25th ID - Declaração por ocasião do Dia Internacional de Luta e Solidariedade aos Presos Políticos da Índia.
No dia da comemoração do Dia Internacional de Luta e Solidariedade aos Presos Políticos da Índia, a União Reconstrução Comunista do Brasil declara seu apoio combativo e incondicional solidariedade a todos os revolucionários, democratas e patriotas indianos perseguidos, presos ou agredidos pelo velho Estado feudal indiano. Em particular, aos combatentes do Partido Comunista da Índia (Maoísta), que desde 1967 dirigem uma grande guerra popular de libertação contra o domínio do imperialismo, feudalismo e capitalismo burocrático sobre seu país.
Muito embora a propaganda do imperialismo se esforce por mostrar a Índia, semicolônia sua, como "a maior democracia do mundo", com uma suposta economia forte e em desenvolvimento, as mentiras não resistem à mais superficial observação da realidade. Há anos, o Estado indiano, em conluio com os Estados Unidos, Israel e os revisionistas do "Partido Comunista da Índia - Marxista", leva a cabo a odiosa "Operação Caçada Verde" com o fim de destruir a luta de resistência do operariado e campesinato indianos dirigida pelo Partido Comunista da Índia (Maoísta) e vender o solo e os recursos naturais do país para o capital estrangeiro. A Operação Caçada Verde - encoberta por vagas lorotas como "democracia e desenvolvimento" - cometeu atos sem precedente de grilagem de terras, estupros, assassinatos de camponeses, roubo de animais e gado em nome de operações de contrainsurgência e da desnacionzalização do solo do país, colocando-o em mãos de grandes mineradoras estrangeiras e empresas de agronegócio. Estimativas feitas por grupos de luta pelos direitos humanos na Índia dão conta de dizer que milhões e milhões de camponeses foram agredidos ou violentamente expulsos de suas terras após o início da "Operação".
Longe de ser a "maior democracia do mundo", setores populares e democráticos da sociedade indiana denunciam constantemente a crescente onda de fascismo que vem tomando o país. No ano de 2008, foi emendado o "Ato de Prevenção a Atividades Fora da Lei", que tornam ainda mais repressivas as anteriores leis monstruosas como o "Ato de Prevenção a Atividades Terroristas". Entre os casos recentes de mortes e perseguições a combatentes do povo, está Ganti Prasadam, ex vice-presidente da Frente Democrática Revolucionária de Toda a Índia, assassinado por pistoleiros a serviço do governo indiano em 4 de julho do ano passado; o camarada Kishenji, membro do birô político e da Comissão Militar Central do Partido Comunista da Índia (Maoísta), brutalmente torturado antes de ser assassinado por soldados do exército indiano (evidências de tortura botam por terra a mentira lançada pelo exército indiano de que o mesmo havia sido morto em combate); o professor da Universidade de Delhi, G N Saibaba, secretário da FDR de Toda a Índia, que foi agredido, intimidado, e teve sua casa arbitrariamente revistada pela polícia indiana, que apreendeu DVDs, livros, CDs e inclusive telefones seus, de sua filha e esposa, por suspeita de "subversão". O professor Saibaba é uma grande liderança democrática do povo indiano, e há muito denuncia publicamente, em palestras, na imprensa, e demais meios de comunicação, as atrocidades cometidas pelo governo indiano na "Operação Caçada Verde", em nome de um suposto "desenvolvimento". Também a escritora Arundathi Roy, grande personalidade democrática na luta pela defesa dos povos tribais prejudicados pelas políticas anti-povo do governo indiano, tem sido perseguida, e mesmo ameaçada de morte por sustentar suas posições democráticas.
Nos últimos anos, o governo indiano muito pouco (ou nada) fez para aliviar o gigantesco abismo que separa um punhado de bilionários grandes capitalistas de um mar de uma população esmagada pela mais desumana miséria. Diante da crise econômica mundial do sistema imperialista, que separa cada vez mais um punhado de países capitalistas altamente desenvolvidos dos países do Terceiro Mundo (do qual a Índia faz parte), intensificar-se-ão as lutas de libertação nacional na Índia e em outros países dominados, situação essa da qual o governo indiano tentará sair ampliando a repressão contra as massas deste país a aprofundando a aplicação das políticas vende-pátria.
O momento atual, onde no Brasil passamos por grandes manifestações populares contra os megaeventos (que permitem às associações esportivas internacionais e empresas estrangeiras agredirem a soberania nacional, bem como interferir em assuntos internos do Brasil) e as políticas neoliberais aplicadas pelo governo de Dilma Rousseff, também cresce como nunca a repressão fascista do Estado brasileiro contra as massas trabalhadoras de nosso país. Também aumentam a cada dia o número de operários, camponeses, estudantes, pobres urbanos e demais estratos populares presos por lutarem por seus direitos, ou agredidos arbitrariamente pela Polícia Militar brasileira - que está entre as que mais matam em todo mundo - e outros braços armados do Estado brasileiro. Nesse sentido, é de fundamental importância a mútua solidariedade internacional entre os povos brasileiro e indiano num movimento democrático e pela paz, de luta pela libertação dos presos políticos e contra toda opressão e dominação.
Todo apoio à luta do povo indiano por sua libertação!
Liberdade para todos os presos políticos!
Viva o Partido Comunista da Índia (Maoista)!
UNIÃO RECONSTRUÇÃO COMUNISTA
São Paulo, 25 de janeiro de 2014
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