Figura : Mulheres e crianças do acampamento Tiago dos Santos - RO, resistem ao cerco policial – Outubro – 2020
Neste 8 de Março, uma vez mais, nós mulheres do MFP – Movimento Feminino Popular saudamos efusivamente a nossa gloriosa classe proletária e especialmente as mulheres do povo de todo mundo, afirmando peremptoriamente que este é o dia internacional das mulheres do povo e não de todas as mulheres como todo o feminismo burguês/pequeno-burguês alardeia acompanhado das agências do imperialismo, os monopólios de imprensa e os governos reacionários em todo o mundo.
Saudamos orgulhosas de nossa condição feminina a todas as mulheres do nosso heroico povo, as operárias, as camponesas, as trabalhadoras do comércio, do transporte e demais serviços, as trabalhadoras funcionárias públicas, as trabalhadoras domésticas e donas de casa, as estudantes, as profissionais liberais, intelectuais e artistas progressistas, saudamos as jovens, as adultas e as anciãs, saudamos todas as crianças de nosso país, afirmando a esperança de um Novo Mundo com a certeza da luta classista e revolucionária.
Reverenciamos a memória das combatentes, que na história da luta de classes no Brasil dedicaram suas vidas à revolução. Sobretudo aquelas que encarnaram de forma mais profunda a ideologia do proletariado e lutaram pela destruição do velho Estado burocrático-latifundiário e pela Nova Democracia e pelo Socialismo no Brasil e o Comunismo em todo o mundo. Saudamos a fundadora do Movimento Feminino Popular nossa querida companheira Sandra Lima, que nos deixou em 27 de julho de 2016, seu incansável exemplo de luta e sua convicção de que “O Brasil precisa de uma REVOLUÇÃO!”.
Por fim, saudamos as mulheres proletárias e as massas populares que combatem de armas nas mãos na guerra popular dirigida por partidos comunistas maoístas no Peru, Índia, Turquia, Filipinas e nas guerras de libertação na Palestina, Iraque, Afeganistão, Síria e outros países dominados pelo imperialismo.
Convocamos as mulheres a elevarem sua mobilização, politização e organização com a compreensão de que a superação de toda a opressão feminina só pode ser realizada por meio da revolução proletária, que em nosso país passa necessariamente pela revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo.
Despertar a fúria revolucionária da mulher!
Vacina para o povo, já!
Figura : Crianças em atividade do Comitê Sanitário de Defesa Popular da Vila Bandeira Vermelha em Betim-MG.
A crise generalizada e sem precedentes em que vivemos é sinal dos tempos. É a agudização da decomposição do capitalismo burocrático como parte da crise geral do imperialismo que foi agravada exponencialmente pela pandemia e revela todo o desprezo da canalha política a serviço de seus amos burgueses e latifundiários, serviçais do imperialismo, principalmente ianque. O exemplo da falta de oxigênio em Manaus, em que o governo de Bolsonaro e generais deixaram os pacientes morrerem à míngua, e revela o quanto escarnecem do sofrimento do povo brasileiro e desprezam sua vida.
Alguns podem considerar que a negligência em proteger o povo da pandemia e em socorrer os infectados graves seja uma simples incompetência, mas, longe disso, trata-se do mais escancarado crime de negar atendimento e de genocídio dos mais de 260 mil mortos. Após um ano de verdadeiro escárnio contra o povo com a difundindo de falsas terapias para a Covid-19, com a falta de leitos nos hospitais superlotados, falta de testes em massa, cortes no orçamento para a saúde e a pachorra na obtenção e aplicação das vacinas, fica cada vez mais claro que o verdadeiro responsável pelo colapso sanitário causado por verdadeiras sabotagens, é o velho Estado genocida através do reacionário governo de turno, hoje comandado de fato pelos generais do Alto Comando das Forças Armadas por trás do capitão falastrão Bolsonaro, num processo de golpe contrarrevolucionário preventivo ao inevitável levantamento das massas.
O ministério da saúde, comandado pelo carniceiro general Eduardo Pazuello, já autorizou empresários a comercializarem a vacina, tirando toda a responsabilidade do Estado em imunizar a população, dando aos endinheirados a garantia não só da vacinação como antes das faixas prioritárias, legalizando a ação dos fura filas. Exemplo vergonhoso de subjugação nacional é a posição do governo brasileiro que em novembro do ano passado se posicionou na OMC – Organização Mundial do Comércio pela continuidade das patentes, favorecendo o grande capital estrangeiro e indústria monopolista farmacêutica, impedindo que o povo brasileiro possa ter a sua autonomia na produção da vacina. Enquanto isso esses governantes, incluindo as forças armadas, roubam descaradamente até o dinheiro de álcool gel, testes, respiradores, oxigênio, seringas e hospitais de campanha. Bandidos!
Para causar confusão na consciência do povo e esconder a fraqueza deste seu “governo”, Bolsonaro e seus seguidores reacionários e obscurantistas declararam guerra contra as vacinas promovendo desinformação e confusão. São ignorantes e criminosos. O método científico desenvolvido pela humanidade, de utilizar o próprio veneno para combater o veneno, já é praticado há mais de duzentos anos, desde os idos de 1790, então para combater a varíola. Se não fosse pelas vacinas, um país explorado secularmente como o nosso, sem condições decentes de moradia e saneamento básico, jamais alcançaria uma expectativa de vida acima dos 70 anos. E em todo este tempo de agruras e sofrimento, o Brasil desenvolveu instrumentos dos mais avançados do mundo para vacinação em massa. Tudo isso vem sendo jogado no lixo pela sabotagem deste presidente falastrão e de seus generais. E enquanto mais de 50 países já começaram a vacinar sua população, o Brasil, 2.º país do mundo em número de mortes, ainda não consegue seriamente avançar a vacinação e dar um alento sequer ao seu povo.
Queremos a vacina hoje, agora, já! E para todo o povo, não essa vergonhosa projeção que não atende nem a ínfima minoria da população. A imunização deve ser imediatamente generalizada, nesse ritmo de tartaruga em que está sendo feita a vacinação demoraremos pelo menos 5 anos para conseguir enfrentar o vírus. Quantas mortes e sofrimento a mais será necessário para que a vacinação em nosso país chegue a toda a população? Estamos adoecendo sem o direito a testes (enquanto milhões apodrecem em armazéns do governo), sem condições sanitárias, mofando em filas desse sistema de saúde em colapso, com os profissionais de saúde explorados ao máximo, exaustos física e emocionalmente, e cuja mortandade desdes bate recorde mundial. A carestia de vida e o desemprego nos aterroriza dia após dia, sem emprego, sem auxílio emergencial, sem dinheiro para pagar as absurdas contas de luz, água, gás e aluguel. É difícil dormir quando olhamos para nossos filhos e não sabemos se teremos as mínimas condições de sobrevivência no dia seguinte. Nossas crianças e jovens estão adoecendo em casa sem escola, sem o direito de estudar e aprender. Temos que chegar em casa e ainda tentar suprir a falta da escola, nos matamos para ensinar alguma coisa para nossos filhos depois de um dia inteiro de trabalho duro.
Queremos a vacinação imediata dos professores e demais servidores do ensino público para que possamos ter escola, trabalho e dignidade para sustentar nossas famílias! Exigimos o auxílio emergencial de 1000 reais até o fim da recessão. Somos trabalhadoras e trabalhadores, somos quem construímos toda a riqueza desse país, riqueza saqueada dia e noite pelos parasitas que nos exploram. A crise, recessão e falta de emprego não é responsabilidade nossa, o Estado tem obrigação de pagar o auxílio emergencial digno e não essa migalha de 250 reais que não dá nem para fazer uma feira para o mês. Conclamamos o povo a exigir a vacina imediatamente, nos organizemos nos bairros, no trabalho, na escola, etc., para impulsionar o protesto popular e a justa rebelião das massas. Nossa revolta organizada é a única garantia que temos de que conquistaremos tudo o que nos é de direito.
Auxílio emergencial de 1000 reais até o fim da recessão!
Vacina para o povo já!
Rebelar-se é justo!
Impulsionar os Núcleos do MFP com os Comitês Sanitários de Defesa Popular
O Movimento Feminino Popular junto com outras organizações classistas tem impulsionado em todo o país a criação e desenvolvimento nos bairros, vilas, acampamentos camponeses, escolas e universidades os Comitês Sanitários de Defesa Popular. São organização do povo para se defender coletivamente e conscientemente da pandemia, suprir suas necessidades básicas e conquistar direitos. Esses Comitês têm atuado mobilizando as massas em atividades políticas de organização em defesa da saúde pública, da vacinação e da testagem em massa, atividades de solidariedade com os milhões que vem caindo na miséria com o agravamento da crise econômica, reforço e atividades culturais com as crianças que estão sem escola, confecção de máscaras, produção álcool em gel, sabão etc.
O MFP entende que só com a organização popular podemos nos defender nessa pandemia, visto que os serviços públicos estão completamente sucateados, o auxílio é uma migalha e o governo tem sabotado a vacinação. Acreditamos na capacidade e força da organização popular. A partir dos Comitês Sanitários de Defesa Popular podemos instruir cientificamente crianças, adultos e idosos, para elevar a consciência sobre as formas de proteção ao vírus, de garantir as condições sanitárias para as atividades coletivas. Não podemos esperar por parte das ditas autoridades a iniciativa para defender o povo de todas as consequências da crise, essas já demonstraram mil vezes que não estão nem aí para as trabalhadoras e os trabalhadores. Nosso trabalho é contribuir para a elevar a consciência do povo sobre seus direitos, desmascarando toda propaganda enganosa desses governantes e donos do poder, contra os ataques do velho Estado aos direitos do povo e, parte por parte, elevar a organização popular, única garantia da conquista de nossos direitos. Cada passo, cada ação é demonstração poderosa que o Novo só virá da organização popular combativa das massas de mulheres e homens trabalhadores de nosso país.
Viva o Movimento Feminino Popular!
Viva os Comitês Sanitários de Defesa Popular!
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