miércoles, 16 de diciembre de 2020

BRASIL: Ato homenageia dirigente camponês Cleomar Rodrigues assassinado a mando de latifundiários

 COMPANHEIRO CLEOMAR! PRESENTE NA LUTA!

Ato homenageia dirigente camponês Cleomar Rodrigues de Almeida, assassinado a mando de latifundiários em Pedras de Maria da Cruz

No dia 06 de dezembro, foi realizado exitoso ato em homenagem ao companheiro Cleomar Rodrigues, dirigente da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), assassinado no dia 22 de outubro de 2014, há 6 anos, na entrada da área camponesa Unidos com Deus Venceremos em Pedras de Maria da Cruz, Norte de Minas. 

O ato realizou a troca solene dos “Marcos de Memória”, colocados na época do assassinato, por marcos permanentes de Aroeira (madeira maciça) produzido pelos próprios companheiros que talharam “Cleomar vive” e placa de metal com mensagem de Honra à memória do companheiro Cleomar e as consignas da luta pela terra.

Mesa de abertura do Ato de Homenagem. Foto: Banco de dados AND
Banner com foto do dirigente camponês Cleomar Rodrigues. Foto: Banco de dados AND

No início do ato foi realizado uma Assembleia onde a LCP e demais organizações de luta, como o Movimento Feminino Popular (MFP), a Escola Popular, a Liga Operária e o Sindicato Marreta, o Comitê Sanitário de Defesa Popular, o Comitê de Apoio à luta pela terra, a Associação de Camponeses da Vila Unidos com Deus Venceremos e demais companheiros e familiares do companheiro se pronunciaram emocionados, após a leitura de sua biografia. Alguns companheiros viajaram mais de  180 quilômetros para alcançar a atividade. 

Durante as intervenções foi destacado sua posição classista e internacionalista e o quanto o companheiro iria vibrar hoje com os altos índices de abstenções, nulos e brancos nas últimas eleições e toda essa desmoralização do sistema político e como têm crescido a propaganda da Revolução Democrática, agrária e anti-imperialista.

Bandeiras da Palestina, dos Mapuches e da LCP. Foto: Banco de dados AND
Marco memorial na entrada homenageia Cleomar Rodrigues. Foto: Banco de dados AND

Como não poderia deixar de ser, foi debatido também os efeitos da pandemia na vida do povo, o genocídio cometido pelo governo de generais e o fascista Bolsonaro que chamou essa grave e desconhecida doença de ‘gripezinha”. Também foi debatido que diante do sofrimento e abandono aos quais o povo está submetido, que nós devemos exigir a vacina imediatamente para a população pobre.

O companheiro da Liga Operária saudou a memória do companheiro Cleomar e apresentou os dados do boicote eleitoral. Falou sobre a situação do povo, da violência da polícia contra o povo preto e do assassinato no Carrefour. Uma companheira da Escola Popular remarcou que tudo isso é parte da ofensiva contrarrevolucionária preventiva ao inevitável levantamento das massas, falou que esta ofensiva reacionária pretende dar solução aos graves problemas gerados por uma crise econômica, política e moral do velho Estado brasileiro, mas que não podem resolver, dado o grau de decomposição do capitalismo burocrático no Brasil. A companheira do MFP saudou calorosamente as companheiras pela presença e lembrou o quanto o companheiro Cleomar apoiava a participação das companheiras, além disso afirmou com vibrante convicção de que se os latifundiários pensavam que ao assassiná-lo covardemente iriam afogar em sangue a nossa luta, se enganaram pois o sangue do companheiro Cleomar e de todos os heróis do povo, não afoga, mas rega a revolução. A plenária foi encerrada com a canção que fala que o risco que corre o pau corre o machado, chamada "O Risco" e também a canção "Conquistar a terra" seguidas das palavras de ordem Companheiro Cleomar! ao que todos respondiam "Presente na luta" quase junto com os foguetes que foram soltos nos momentos mais importantes da homenagem, elevando o ânimo de todos.

Plenária do Ato em Homenagem. Foto: Banco de dados AND
Camponeses posam ao lado do Marco Memorial na Vila Unidos com Deus Venceremos. Foto: Banco de dados AND

Todos os companheiros falaram do orgulho de continuar a luta do companheiro com a tomada de toda fazenda, o corte popular e a distribuição das terras aos camponeses, sonho do companheiro. Um dirigente da LCP reafirmou a consigna de tomar todas as terras do latifúndio, saudou efusivamente a LCP de Rondônia pela tomada das últimas terras de Santa Elina e pela resistência no Acampamento Tiago dos Santos. Reafirmou seu compromisso de levar adiante a Revolução Agrária, no que todos o seguiram repetindo o Juramento solene das Ligas de Camponeses Pobres.

Marco feito pelos próprios camponeses talhado em aroeira (madeira). Foto: Banco de dados AND

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