estas classes está a oligarquia espanhola, a burguesia galega, a mediana e pequena burguesia galega e setores sociais des-classados que formam o seu aparato repressivo. Mas tamém um setor da classe obreira que tem umhas condiçons laborais mais estáveis, com maior salubridade, maiores salários, etc; isto permite-lhe viver melhor que a maioria da sua classe: trata-se da aristocracia operária. Este setor social da classe operária tem umha postura política conservadora. O importante disto nom é que vote em partidos conservadores, senom que por nengumha razom quere pôr em perigo um modelo social no que se sentem cómodos, estám representados por organizaçons com peso no sistema político burguês e recebem as suas migalhas por ajudar a manter a paz social.
Cada umha destas classes tem interesses particulares que entram em contradiçom entre si, mas estas contradiçons nom som nada frente à contradiçom entre a burguesia e o proletariado, que é a que determina a natureza interna das sociedades capitalistas. Isto provoca que unicamente estas duas classes podam ter umha auténtica independência política.

Tese sobre o nacionalismo espanhol e a independência nacional
Outra tese mui importante para nós é a que assinala ao nacionalismo espanhol como um instrumento fundamental do Estado Espanhol para a sua própria existência, o que tamém implica a necessidade de combater este nacionalismo.
Nem o proletariado galego nem o proletariado de qualquer outro povo pode renunciar a aprender das aportaçons que a vanguarda proletária de outros povos tem aportado à metodologia da análise da sociedade e às suas experiências na prática política consciente e revolucionária, seja como destacamento proletário ou seja como partido dum determinado povo.
Nem as comunistas galegas, nem as comunistas espanholas (ou castelás) devemos renunciar a influenciar sobre os destacamentos comunistas de outros povos. Nom devemos renunciar a fazer umha crítica pública e sincera. Nom devemos renunciar à formaçom mútua na busca da linha política justa. Mas a vanguarda proletária espanhola -por muito que queira- jamais poderá solucionar os problemas e as limitaçons do proletariado galego.
A libertaçom do proletariado e do povo galego só pode vir do próprio proletariado galego -coa ajuda dos seus aliados-. O proletariado de outros povos pode dar-nos umha ajuda valiosa, mas nom pode solucionar os problemas internos da sociedade galega.
Para o proletariado a independência nacional de Galiza deve servir em primeiro lugar para favorecer ao proletariado na luita de classes mundial, em segundo lugar deve ser um método na conquista do poder político polo proletariado galego (que é estratégica), em terceiro lugar tamém tem que ser um passo na construçom -com a ajuda dos outros povos do mundo- dumha sociedade socialista na Galiza. Em direçom à pátria socialista à que aspiramos e que construiremos, até chegarmos ao comunismo.

Tese sobre o caráter de classe do revisionismo (BNG, AGE, etc)
O marxismo ensina-nos que o que determina o caráter de classe dumha organizaçom é o seu programa político unido à sua praxe política e nom a sua composiçom social. De maneira que nom é o feito de que umhas palavras as pronuncie um obreiro, ou que um partido este formado por umha militância obreira, senom que as próprias ideias políticas e as suas práticas políticas -num sentido amplo-, som o que determina o caráter de classe dum determinado partido ou qualquer organizaçom que se expresse em política (instituçons do estado, tribunais, cárceres, como qualquer organismo que se enfrente ao estado,etc). Polo tanto tamém quem realizar atividades na gestom das instituiçons do estado (parlamentos, Junta de Galiza, concelhos, patronatos, conselhos institucionais, etc) mostra o seu verdadeiro caráter de classe.
Podemos afirmar que o revisionismo trabalha para gestionar o Estado Espanhol. Nom importa que o revisionismo afirme que quere sair da OTAN, do Euro, da UE, ou do Estado Espanhol, porque ao fim na prática sempre trabalha por manter a paz social, para que as mobilizaçons sejam umha válvula de escape do desespero social, para que as contas do Estado Espanhol dêem certas ao fim do ano.

Tese sobre os processos de independência dirigido pola burguesia
Frente aos tópicos burgueses que repete o revisionismo, temos que ter claro que numha sociedade dividida em classes nom existem “os interesses nacionais”, senom que todos os interesses som dumha determinada classe social concreta.
Ao tempo, descobrimos que nas sociedades contemporâneas os processos de independência dirigidos pola burguesia só podem acabar de umha destas três maneiras: 1) a burguesia negocia e bota-se para atrás na independência nacional; 2) consegue a independência sem que haja um movimento revolucionário que poida pôr em questom o seu domínio de classe, polo que a realidade social nom muda em nada; 3) se o movimento revolucionário tem força a burguesia inícia umha guerra civil contra as forças patrióticas progressistas, contando coa ajuda do estado que era o seu anterior inimigo (este foi o caso de Irlanda).
O triunfo do proletariado, a construçom de sociedades socialistas entre os povos do mundo e o nascimento da sociedade comunista, só será possível mediante a criaçom dum novo poder revolucionário formado polas massas armadas e organizadas conscientemente.
Este novo poder nom nasce dos recursos do estado, nem de nengumha lei, diretiva, normativa,etc. Senom que só pode nascer dos recursos das massas atuando conscientemente.

Tese sobre a consciência. Prioridade no momento atual
Como descobriu Lenine as luitas sociais por elas mesmas nom criam a consciência. A consciência é o fruito maduro do conhecimento, polo que para que exista tem que existir um organismo proletário que recolha os conhecimentos existentes e “produza” mais conhecimentos. Este organismo proletário é o destacamento comunista e o partido.
A consciência aparece nas pessoas quando elas assumem e praticam a teoria revolucionária. Isto requer, pressupom, um trabalho coletivo. Esta vanguarda hoje precisa aprender a trabalhar coletivamente formando equipas que adicam o seu tempo principalmente a elevar a teoria revolucionária superando os erros ou limitaçons do passado. A partir de aqui é necessário que este trabalho prévio se vincule cos elementos politicamente mais avançados da nossa contorna. Isto consegue-se mediante o debate, a polémica e a discusom. Hoje o trabalho de investigaçom e a propaganda deste som as bases que permitirám dar passos no futuro.
Sem teoria revolucionária nom há consciência, nem destacamento comunista, nem partido de novo tipo, nem tampouco movimento revolucionário. Isto implica que sentar as bases teóricas do proletariado consciente é a primeira necessidade histórica da que tem que ocupar-se a vanguarda proletária de cada época. Este é um trabalho que só podem realizar as comunistas mediante um trabalho coletivo que só pode ser realizado consciente e planificadamente.
Para o revisionismo o trabalho prático som as diferentes luitas setoriais imediatas, ainda que em realidade estas luitas sindicais, de bairro, ecológicas, etc, nom som específicas dos comunistas. Imos pôr um exemplo para entender isto. Na Galiza da atualidade numha determinada empresa produzem-se umhas justas revindicaçons salariais por parte das operárias e operários, dando-se polo tanto um certo grau de enfrentamento -o qual é justo e necessário-. Mas se o vemos em profundidade descobrimos que o que sucede é que entre as revindicaçons, mobilizaçons, etc, realmente nom há nengumha atividade que só podam realizar as comunistas.
Para o revisionismo o trabalho prático das revindicaçons imediatas -que naturalmente só servem para realizar pequenas melhoras temporais-, é um trabalho coletivo. Mentres que o trabalho “teórico” é um trabalho individual, que nom precisa de um método de trabalho coletivo, que ademais sempre está ligado às revindicaçons imediatas das massas sem consciência, polo que só pode ser ao fim e ao cabo um instrumento tático, manejado por especialistas na propaganda.
Tese sobre o parlamentarismo
O parlamentarismo é um método de dominaçom política que emprega a burguesia nos períodos históricos nos que esta nom recorre ao terror contra as grandes massas.
O parlamentarismo concretiza-se em instrumentos criados para ocultar e perpetuar “pacificamente” a exploraçom. Ademais serve para aperfeiçoar todas as instituiçons dos estados burgueses (parlamentos, concelhos, conselhos, etc), que nom som mais que mecanismos do estado com os que pode aperfeiçoar o seu próprio funcionamento interno. Ademais serve para legitimar a repressom violenta tanto sobre a vanguarda proletária como sobre as grandes massas dum povo. Por último, como demonstra as experiências históricas resulta impossível utilizar as instituiçons dum estado burguês para o destruir.
Só em circunstâncias históricas mui concretas pode ser de utilidade a participaçom temporal do proletariado nas eleiçons para umhas instituiçons dum estado burguês.
Em primeiro lugar temos que lembrar que historicamente as ilusons no parlamenterismo, nas liberdades do estado burguês, levárom à desorganizaçom e a facilitar grandes massacres. Entre elas a dos comunistas iraquianos (uns 5.000), a dos indonésios (mais de 2 milhons), a dos militantes de UP em Colômbia (5.000), etc.
A história de muitos povos europeus demonstra que 70 anos de participaçom eleitoral servírom para debilitar a linha política justa e para criar confusom. As instituiçons dos estados burgueses tenhem demonstrado de sobra a sua eficácia para assimilar a pessoas com boas intençons, que saírom de entre o povo para ir a umhas instituiçons dum estado burguês para defender a esse povo, mas que na prática só serviu para que acabassem apuntalando-as.
A participaçom eleitoral deve ser estudada em cada caso concreto com flexibilidade tática e supeditada a umha estratégia geral. Mas há umha cousa que temos que ter clara, que é o feito de que sem ter consolidado suficientemente um movimento revolucionário, com capacidade de elaborar a linha política justa, e sem ter desenvolto umhas mínimas ligaçons coas grandes massas, nem sequer se dám as condiçons para discutir a possível -ou melhor dito a hipotética- participaçom.

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