ACAMPAMENTO DO MST É ATACADO NO NORTE DE MINAS
Repercutimos
séria denuncia sobre um ataque de um bando de pistoleiros a um
acampamento ligado ao MST em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas, no
dia 18 de julho.
Segundo a
denúncia, 6 pessoas em 3 motos invadiram o acampamento das famílias
camponesas e atearam fogo nas casas dos acampados. As famílias
conseguiram se esconder, mas tiveram todos os seus pertences destruídos
pelo incêndio.
O MST denunciou
ainda que "a conivência do Estado permitiu que a prática de pistolagem
se tornasse comum e propagasse um triste histórico de violência na
região".
Repudiamos este
covarde ataque contra estas famílias camponesas e fazemos um chamamento
às entidades e personalidades democráticas e progressistas para
denunciar e repudiar este mesmo ataque!
Abaixo, segue matéria sobre o ataque na íntegra:
"Vamos matar todo mundo": Acampamento do MST é atacado no Norte de Minas
No último dia
22 de julho, a página do jornal Resistência Camponesa repercutiu a
denúncia de que o acampamento Bela Vista, organizado pelo MST e
localizado em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas Gerais, foi atacado
na noite de 18 de julho.
Seis pessoas em
três motos invadiram o acampamento, ameaçaram as famílias camponesas
gritando “vamos matar todo mundo” e atearam fogo nos barracos. As
famílias conseguiram se esconder no mato, mas tiveram todos os seus
pertences destruídos. Segundo os acampados, uma moto com duas pessoas
não conhecidas rodaram a área no período da manhã do mesmo dia.
Segundo a
página do MST, "O acampamento possui 30 famílias, que estão na área
desde fevereiro de 2017. A área era da fazenda Santa Bárbara, uma terra
pública, registrada no nome do Estado de Minas e que estava sendo
explorada irregularmente pela Gerdau. Trata-se de uma grilagem
denunciada pelos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra da região. A
empresa entrou com pedido de reintegração de posse, mas o Estado
manifestou-se na justiça, reconhecendo a área pública, por isso as
famílias continuam na posse da área".
O MST denunciou
ainda que "a conivência do Estado permitiu que a prática de pistolagem
se tornasse comum e propagasse um triste histórico de violência na
região". E apontou que "em 2009 houve em uma tentativa de massacre das
famílias acampadas nas terras devolutas da fazenda Capão Muniz. A mando
de Mario Nascimento Neto, 40 pistoleiros espancaram e torturam as
pessoas. Felizmente ninguém foi assassinado na ocasião, mas até hoje o
processo corre na justiça e a impunidade permanece".
Os camponeses
exigem que os órgãos de proteção garantam a defesa das famílias que
sofreram este grave ataque e que os criminosos sejam investigados e
detidos, antes que a ameaça se torne um atentado à vida das pessoas que
se organizam e lutam somente para que a lei seja cumprida.
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