Em diversos países organizações democráticas e revolucionárias realizaram a campanha pela liberdade de Théo El Ghozzi
No dia 4 de dezembro, os
Jovens Revolucionários da França anunciaram a libertação de Théo El
Ghozzi, militante revolucionário preso em 22 de julho em virtude de sua
militância política.
Théo El Ghozzi foi preso
em seu local de trabalho, no dia 22 de julho, em Nantes. Ele foi
acusado de pichar a casa de um ex-ministro localizada em Orvault e de
participar de protestos contra a retirada de direitos trabalhistas, em
2016. A acusação, porém, não foi provada, e o militante fora posto sob
custódia.
Théo, já no primeiro dia
de seu cárcere (22/07), iniciou uma greve de fome para ser reconhecido
como preso político, assim como para exigir liberdade a todos os presos
políticos, em particular ao prisioneiro da luta palestina, o comunista
Georges Ibrahim Abdallah. Ele também exigia ser transferido para a
prisão de Riom.
Um militante comunista estadunidense falou, na época de sua prisão, ao portal revolucionário Incendiary News:
“Em todos os meus anos de luta, encontrei poucos camaradas que
encarnaram a luta como o companheiro Théo. Do amanhecer ao anoitecer,
dormindo apenas algumas horas por noite, ele comeu, respirou e viveu
seus compromissos revolucionários. Théo é um bolchevique em seu núcleo,
no sentido mais real da palavra; é uma inspiração para todos os
companheiros na luta. Seu modo de vida simples, suas expressões
contundentes e diretas da avançada teoria comunista espalham a revolução
em qualquer lugar que ele vá, não tenho dúvidas de que ele está
decidido a levar adiante sua luta até o fim”.
O ativista já havia sido
condenado pelo Estado imperialista francês diversas outras vezes, tendo
sido preso e submetido a restrições legais. Até hoje ele é proibido de
entrar em sua cidade natal.
“Ele agora reside na
‘pequena prisão’, mas não se engane, nós, trabalhadores, conhecemos
apenas a ‘grande prisão’. Sem revolução não vamos começar a experimentar
a liberdade verdadeira e duradoura”, disse o comunista norte-americano,
citando o livro de um dos presos políticos brasileiros de 2014, Igor
Mendes, A pequena prisão.
“É nosso dever
internacionalista educar nossa classe aqui no USA sobre o companheiro
Théo, o movimento ‘coletes amarelos’ e as lutas do proletariado
francês”, disse ele.
Foram realizadas ações
de solidariedade internacional pela sua libertação no Quebeque, na
Irlanda, no USA, na Bélgica e no Brasil, pelo Centro Brasileiro de
Solidariedade aos Povos (Cebraspo).
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