Com informações de Resistência Camponesa
Mais
de 400 camponeses de diversas áreas de conflito agrário que estavam no
INCRA desde o dia 10 de maio realizaram uma manifestação que teve início
na Praça Aluísio Ferreira e seguiu pelas avenidas 7 de Setembro,
Marechal Rondon e Carlos Gomes, em Porto Velho, capital de Rondônia.
Estiveram
presentes representantes das áreas Canaã, Renato Nathan 2, Monte Verde,
Raio de Sol, Lamarca, Paulo Freire 4, Bacuri, 10 de Maio, Enilson
Ribeiro I e II, Monte das Oliveiras, Terra Nossa I e II, Monte Cristo,
Jhone Santos e Rancho Alegre I e II. Diversas denúncias foram feitas. O
ex-padre José Iborra, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), denunciou o
Ouvidor Agrário Regional, Erasmo Tenório, acusando-o de dar declaração
para proteger e inocentar latifundiários.
Diversos camponeses organizados pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP) gritavam: Ênedy fascista, assassino e terrorista,
acusando o alto comando da PM e o governador Confúcio Moura de apoiarem
e incentivarem diversos grupos de extermínio e pistolagem em Rondônia. O
tom das falas foi o de denunciar as diversas perseguições contra
inúmeros acampamentos da LCP e de outros movimentos.
A
LCP afirma que a maioria das áreas é de terra pública, fruto de
grilagem de terras, conforme constam nos dados dos imóveis. A
mobilização conseguiu suspender temporariamente reintegrações de posses
em diversas áreas. O dirigente camponês Belchior, da área Bacuri,
anunciou que foi vitoriosa a jornada, pois avançou os processos
administrativos de desapropriação ou aquisição de áreas para os
acampados. Determinaram-se, também, vistorias de áreas a mais de 5 anos
sem qualquer acompanhamento. O INCRA e a Casa Civil também se
comprometeram a garantir com o IDARON o cadastramento de camponeses de 6
áreas para a liberação de GTAs.
Os
manifestantes, na rua, denunciaram ainda as "reformas" trabalhista e
previdenciária da gerência Temer e a falência da política agrária dos
diversos "governos" de turno. Eles também convocaram os trabalhadores da
cidade a se somarem na luta pela democratização da terra. Após
encerrarem o protesto, as delegações retornaram ao interior.
No hay comentarios:
Publicar un comentario