Proletários de todos os países,
uni-vos!
Declaração Conjunta por motivo do 1º de
Maio
Neste 1º de Maio, cheios de otimismo revolucionário, saudamos ao
proletariado internacional, última classe da história, que tem a tarefa
histórica de emancipar-se de seus opressores ao mesmo tempo que liberta o
conjunto das classes oprimidas e exploradas; saudamos ao proletariado
revolucionário, vanguarda que mediante seu partido tem a irrenunciável tarefa
de conquistar o poder político em cada país e conduzir a humanidade para o
amanhecer vermelho do resplandecente e dourado comunismo.
Saudamos também às massas revolucionárias de cada país, aos milhares
de combatentes dos destacamentos deste exército guerrilheiro internacional;
saudamos aos militantes, quadros e dirigentes comunistas que dia a dia brigam,
combatem e resistem pondo-se à cabeça das massas avançadas.
Honramos também, a memória dos caídos, daqueles que conscientes da
necessidade de regar com sangue as ideias, não temeram sacrificar-se para que
elas floresçam entre o povo; honramos os comunistas que pagaram com suas vidas
a quota de sangue para tornar fértil a terra na qual a seara vermelha dará
inevitável colheita revolucionária.
1. Situação internacional
1.1. O conluio interimperialista é circunstancial e relativo, a
pugna é absoluta
Se agudizam as contradições interimperialistas
O imperialismo ianque, que segue sendo superpotência hegemônica
única, como tal estende seus tentáculos a todo o planeta, de forma cada vez
mais militarizada, sem respeitar a própria institucionalidade jurídica
internacional que ele mesmo estabeleceu, semeando guerras, aplicando genocídio,
tudo para assegurar sua decomposta e decadente condição dominante. Neste afã, o
imperialismo estadunidense quer engolir a Rússia, que, debilitada e sem poder
recompor-se trata de resistir e conservar suas posições no que considera seu
próprio quintal.
EEUU necessita incrementar e consolidar seu domínio político e
militar sobre o planeta para sustentar sua desfalecente economia. Isto não é
óbice para que as demais potências imperialistas sonhem em substituí-lo e
converter-se nos próximos gendarmes da ordem mundial. Alemanha, França, Japão
ou Inglaterra sonham em constituir-se em superpotências e ser qualquer deles o
próximo Estado imperialista hegemônico em nível mundial.
Por sua vez a Rússia, apesar de sua queda econômica com o desmonte
da URSS social-imperialista, tem mantido sua condição de superpotência atômica
e com Putin à cabeça vem fazendo vãos intentos por recuperar a posição que em
algum momento alcançou com Kruschov e sucessores na URSS usurpada e convertida
em social-imperialista, tal como nos delirantes sonhos da Rússia czarista.
A Rússia não se recuperou, Putin à cabeça dos monopolistas russos
tenta conservar as zonas de influência que ainda lhes restam, para isso tem
tentado levantar a imagem de um país com um destino garantido na zona, questão
que não é nova. Lenin em sua luta contra a monarquia czarista acusava o “chauvinismo
grão-russo e pan-eslavista”, denunciando também que a Rússia se havia
transformado numa prisão de nações. O caso da Ucrânia é um trágico exemplo da
disputa interimperialista, EEUU tem ganhado terreno numa zona reclamada
tradicionalmente pela Rússia. Em última instância é uma agressão contra o
proletariado, as massas e a nação ucranianas por parte dos imperialistas e seus
lacaios no país.
A propósito da intervenção russa na Ucrânia, novamente se escuta o
cacarejo de que a Rússia quer de volta a URSS, porém é necessário fazer uma
profunda distinção. O que caiu na URSS em 1991 não foi o socialismo, e sim o
social-imperialismo, caiu um governo de caráter social-fascista e foi
substituído por outro da mesma laia. O social-imperialismo soviético tirou a
máscara e por fim deixou ver seu rosto de imperialismo decomposto que havia
sido comandado pelo apodrecido revisionismo restaurador do capitalismo. Esta
URSS não tem nada a ver com a URSS de Lenin e Stalin, a que derrotou o
nazifascismo e construiu o autêntico socialismo até 1956.
O social-imperialismo chinês vem desenvolvendo seu aparato militar e
sonha em fortalecer-se desafiando o Japão e o próprio imperialismo ianque, ou
em meio de conluio com eles participar da partilha dos países oprimidos. Que a
pugna é absoluta o demonstra como também a China se conluie com a Rússia para
atuar na Síria, Irã ou Venezuela. Entre os distintos imperialismos há conluio e
pugna, mas principalmente pugna. Entretanto nem a Rússia nem a China têm a capacidade
militar estadunidense.
As contradições do imperialismo ianque com a França e a Inglaterra
ou a contenção que pratica sobre a China indicam o que já advertira Lenin, como
característica do imperialismo em seus primeiros tempos. Traço que hoje encontramos
várias vezes mais agudizado; a esse respeito, em 1916, ele destaca: “É
indubitável, por conseguinte, o fato de que a passagem do capitalismo à fase de
capitalismo monopolista, ao capital financeiro, se acha relacionado com
a exacerbação da luta pela partilha do mundo.”
Lenin expôs com exatidão científica a tendência do desenvolvimento
do imperialismo e a base material da contradição interimperialista e da
contradição principal entre imperialismo e nações oprimidas. Escrevia Lenin o
seguinte: “Quanto mais adiantado se acha o desenvolvimento do capitalismo,
quanto com maior agudeza se sente a insuficiência de matérias primas, quanto
mais dura é a concorrência e a caça das fontes de matérias primas em todo o
mundo, tanto mais encarniçada é a luta pela aquisição de colônias.”
Barak Obama é prova viva de que o imperialismo só semeia distúrbios
e colherá fracassos, até sua ruína total. O oportunismo e o revisionismo
tentaram semear a ilusão de um presidente norte-americano de novo tipo, que
traria a paz ao mundo ademais de uma nova era de prosperidade. Não deveria
haver a menor dúvida que Obama é somente mais do mesmo, tal como os Bush ou
qualquer outro, são filhos da mesma latrina; todos eles seguem cumprindo as
mesmas tarefas: reimpulsionar uma economia imperialista que se debate em sua
crise última e final; levar adiante a contrarrevolução, golpeando o movimento
operário e popular de todos os países e principalmente acabar com as lutas
armadas de libertação nacional e as guerras populares.
Hoje, quando uma terceira guerra mundial imperialista se observa
cada vez mais iminente, resultam proféticas as palavras de Lenin ditas há 100
anos a respeito das tarefas imperialistas: “A luta pelos mercados e pelo
saqueio de países alheios, o afã de reprimir o movimento revolucionário do
proletariado e da democracia na ordem interna, e o afã de enganar, dividir e
aniquilar os proletários de todos os países, lançando os escravos assalariados
de uma nação contra os escravos assalariados de outra, em benefício da burguesia:
esse é o único conteúdo real e significação da guerra.”
1.2. O sistema imperialista em sua última crise
Já no Manifesto Comunista se explicou a natureza das crises
capitalistas; hoje quando o sistema capitalista se transformou no sistema
imperialista, contra os “sérios” prognósticos das burguesias monopolistas, este
sistema segue produzindo crises cada vez mais profundas.
Neste sentido o imperialismo ianque, principalmente, há 6 anos
desenvolve uma crise econômica de forma ininterrupta. Em incontáveis ocasiões
os néscios pregoeiros do imperialismo decretaram o fim da crise e o começo da
recuperação. No entanto o que vemos é o aprofundamento desta crise, de tal
forma que já não resta outra coisa que a guerra interimperialista ou o brutal
saqueio das semicolônias.
Uma importante tese do Presidente Mao Tsetung sustenta que o
imperialismo é um tigre de papel, parece poderoso, mas na verdade poderoso é o
povo. Além do mais, sustentou que o imperialismo seria varrido da face da terra
nos próximos cinquenta a cem anos, isto em meio a guerras de agressão e guerras
revolucionárias.
Este ano completam-se 100 anos desde o início da primeira guerra
imperialista. São 100 anos da primeira grande guerra imperialista mundial,
guerra que está caracterizada pelo término da partilha do mundo, guerra pelo
saqueio dos mercados e fontes de matérias primas, guerra pela exploração a
custas do trabalho gratuito nas colônias e semicolônias, guerra pela manutenção
do atrasado sistema feudal e semifeudal e do capitalismo burocrático nestes
países. Não se pode esquecer, entretanto, que também o grande Lenin constatou
que com a guerra amadurecem as condições para a revolução.
2. As guerras de agressão: manifestação das contradições entre
imperialismo e nações oprimidas
Temos um mundo dividido entre superpotências imperialistas,
potências e países oprimidos. Há opressão imperialista em qualquer dos países
coloniais e semicoloniais, isto é, hoje, nas nações oprimidas.
Na América Latina, Ásia ou África, o imperialismo desenvolve guerras
de agressão. A África é um triste exemplo desta situação. Tanto a França como a
Inglaterra ou a Alemanha, tem aumentado sua intervenção. Inclusive na África
Central se planeja uma intervenção conjunta. A China vem ampliando seu raio
comercial e não pretende ficar para trás nesta nova partilha.
As guerras de agressão e os genocídios não pararam nas semicolônias;
o imperialismo cada vez mais militarizado mostra mais a falsidade de sua
promessa de “paz e prosperidade para o mundo”. Não pode porque seria ir contra
sua própria natureza bestial. O saqueio e a repartição das colônias e
semicolônias tensionam a situação internacional. Os distintos países
imperialistas, para eludir as crises, pressionam e pugnam entre si por uma nova
partilha do mundo.
A opressão imperialista nos países coloniais e semicoloniais tem se
tornado mais aguda. As invasões baseadas nas próprias leis imperialistas expõem
a ONU à mais absoluta bancarrota, enquanto a ação militar direta, cinicamente
conceituada como “defesa ativa”, adquire mais o peso.
As exigências do FMI, do BM, OMC são cada vez maiores para com os
povos e nações oprimidas. Estas exigências constituem o programa monopolista
para salvar tanto o capitalismo burocrático nos respectivos países semicoloniais,
assim como também e, principalmente, salvar a desfalecente economia
imperialista. Inclusive esta crise deve exigir das próprias massas dos países
imperialistas mais e mais medidas de austeridade. Onde ficou o milagre grego,
que foi feito do deslanche espanhol, que ocorreu com a promissora Irlanda ou o
prometedor Portugal?
Nós comunistas estamos prevenidos do modus operandi do
imperialismo ianque, porém dos outros imperialismos também. Conluiem entre si
temporariamente para fazer a guerra contra um terceiro, porém o permanente é a
pugna, a disputa interimperialista e esta também se manifesta nas disputas que
se desenvolvem nas nações imperialistas, sem esquecer que o principal nelas é a
contradição entre imperialismo e nações oprimidas. Exemplo disso foram a guerra
da Geórgia contra Ossétia do Norte, a guerra da Chechênia, a guerra do
Afeganistão nos anos 80 e de agora, a guerra Iraque-Irã, a guerra da Bósnia e
de Kosovo; exemplo também é a situação na África e suas “guerras civis”
incitadas por um ou outro imperialismo e executadas por um ou outro senhor da
guerra.
3. A rebelião se justifica!
Hoje estamos presenciando como as guerras de agressão se voltam
contra os próprios agressores. Em todas as partes o imperialismo semeia
distúrbios e colhe fracassos. Isto, porque ainda quando sua promessa de
estabilidade e felicidade busca iludir setores do povo, cedo ou tarde estes
terminam por se darem conta do engodo, do engano. O imperialismo é especialista
em mentir, enganar, iludir, falsear com o objetivo de manter sua posição
hegemônica e assegurar os lucros monopolistas. Não conhece limites no
cumprimento de suas ambições e não poupa gastos para empreender todo tipo de
ações ao longo e ao largo do planeta, causando dor e pesar nos povos e nações
oprimidas do mundo. Entretanto, sobre o imperialismo, já em 1948, o Presidente
Mao Tsetung advertia: “Este inimigo tem uma base frágil, desintegra-se
internamente, está separado do povo e submergido em inextrincáveis crises
econômicas; portanto, pode ser derrotado. Seria um erro muito grave
superestimar a força do inimigo e subestimar a da revolução.”
Assim a opressão imperialista, suas guerras de agressão e seu afã
hegemonista vão provocando resistência e combate. Em poucas palavras,
reafirmamo-nos em que a opressão engendra rebelião. Esta situação agudiza a
luta de classes e vai colocando na ordem do dia o problema da violência
revolucionária como necessária, justa, legítima e inadiável resposta. Junto a
esta última, é de cardinal importância a direção desta rebelião, a necessidade
de resolver os problemas que uma guerra justa demanda, e estes problemas fazem
a diferença substancial entre a vitória da revolução ou sua derrota temporária.
Resolver estes problemas é impossível sem um centro revolucionário
que dirija esta guerra revolucionária de massas; sem um partido comunista, um
partido marxista-leninista-maoísta militarizado que dirija esta guerra como
guerra popular, sem tudo isto, o povo nada terá e qualquer vitória será
impossível. Sem um partido comunista, sem um exército revolucionário, sem uma
frente única revolucionária, sem estes três instrumentos fundamentais o
proletariado e o povo nada terão. Sem empreender a luta armada, sem estabelecer
bases de apoio revolucionárias, o proletariado e o povo nada terão. Nada.
O imperialismo historicamente tem utilizado as massas e os
sentimentos nacionais destas para manobrar em suas pugnas interimperialistas ou
então para remover governos que não lhes sejam afins e servis. Destas guerras a
classe e o povo não têm obtido nada de bom. Os movimentos de libertação
nacional conduzidos pela burguesia ou pela pequena-burguesia não têm
perspectiva, entre outras razões pelo caráter vacilante destas classes. Ao
contrário, os movimentos de libertação nacional toda vez que foram dirigidos
pelo proletariado e seu partido alcançaram importantes vitórias que se
projetaram no tempo, em particular, como força motriz da revolução proletária
mundial.
Só a revolução democrática nacional dirigida pelo proletariado e seu
partido resolverá os problemas fundamentais de cada país que conforma as nações
oprimidas; só mediante a guerra popular se destruirão os velhos Estados e as
relações imperialistas e semifeudais que amparam e se alcançará a vitória desta
revolução; só com violência revolucionária será destruído o capitalismo
burocrático nas nações oprimidas; só com violência revolucionária encarnada em
guerra popular se estabelecerá novo poder em marcha para formar novas
repúblicas populares de nova democracia; só com violência revolucionária, com
guerra popular se poderá passar de forma ininterrupta ao socialismo e daí
mediante revoluções culturais proletárias ao comunismo. Indubitavelmente o
avanço da guerra popular nos distintos países será desigual e segundo as suas
respectivas particularidades. Nos países imperialistas e capitalistas a
revolução será socialista; o centro da guerra popular mundial são as nações
oprimidas da Ásia, África e América Latina: os países oprimidos que é base da
revolução mundial.
Os protestos têm-se multiplicado por todos os continentes. Nas
potências imperialistas os protestos têm se intensificado nestes últimos anos.
A luta contra as medidas de ajuste econômico exigidas, por exemplo na Europa
pelos governos, a União Europeia e o próprio Banco Central Europeu, têm provocado
massivos protestos contra as medidas unilaterais de “austeridade”. Frente ao
crescente protesto os reacionários têm desatado a repressão, medidas políticas
de corte fascista e leis antipopulares. É a luta entre revolução e
contrarrevolução.
As guerras de resistência se multiplicam, entretanto onde não
existem partidos comunistas, estas guerras são utilizadas por uma ou outra
potência imperialista em sua pugna pela partilha e por reordenar o mapa
mundial. Estas guerras expressam a crescente disposição das massas para
utilizar a violência revolucionária e a compreensão de que só por esta via é
possível libertarem-se. É nossa tarefa pugnar por conduzir as massas para o
início da guerra popular. Ao avaliar a situação nos reafirmamos em que a
revolução é tendência principal histórica e política.
4. Nossa perspectiva: iniciar e desenvolver guerras populares
Como nos ensina o Presidente Gonzalo desfraldamos e nos reafirmamos
na onipotência da guerra popular. As guerras populares são medulares na situação
internacional, no Peru, Turquia, Filipinas e Índia elas constituem nossos
bastiões, nossas linhas de frentes revolucionárias, principalmente Peru, pois
gerou o mais avançado, isto é, o maoísmo como nova, terceira e superior etapa
do marxismo-leninismo. Estes processos têm durado longos anos, passando cada um
por banhos de sangue desatados pela reação, suas direções, não poucas vezes,
foram objeto do aniquilamento seletivo pelo inimigo. Entretanto, as voltas e
reviravoltas, os retrocessos, os desvios e os golpes assestados pela
contrarrevolução aberta são incomparavelmente insignificantes comparadas às
capitulações, traições e mudanças de linha, como se passou no Peru com a LOD
capitulacionista e vivido no Nepal pela mão do prachandismo.
Porém estes reveses fazem parte do avanço geral que se vem
experimentando, avanço inscrito dentro dos próximos 50 a 100 anos em que o
imperialismo será varrido da face da terra, dentro da ofensiva estratégica da
revolução proletária mundial. Por mais fortes que sejam as ofensivas
contrarrevolucionárias desatadas pela reação e o imperialismo (principalmente o
ianque), por mais traições que o revisionismo (burguesia infiltrada nas filas
proletárias) alcance ou tente, a revolução é a tendência principal histórica e
política.
Encontramo-nos numa nova grande onda da revolução proletária
mundial. As revoluções em cada país vêm enfrentando todo tipo de dificuldades,
os partidos comunistas que impulsionam as revoluções, as organizações que
brigam por constituí-los ou reconstituí-los, todos formam os destacamentos do
exército vermelho internacional.
Estamos na ofensiva estratégica da revolução proletária mundial. As
perspectivas não podem ser mais brilhantes. O futuro é luminoso para os pobres
e oprimidos do mundo. Desde 1871, passando por todo o Século XX, até o
transcurso do presente, se tem gerado uma gloriosa história do movimento
comunista e revolucionário mundial. Os mais importantes avanços vistos desde a
Comuna de Paris, acontecimento histórico e político transcendental, no qual
deu-se início a defensiva estratégica da trajetória mencionada, nos apontam a
importância da violência revolucionária, mas nos advertem também sobre um
perigoso inimigo.
5. O oportunismo, o reformismo e o revisionismo:
Obstinados aliados do imperialismo, inimigos de morte do povo
A Revolução de Outubro, dirigida pelos bolcheviques depois de longos
anos de infinito sacrifício, luta e preparação, é fruto da violência
revolucionária; indubitavelmente que sem uma justa e correta direção podem
produzir-se derrotas como ocorreu na Alemanha em 1918, na Hungria em 1919, mais
tarde nas insurreições de Cantão em 1926, no levantamento em El Salvador em
1933, no levantamento de Ranquil no Chile em 1934, no levantamento de 1935 no
Brasil, ou na luta armada em Telengana-Índia em 1947. Todas estas experiências
nos reafirmam a violência revolucionária. Porém também nos ensinam a
decrepitude das eleições e o uso do parlamento como tática empregada pelos
partidos comunistas.
Neste sentido, não podemos ser indulgentes com os erros, pois eles
também expressam problemas de linha, em especial aqueles que representam o
perigo do revisionismo e das linhas oportunistas de direita, capitulacionistas,
tal como foi testemunha Grécia, Espanha, Itália, França, Iugoslávia, Indonésia,
Tailândia, Birmânia imediatamente depois da II Guerra Mundial. Isto, para
mencionar algumas das lutas armadas ou levantamentos e insurreições armadas
dirigidas por comunistas ao longo dos últimos 150 anos. É tarefa dos comunistas
extrair profundas lições dos fracassos e erros; uma destas lições é o
revisionismo (em especial no interior do próprio partido) como perigo principal
e que, portanto devemos combater inseparavelmente do combate ao imperialismo e
a toda reação.
Já o denunciava Lenin, que o revisionismo é um perigo frente ao qual
não se deve dar trégua em nenhum instante. Depois de sucessivas batalhas
ideológicas o marxismo-leninismo-maoísmo se forjou em meio da luta contra as
distintas correntes revisionistas e oportunistas no seio do movimento operário
e comunista internacional. Exemplo notável disso ocorreu em 1963, com a Carta
de 25 pontos, na qual o CC do Partido Comunista da China com o Presidente Mao
Tsetung à cabeça denunciava Kruschov e a direção do PCUS pelo abandono dos princípios
marxista-leninistas (como se subscrevia à época) e advertia sobre o perigo do
revisionismo e a necessidade de combatê-lo implacavelmente. Já antes em 1960 a
Declaração de Moscou advertia que o revisionismo é o perigo principal no MCI.
Nossa ferramenta para combater o oportunismo e o revisionismo é a
luta de duas linhas tanto nos próprios partidos e organizações comunistas como
também no seio do movimento comunista internacional. Ainda mais quando na
atualidade revisionistas têm adotado por etiqueta o maoísmo, porém seguem
praticando o revisionismo. Sem dúvida tudo isto também se expressa nas próprias
fileiras revolucionárias como desvios de “esquerda” e de direita, das quais
devemos nos cuidar. Para isso devemos aprender a manejar corretamente a luta de
duas linhas, a crítica e autocrítica e a forja ideológica; ademais devemos
desenvolver permanentemente a formação teórica e a educação política.
Nos períodos como os atuais, adquirem notável vigência as palavras
de Lenin escritas em 1916: “A única linha marxista no movimento operário
mundial consiste em explicar às massas que a cisão com o oportunismo é
inevitável e imprescindível, em educá-las para a revolução numa luta
desapiedada contra ele, em aproveitar a experiência da guerra para desmascarar
todas as infâmias da política operária liberal-nacionalista, e não para
encobri-las.”
6. O MCI e a necessidade de reconstituir a Internacional Comunista
A revolução proletária mundial necessita de sua vanguarda
proletária, para conquistar o poder necessita de partidos distintos e opostos
aos partidos burgueses, estes são os partidos comunistas, forças-núcleos
indispensáveis para o triunfo da revolução. Também necessitamos não só
constituir ou reconstituir partidos comunistas militarizados, mas também
necessitamos reconstituir a Internacional Comunista fundada por Lenin em 1919.
Nesta perspectiva, reiteramos a importância da luta de duas linhas para manter
a unidade do movimento e dos próprios partidos em cada país, em níveis cada vez
mais altos.
Há 150 anos da fundação da Associação Internacional dos
Trabalhadores:
Desfraldar e defender a bandeira vermelha do Comunismo!
Em 1864 foi fundada a I Internacional, criada em meio a tenaz luta
contra as correntes oportunistas do período, logrou estabelecer os fundamentos
políticos e ideológicos do movimento revolucionário que finalmente terminaram
por impor-se na grande maioria dos partidos socialistas europeus daquele
tempo. Um breve, porém exemplar balanço,
encontramos na Base de Unidade Partidária do Partido Comunista do Peru:
“A Associação Internacional dos Trabalhadores ou I Internacional
foi fundada por Marx e Engels em 1864 e em dura luta e esmagamento das posições
anarquistas de Bakunin, estabelece que é uma só a doutrina do proletariado: o
marxismo. Lenin disse que o papel que cumpriu a I Internacional é o de pôr as
bases ideológicas da doutrina do proletariado. A Internacional se dividiu e se
imputou a Marx e Engels a sua cisão, eles responderam que se essa divisão não
tivesse ocorrido, a Internacional, de qualquer forma, teria morrido assassinada
pela unidade sem princípios.” (PCP, 1987)
Já antes, o Presidente Mao Tsetung constatou a capacidade de
prenunciar dos fundadores da Internacional, e assim o mostrou em 1957: “Marx
e Engels, apesar de serem somente duas pessoas, já em seu tempo declararam que
o capitalismo seria derrubado no mundo inteiro.”
Os avanços feitos no movimento operário revolucionário pela I e II
Internacional (esta última fundada em 1889) foram sintetizados, aplicados e
desenvolvidos consequentemente por Lenin, a Revolução de Outubro é viva
concretização deles. E como o oportunismo havia levado também a II
Internacional à bancarrota Lenin fundou a III Internacional, a memorável
Internacional Comunista.
Por último, não nos resta mais que concluir a presente declaração
com o sustentado por Marx e Engels em 1879:
“Ao ser fundada a Internacional, formulamos com toda clareza seu
grito de guerra: a emancipação da classe operária deve ser obra dos próprios
operários.”
VIVA O 1º DE MAIO VERMELHO E COMBATIVO!
ABAIXO O IMPERIALISMO IANQUE! YANKES, GO HOME!
ABAIXO A GUERRA IMPERIALISTA! VIVA A GUERRA POPULAR!
GUERRA POPULAR ATÉ O COMUNISMO!
1º de Maio de 2014
Partido Comunista do Brasil – Fração Vermelha
Partido Comunista do Equador – Sol Vermelho
Frente Revolucionária do Povo
(Marxista-leninista-maoísta) de Bolívia
Fração Vermelha do Partido Comunista do Chile
Associação de Nova Democracia (Peru), Alemanha
Organização
Maoísta para a Reconstituição do Partido Comunista da Colômbia
1 comentario:
Son cientos de ideas que se ponen en contexto para desarrollar la revolucion comunista en el mundo, pero no dan con la esencia del problema, osea, no logran entender la ciencia mlm. de manera dialéctica, profunda, cientifica, esa antorcha avanza y de pronto se apaga. Esas experiencias es que hay que corregir, corregir de manera radical, ahora con el todo poderoso pensamiento Gonzalo, con partidos maoistas militarizados, donde se tienen que forjar cuadros de acero, pero a la vez, forjar una masa, materializarla en movimientos de hierro, para que las masas mismas con su doctrina y partido al mando, sepan erradicar de manera radical todas las desviaciones en que se vea envuelta la Revolucion Comunista!.
Todos los materiales publicados por el PCP Pensamiento Gonzalo, son materiales científicos de aplicacion en cualquier parte del mundo, estos son luz en el camino penumbroso de la falsa izquierda, que se viste de innumerables colores llamativos y confunden a las masas, esa es una tarea que hay que materializar y así asir la verdadera unidad de guerra popular MLM principalmente maoista Pensamiento Gonzalo. Las masas tienen que ser preparadas como verdaderas fuerza aplastantes sin temor y piedad contra el horroroso imperialismo hasta el fin del Comunismo!
Viva la dictadura del proletariado mundial!!!
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