Mais de 40 milhões rechaçam farsa eleitoral! Maior boicote da história do país!
A
farsa eleitoral realizada em seu primeiro turno fracassou. O retumbante
rechaço às eleições reacionárias alcançou aproximadamente 40,250
milhões pessoas que não compareceram às urnas ou votaram branco e nulo, o
equivalente a 29,1% dos aptos a votar, apesar da maçante campanha a
favor do processo eleitoral movida por todos os lados.
Os números são significativos, pois nas eleições de 2014, na ocasião caracterizado por AND como
“o maior boicote à farsa eleitoral da história, até então”, o número de
boicote atingiu 38 milhões de pessoas. Aproximadamente 2 milhões de
pessoas a mais recusaram-se a dar aval ao próximo governo reacionário.
O boicote eleitoral expressou-se também nas eleições estaduais, para governadores.
Na
eleição para governador do estado do Rio de Janeiro, aproximadamente
4,7 milhões de pessoas boicotaram o processo de farsa eleitoral,
equivalendo a 42% do eleitorado. O candidato dito primeiro colocado,
Wilson Witzel/PSC, não conseguiu superar o rechaço popular, ficando
apenas com 41% dos votos válidos (votos válidos excluem abstenções,
nulos e brancos). Se fôssemos calcular sua porcentagem levando em conta o
número de boicote, os votos de Witzel representaria apenas
aproximadamente 25% do total do eleitorado.
No
estado de Minas Gerais, a eleição para governador também foi um rotundo
fracasso: o boicote eleitoral foi aderido por aproximadamente 6 milhões
de pessoas (votos nulos, brancos, abstenções ou votos anulados),
equivalente a 42,8% do eleitorado (aptos a votar). O candidato dito
primeiro colocado, Romeu Zema (Partido “Novo”), acumulou votos de apenas
26,2% (aproximadamente 4 milhões) do eleitorado total (ou, mesmo na
porcentagem dos chamados “votos válidos” – na qual exclui-se aqueles que
boicotaram – sua porcentagem não é capaz de superar o rechaço popular,
pois não passa de 42,7%).
Em
Rondônia, o primeiro colocado para o governo estadual, Expedito
Júnior/PSDB, não alcança sequer 20,5% do total do eleitorado apto a
votar, enquanto que o boicote à farsa eleitoral atinge 38% do
eleitorado, equivalente a 409,4 mil pessoas num total de 1,1 milhão de
eleitores.
POVO BOICOTA ATIVAMENTE A FARSA ELEITORAL
Ademais
dos números que expressam claramente a falência da falsa democracia
(ditadura de grandes burgueses e latifundiários a serviço do
imperialismo), parte do povo brasileiro boicotou ativamente a farsa
eleitoral e inclusive realizou ações.
No
Mato Grosso, indígenas de uma aldeia em Brasnorte, a 600 quilômetros da
capital Cuiabá, expulsaram soldados do Exército reacionário brasileiro a
flechadas. O objetivo dos índios era impedir que adentrassem as urnas
eletrônicas ao local, como parte do rechaço à falsa democracia. A
Fundação Nacional do Índio (Funai) foi acionada para tentar entrar na
aldeia com os soldados.
Em
São José dos Pinhais, no Paraná, na madrugada do dia 4 de outubro,
aparentemente duas pessoas atacaram o Fórum Eleitoral da cidade com
bombas incendiárias (coquetel molotov).
Os homens usaram capuzes para não serem identificados pela repressão.
No Fórum estava centenas de urnas eletrônicas a serem utilizadas na
realização da farsa eleitoral, no dia 7. O fogo atingiu a fachada do
prédio.
Trabalhador destrói urna eletrônica com marreta em SC. Foto: Edson Padoin
Na
cidade Morro da Fumaça, no sul de Santa Catarina, um trabalhador de 25
anos destruiu uma urna eletrônica com uma marretada, durante o pleito.
Ele entrou em uma sala e realizou a ação. Ele foi capturado pela Polícia
Militar e não pôde falar a razão da ação, mas deduz-se ser parte da
indignação popular com a falsa democracia.
Em
Campinas, interior de São Paulo, duas urnas eletrônicas foram sabotadas
na madrugada do dia 7, antes do início das votações. Pessoas adentraram
furtivamente na escola Joaquim Pedroso Sargento, no DIC I, arrumbaram
uma sala e cortaram os cabos das urnas. A repressão não identificou os
populares.
O
histórico boicote eleitoral empreendido no primeiro turno do pleito
implica um duro golpe na falsa democracia e escancara que as massas
populares clamam por uma nova sociedade e um novo sistema a surgir da
luta popular e por outros meios, além de impulsionar a crise no seio das
classes dominantes.
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