viernes, 6 de abril de 2012
Brasil: Goberno reprime trabalhadores de Jirau.
Governo reprime trabalhadores de Jirau com polícia federal
Armados de escopetas e sub-metralhadoras, agentes da PF e policiais militares cercam o prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Rondônia, desde a manhã de ontem, terça-feira, dia 27/3, para impedir a entrada no local de um grupo de trabalhadores da empresa WPG. Os trabalhadores passaram a noite em frente ao prédio, debaixo de chuva, e nesta quarta-feira, 28/3, continuam se manifestando no local, com carro de som, faixas, cartazes e distribuindo panfletos onde narram as dificuldades que estão sofrendo e a ocorrência de gravíssimos acidentes de trabalho em Jirau.
Nas faixas e cartazes os trabalhadores exigem providências e denunciam:
“Fomos abandonados na UHE Jirau em outubro de 2011, estamos sem salários!”,
“Conforme contrato 126/2010 a Energia Sustentável do Brasil é responsável por todas as verbas trabalhistas. EXIGIMOS NOSSOS DIREITOS”,
“Onde está seu lado social ESBR que abandona contratados dentro da UHE Jirau!”,
“Estamos vivendo e convivendo com desrespeito aos nossos direitos!”.
Estes trabalhadores estão sem receber os salários ou qualquer outro direito e com as carteiras em aberto desde setembro de 2011, quando foram abandonados dentro da área de supressão vegetal (desmatamento) da usina hidrelétrica de Jirau, pelo dono da WPG (terceirizada do consórcio ESBR – Energia Sustentável do Brasil), Júlio Cesar Schmitt, que sumiu sem pagar os direitos trabalhistas e deixou mais de 5 milhões de dividas no comércio local. Segundo informam os trabalhadores, esse mesmo “gato” Júlio Cesar Schmitt, montou uma nova empresa em nome do cunhado e está executando serviços no canteiro de obras da Usina de Belo Monte.
O Contrato Jirau 126/10, entre a Energia Sustentável do Brasil S.A. como contratante e a WPG Construções e Empreendimentos Ltda., como contratada de prestação de serviços de corte de vegetação nas áreas 1D e 1E, localizadas na margem direita do Rio Madeira, estipula a execução de serviços de mobilização, construção de acessos, manutenção de canteiro e corte (incluídos todos serviços de supressão da vegetação: derrubada, locação, traçamento, limpeza, classificação, empilhamento, estocagem e transporte de toda madeira dentro da área de supressão, além de outros serviços necessários); além de prever a possibilidade da WPG fazer sub-contratações. Pelo contrato e de acordo com a legislação vigente, a ESBR é responsável pela mão-de-obra terceirizada em suas dependências perante reclamações trabalhistas.
Os trabalhadores exigem solução e dizem que a maioria passa fome. Eles estão hospedados no Hotel Guajará – Rua Miguel Chakian, 1468 e recebem alimentação no no Restaurante da Branca – Rua Dom Pedro II, 2880 – próximos à Rodoviária, no centro de Porto Velho. Por força de decisão judicial o STICCERO – Sindicato dos Trabalhadores da Construção do Estado de Rondônia – custeia a hospedagem provisória e a alimentação, que segundo os trabalhadores, é bastante precária. Os operários abandonados da ESBR exigem decisão rápida da justiça, e denunciam que passam dificuldades sem o pagamento dos direitos trabalhistas e que não podem conseguir novo emprego pois quem vai admitir funcionários com suas carteiras de trabalho em aberto?
É inaceitável a politica do governo federal, Dilma Rousseff, e do governo estadual, Confúcio Moura, de tratar com repressão policial as justas reivindicações trabalhistas dos operários abandonados da WPG e dos operários grevistas da ESBR, CSAC, Suez, Camargo Corrêa, Odebrecht e Enesa.
É inaceitável o conluio do governo federal e estadual com essas empresas de grande poderio econômico que são grandes financiadoras das campanhas eleitorais desses políticos de turno.
É inaceitável também a submissão e conluio da justiça do trabalho com esses grandes grupos econômicos.
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