domingo, 8 de enero de 2023

GALIZA: O IMPERIALISMO PREPARA UMHA NOVA GUERRA MUNDIAL (Galiza Vermelha)

 

Introduçom.

A transcendência histórica da atual política militarista de praticamente todos os estados supera a compreensom dum revisionismo “radical”, que se deixa levar pola propaganda burguesa de estados como a Rússia ou, do Iram. O revisionismo “radical” reproduze o que os jornalistas e intelectuais ao serviço destes régimes contam nos seus meios de comunicaçom. Mas o Marxismo historicamente tem podido descobrir as tendências gerais e inclusive tem prognosticado grandes acontecimentos da história da humanidade como som, a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Já no Século XIX Engels prognosticou que o desenvolvimento dos estados da sua época levaria a umha guerra na que se matariam pessoas dumha maneira industrial e que o domínio mundial das relaçons capitalistas levaria a, umha guerra de escala mundial como nunca antes se tinha visto. Igualmente depois de 1925 o PCUS e desde 1926 na III Internacional, aparecem documentos nos que se trata a situaçom do mundo nesse momento concreto e fica exposta a tese de que os estados burgueses levarám ao mundo a umha nova guerra mundial. A umha nova, autêntica, e ainda pior, carnificina humana.

O imperialismo e o militarismo.

Quando falamos de “imperialismo” nom podemos pensar que é um sinónimo de “um império”. O imperialismo é umha etapa no desenvolvimento do capitalismo.

O imperialismo é umha etapa histórica dentro do período do modo de produçom capitalista, ainda que ao falar de “modo de produçom capitalista” temos que saber que nom é simplesmente um fator económico senom que “o capitalismo” ou, “o sistema capitalista”, implica cousas como a existência dum estado burguês, umha ideologia burguesa, umha academia burguesa, umha moral burguesa, umha relaçom de aliança das burguesias duns países com outros, umhas alianças da burguesia com o clero, etc., etc. Para sintetizar, quando falamos do período histórico do modo de produçom capitalista estamos falando tanto da existência dumha sociedade capitalista determinada como, duns interesses mundiais da burguesia. Uns interesses que nascem quando os grandes capitais conseguem umha verdadeira divisom mundial do trabalho é dizer, no imperialismo. Entendido isto podemos compreender que o Império Romano era um autêntico império mas isto nom transforma essa época num período histórico do “imperialismo”. Antes do imperialismo existir já tinham existido muitos grandes impérios.

A lenta decadência do poder dos Estados Unidos nom cria um “mundo multipolar”, nem nada parecido. O que si sucede é que aparecem novas “oportunidades” para outras potências imperialistas.

Igual que durante o Império Romano o grande poder da Roma criou a “Pax Romana” onde as guerras só se davam na periferia do império, mentres que quando chegou a sua decadência criou instabilidades e guerras ao longo de todo o seu território. A decadência dos Estados Unidos nom produz um mundo mais justo senom que o que produz é umha tendência às guerras. Contra o que nos diz a lógica formal ou, a ideologia burguesa, o Taoismo, o Confucionismo, o Budismo, etc; vemos como dumha maneira “contra-intuitiva” o equilíbrio entre potências imperialistas leva à guerra imperialista. Da mesma maneira o equilíbrio entre as classes sociais dum determinado país leva espontaneamente à guerra civil entre as classes, sendo justamente para evitar esta guerra civil a principal raçom da existência dos estados.

Os estados burgueses empregam o militarismo, é dizer a preparaçom dos exércitos a um nível industrial, a preparaçom da indústria e da populaçom para a guerra a grande escala contra outros estados tamém militarizados.

O militarismo tem umha dimensom económica (gastos militares, indústria militar, comércio de armas, etc.), umha dimensom mais ideológica (propaganda nacionalista e belicista, censura, etc.), umha dimensom mais política e populacional (serviço militar) e, umha dimensom mais estritamente jurídica (como as novas leis que permitem a expropriaçom de propriedades, de meios de produçom de industriais privados, de meios de transporte, tamém a censura, etc.), naturalmente tudo isto em caso de se decretar a lei marcial e apelando a um suposto “bem comum”, o interesse nacional e a defesa da pátria que, naturalmente, nom é mais que os interesses das burguesias dum bloco imperialista.

Gasto militar.

Desde um ponto de vista quantitativo, vemos como se nos anos 90 houvo umha tendência a diminuir o gasto militar dos estados, esta tendência reverteu a partir do ano 2001. Nos anos 1999 e 2000 temos os níveis mais baixos no gasto militar mundial que nom se voltárom a dar nunca mais.

O último informe do SIPRI (Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo) que finaliza no 2021, constata um aumento mundial dos gastos militares por sétimo ano consecutivo. Neste ano (2021), o gasto militar mundial passou por primeira vez dos 2 bilhons de Dólares (2,11 bilhons $). Neste mesmo informe calculam que se somamos o gasto militar de: Estados Unidos, China, Índia, Reino Unido e Rússia; eles sós representam o 62% do gasto militar mundial.

Fora do aspeto quantitativo tamém temos que ver em que tipo de armamento estám gastando os seus fondos os estados, sem esquecer em que tipo de pesquisas tecnológicas andam.

Se fai uns anos o armamento com maior demanda eram os usados para o que os militares definiam como, “guerras assimétricas” e os organismos políticos definiam como “guerra ao terrorismo”. Um tipo de guerra na que atua um exército regular contra umha força guerrilheira ou, um estado mui debilitado, sem umha força aérea, etc. Agora o inimigo som outras potências imperialistas, como som Rússia e China no caso do Régime Espanhol e demais membros da OTAN. É isto o que fai mudar a indústria e a pesquisa militar. De desenvolver blindados ligeiros para o transporte de infantaria a, pesquisar e adquirir novos mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), submarinos, caças de “domínio aéreo”, sistemas terrestres e marinhos de defesa anti-aérea, mísseis hipersónicos, sistemas de “guerra eletrónica”, avions de alerta e controle (AWACS) e toda umha longa série de equipamentos sofisticados, caros e que nom proporcionam umha relaçom custe-benefício adequada para fazer a guerra contra umha guerrilha.

Enquanto aos gastos em investigaçom em armamento nos Estados Unidos, o instituto SIPRI afirma que entre 2012 e 2021 este gasto aumentou num 24%.

A propaganda nacionalista espanhola e o tratamento que dam os meios de comunicaçom à Rússia e à China som parte do mesmo processo de preparaçom da guerra imperialista mundial.

Os diversos intentos de reimplantar o “Serviço Militar” (uns com êxito e outros sem ele) em diferentes estados da Europa, tamém respondem a esta mesma preparaçom da guerra mundial. Porque se para combater contra umha guerrilha longe do centro imperialista o mais eficaz é um “exército profissional” (um exército de mercenários). Resulta que para combater numha guerra mundial (devido ao grande número de baixas que se produzem) é imprescindível contar com umha quantidade de pessoas imensa, polo que é necessário um exército de conscritos mediante o reclutamento forçoso da populaçom.

Igualmente a nova legislaçom como a Lei de Seguridade Nacional do atual governo do Régime Espanhol permite a mobilizaçom forçada de qualquer civil maior de 18 anos, para realizar obrigatoriamente as “prestaçons pessoais que exijam as autoridades ….”. Permitindo a transformaçom de qualquer pessoa em soldado contra sua vontade. Esta mesma lei permite a expropriaçom de empresas privadas e demais propriedades. Fazendo possível a militarizaçom da economia inclusive quando isto está em contra da vontade dos proprietários dum determinado capital individual.

Umha guerra mundial exige a militarizaçom da economia como é sabido por qualquer oficial militar burguês.

A guerra imperialista e o proletariado.

O proletariado diante da guerra imperialista tem que lembrar que rebelar-se é justo.

Umha nova guerra imperialista mundial será umha carnificina humana maior do que foi a última fai pouco mais de 75 anos. A guerra nuclear moderna pode pôr em perigo a sobrevivência da própria espécie humana. Como nos mostrou Mao a única maneira de parar a guerra imperialista é a revoluçom. Quando começar a guerra imperialista nom deixará de ser históricamente necessário que o proletariado ponha em prática o seu programa revolucionário para conquistar o poder político e abolir as classes sociais. Mentres existam sociedades humanas divididas em classes sociais seguirá a contradiçom, a luita e a guerra; entre as classes sociais.

A próxima guerra mundial dá-se numhas condiçons mui parecidas as que se deu a Primeira Guerra Mundial. Igual que nesta guerra nom há nengum bando bom, o proletariado deve declarar a “guerra à guerra imperialista”, devemos denunciar o militarismo, devemos tentar transformar “a guerra imperialista em guerra civil revolucionária”, devemos apoiar a confraternizaçom entre os soldados dos diferentes estados e nunca apoiar um bando imperialista, devemos destapar o caráter de classe de qualquer estado. Para sintetizar, num conflito como o da primeira guerra mundial, a linha política justa passa por ter como prioridade a defesa da independência política do proletariado. Neste momento igual que em 1914 a postura das diferentes organizaçons operárias topa com um momento histórico transcendental. Igual que em 1914 os factos separarám a linha política revolucionária do populismo oportunista.

Há organizaçons que se chamam de Marxistas mas que nom denunciam a clara preparaçom dos estados para umha guerra mundial. Sendo isto um facto que está mais claro cada dia. Todas estas organizaçons supostamente “comunistas” acabam apoiando a um bloco imperialista, acabam fazendo um trabalho que cria confusom nas fileiras da classe obreira, acabam pedindo o voto para o menos malo e apodrecendo na ideologia burguesa.

Neste momento está em marcha umha declaraçom internacional contra a preparaçom da guerra imperialista mundial lançada desde organizaçons Marxistas-Leninista-Maoístas de diferentes países. O Movimento Comunista Galego subscreveu esta declaraçom internacional desde o primeiro momento. Porque a oposiçom às guerras injustas e o apoio às guerras populares e de libertaçom nacional é, umha obriga para qualquer pessoa comunista. Ignorar o aumento da importância da contradiçom inter-imperialista entre as diferentes potências, essa constante tendência histórica cara a guerra, como se este nom fosse um fenómeno social de primeira categoria deixa-nos sem defesa frente, as mentiras difundidas polos meios de comunicaçom dos diferentes blocos imperialistas. Ademais ignorar esta realidade objetiva é simplesmente renunciar à independência política do proletariado.

Contra a guerra imperialista é justo rebelar-se!

Transformar a guerra imperialista em guerra civil revolucionária!

Ou a revoluçom para a guerra ou, a guerra imperialista trará a revoluçom!

Galiza Vermelha

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