viernes, 19 de junio de 2020

GALIZA: Comunicado do Comité de Construcción do Partido Comunista maoísta da Galiza



O Comitê de Construção do Partido Comunista maoísta da Galiza quer manifestar o seguinte:

Ao proletariado de Galiza e do mundo, às organizações e partidos maoístas do mundo.

Co aparecimento da pandemia do Covid-19 e as medidas de confinamento e controlo tomadas pelo Estado Espanhol constatamos uma realidade já conhecida, a debilidade do movimento revolucionário na Galiza. Não é momento de laiar-se, mas de estudar as nossas limitações, aprender dos nossos erros e prepararmo-nos para o desenvolvimento da linha revolucionária em todos os aspetos. Só assim poderemos dar uma resposta revolucionária desde a Galiza.

Somos conscientes de que esta nova crise econômica mundial produzirá uma exacerbação da luta de classes, que incitará à rebelião das massas e poderá, se os maoístas aplicamos a linha justa, dar início a novas guerras populares em vários lugares do mundo. Neste contexto o CCPC(m) de Galiza decidiu assinar os dois manifestos do primeiro de Maio das organizações e partidos maoístas do mundo. Nós participamos do manifesto promovido por maoistroad e fazemos parte do comitê organizador da Conferência Internacional Unificada M-L-M constituído na Itália em Janeiro deste ano. Mas decidimos assinar o outro manifesto dado que cremos que é um manifesto correto e porque neste momento histórico devemos ter em conta a necessidade de possibilitar, de todas as maneiras que podamos, a mais ampla e profunda discussão sobre os princípios que devem guiar ao comunismo.

O início da construção duma organização internacional demanda duma preparação em todos os seus aspetos com consultas o mais amplas dentro do possível de todos os partidos e organizações sobre a base do m-l-m e uma clara demarcação co revisionismo de Prachanda-Bhattarai e Avakian. Hoje as contradições que podem existir (e existem) som contradições no seio do povo, e como tal há que tratá-las, baixo o método de “unidade-luta-unidade”, numa Conferência Internacional Unificada Maoísta. Não permitamos divisões sem antes dar a batalha ideológica e política. A essa ruptura nunca lhe teríamos medo. Mas para chegar a esse ponto o desejável seria ter dado o trabalho de clarificação e deslinde de posições o mais profundo possível.

As proletárias que estamos organizadas nas organizações e partidos maoístas temos que ser especialmente conscientes da importância de desenvolver a crítica e autocrítica coletiva como método. É necessário apresentar os pontos fundamentais da linha política de cada quem, especialmente o que nos poda separar, e ter a oportunidade (e a obriga) de a poder defender. Há uma idéia que temos que assumir: devemos transformar as nossas debilidades internas em fortalezas mediante a crítica coletiva, mediante a luta de duas linhas.

Consideramos que neste momento histórico devemos contribuir em criar o entorno adequado para poder realizar estes debates em profundidade, e poder clarificar qual som as diferenças, os diferentes posicionamentos de cada organização e partido. Trata-se de criar o melhor entorno possível para a luta de duas linhas. Insistimos, a unidade é positiva sempre que se sustentar nuns princípios firmes. Só poderemos chegar a uma unidade de princípios mediante uma luta ideológica que esclareça as posições e que poda servir para o avanço (principalmente no ideológico e político) do conjunto das organizações e partidos que se declaram maoístas.
Por isso, desde a nossa humilde organização, fazemos um apelo para realizar um esforço para podermos chegar à base que sirva na consecução destes objetivos. Mas não só fazemos um apelo às organizações e partidos assinantes dos manifestos pelo primeiro de Maio, também apelamos às outras organizações e partidos maoístas que por diversas questões não assinárom nenhum dos manifestos, em especial aos gloriosos partidos que, em Guerra Popular, demonstram ao mundo que nestes momentos de pandemia existe um Novo Poder dirigido por estes partidos. Chamamos aos camaradas do PC da Índia (maoísta), ao PCP, ao TKP/ml e ao PC das Filipinas a que assumam o seu importante papel para a Revolução Proletária Mundial e se impliquem decididamente nesta luta pela clarificação, a luta ideológica e a unidade dos maoístas do mundo. Sabemos que existem contradições e problemas ideológicos, mas a maneira de enfrentar esta situação é mediante a superação destes, côa luta de duas linhas, côas experiências revolucionárias por bandeira (experiência tanto na constituição ou reconstituição dos partidos como nos casos onde já estão (re)constituídos e já se encontram desenvolvendo guerra popular).

É a hora de pôr a política ao mando e lutar pela clarificação, luta ideológica e unidade de todas as organizações e partidos maoístas do mundo, para levar a cabo a tarefa principal de destruir o imperialismo e construir um novo mundo vermelho do proletariado.

Viva o Marxismo-Leninismo-Maoísmo!

Galiza, Junho 2020

Comitê de Construção do Partido Comunista maoísta da Galiza

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