miércoles, 24 de julio de 2019

BRASIL: Acampamento do MST é atacado por pistoleiros no Norte de Minas.

ACAMPAMENTO DO MST É ATACADO NO NORTE DE MINAS

Repercutimos séria denuncia sobre um ataque de um bando de pistoleiros a um acampamento ligado ao MST em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas, no dia 18 de julho. 

Segundo a denúncia, 6 pessoas em 3 motos invadiram o acampamento das famílias camponesas e atearam fogo nas casas dos acampados. As famílias conseguiram se esconder, mas tiveram todos os seus pertences destruídos pelo incêndio. 

O MST denunciou ainda que "a conivência do Estado permitiu que a prática de pistolagem se tornasse comum e propagasse um triste histórico de violência na região".

Repudiamos este covarde ataque contra estas famílias camponesas e fazemos um chamamento às entidades e personalidades democráticas e progressistas para denunciar e repudiar este mesmo ataque!




Abaixo, segue matéria sobre o ataque na íntegra: 

"Vamos matar todo mundo": Acampamento do MST é atacado no Norte de Minas

No último dia 22 de julho, a página do jornal Resistência Camponesa repercutiu a denúncia de que o acampamento Bela Vista, organizado pelo MST e localizado em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas Gerais, foi atacado na noite de 18 de julho.

Seis pessoas em três motos invadiram o acampamento, ameaçaram as famílias camponesas gritando “vamos matar todo mundo” e atearam fogo nos barracos. As famílias conseguiram se esconder no mato, mas tiveram todos os seus pertences destruídos. Segundo os acampados, uma moto com duas pessoas não conhecidas rodaram a área no período da manhã do mesmo dia.

Segundo a página do MST, "O acampamento possui 30 famílias, que estão na área desde fevereiro de 2017. A área era da fazenda Santa Bárbara, uma terra pública, registrada no nome do Estado de Minas e que estava sendo explorada irregularmente pela Gerdau. Trata-se de uma grilagem denunciada pelos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra da região. A empresa entrou com pedido de reintegração de posse, mas o Estado manifestou-se na justiça, reconhecendo a área pública, por isso as famílias continuam na posse da área".

O MST denunciou ainda que "a conivência do Estado permitiu que a prática de pistolagem se tornasse comum e propagasse um triste histórico de violência na região". E apontou que "em 2009 houve em uma tentativa de massacre das famílias acampadas nas terras devolutas da fazenda Capão Muniz. A mando de Mario Nascimento Neto, 40 pistoleiros espancaram e torturam as pessoas. Felizmente ninguém foi assassinado na ocasião, mas até hoje o processo corre na justiça e a impunidade permanece".

Os camponeses exigem que os órgãos de proteção garantam a defesa das famílias que sofreram este grave ataque e que os criminosos sejam investigados e detidos, antes que a ameaça se torne um atentado à vida das pessoas que se organizam e lutam somente para que a lei seja cumprida.

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