sábado, 30 de noviembre de 2013

BRASIL: Terceiro dia de greve na construção em BH

greve


Nota a imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Construção de BH e Região – MARRETA


Belo Horizonte, 29 de novembro de 2013.
As paralisações iniciadas no dia 27, prosseguem em várias obras na capital.
Os trabalhadores paralisaram uma série de obras na região centro-sul, oeste, norte e leste. Protestos de operários bloquearam o trânsito nas Avenidas Cristiano Machado (bairro Floramar) e Abraão Caram (próximo a UFMG).
Na manhã de hoje, a greve segue nas obras á paralisadas ontem e se estende a outras.
Os operários da construção de Belo Horizonte e Região, organizados pelo STIC-BH – MARRETA encontram-se em plena campanha salarial 2013/2014, cuja data-base é no mês de novembro.
Hoje, 29/11, vários canteiros de obras amanheceram com piquetes e concentrações de trabalhadores que reivindicam melhores salários e melhores condições de trabalho, alimentação no canteiro de obras (almoço e café da tarde), etc..
Há paralisações em obras empreendidas pelas construtoras Direcional, OAS, M Roscoe, Via Engenharia e outras. Há uma grande concentração de trabalhadores diante de uma obra empreendida pela M Roscoe na Rua Rio de Janeiro (próximo a esquina com Av. do Contorno) que os grevistas afirmam ser propriedade de um diretor do sindicato patronal (Sinduscon).
Também há concentração de trabalhadores em uma obra da Cemig empreendida pela Via Engenharia no bairro de Lourdes (Avenida Barbacena). Os trabalhadores denunciam que encarregados da obra tentaram pressionar os grevistas a retomarem o trabalho e chegaram a tentar agredir um diretor do Sindicato. O piquete foi mantido e a obra continua paralisada.
Na UFMG há grande movimentação e os trabalhadores se preparam para partir em passeata, como ontem, em direção a Avenida Abrahão Caram.
Sinduscon não comparece a reuniões de negociação
No último dia 24 de novembro, os trabalhadores da construção de Belo Horizonte e Região decidiram, em assembleia, pelo Estado de Greve e o comunicaram ao Sinduscon.
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção de BH e Região  – STIC-MARRETA entregou, no final de setembro, a pauta de reivindicações da categoria aprovada em assembleia ao sindicato patronal e, até o momento, ocorreram duas reuniões que deveriam ser para tratar da pauta de reivindicações, mas apenas o advogado do Sinduscon compareceu sem sequer fazer referência à pauta apresentada pelos trabalhadores. Os diretores do Sinduscon não compareceram em nenhuma dessas reuniões ou se pronunciaram sobre as reivindicações dos trabalhadores.
A proposta apresentada pelo advogado do Sinduscon foi de 7,5% de reajuste, o que, segundo os cálculos feitos pela diretoria do MARRETA, equivalem a R$ 1,85 por dia (tomando como base o salário de um servente). Essa proposta aviltante foi unanimemente rejeitada pela categoria na assembleia do dia 24.
As principais reivindicações da categoria são:
Melhores salários
Oficial: R$2.300,00
Oficial de acabamento: R$2.700,00
Meio oficial: R$2.000,00
Servente: R$1.500,00
Vigia: R$1.700,00
Mestre de obra: R$4.200,00
Encarregado: R$3.000,00
Almoxarife e apontador: R$2.700,00
Operador de betoneira: R$2.300,00
Operadores de guinchos/elevadores: R$2.700,00
-   Almoço e café da tarde em todos os canteiros de obras. Chega de levar marmita de casa ou ficar comprando almoço caro em porta de obra. De acordo com a CLT o trabalhador tem o direito de se alimentar de 4 em 4 horas. Alimentação é um direito e as empresas têm que fornecer refeições de qualidade.
-  Fim da terceirização nos canteiros de obras.
-  Melhoria das condições de trabalho, com adoção de medidas coletivas e individuais de segurança.
-  Alojamentos decentes.
Fonte: http://www.ligaoperaria.org.br/1/?p=6438

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