Uma compreensão básica do Partido
O estilo de trabalho de aplicar a crítica e a autocrítica
A crítica e a autocrítica são afiadas armas com as quais se fortalece
a construção do Partido no plano ideológico, consolida sua unidade a
aumenta sua capacidade de combate. Objetivamente, existem contradições
dentro do Partido. Existe o reflexo das contradições de classe e das
contradições entre o velho e o novo da sociedade dentro do Partido. A
crítica e autocrítica constituem o meio básico com o qual se trava
corretamente a luta interna do Partido e resolve as contradições
internas do Partido. Ao longo de todo o período histórico do socialismo,
já que ainda existem as classes, as contradições de classe e da luta de
classes, as velhas ideias, a velha cultura e os velhos costumes da
burguesia e de outras classes exploradoras influenciam aos membros de
nosso Partido e corroem seu corpo a cada dia e a cada minuto. Para
combater a infecção causada no corpo de nosso Partido pelo pó e pelos
germes políticos da burguesia, e para resistir à corrupção dos membros
do Partido pelas ideias burguesas e as ideias das outras classes
exploradores, devemos travar uma luta ideológica ativa e derrotar todas
as ideias não proletárias contrapondo-as a ideologia proletária. As
lutas internas do Partido devem ser reguladas por métodos corretos. No
caso de problemas ideológicos no seio do povo, não devemos ser abusivos
nem utilizar os punhos ou as armas. Para resolver estas disputas, só
devemos utilizar os métodos de discussão, persuasão, crítica e
autocrítica. Devemos ver que a crítica e a autocrítica são utilizadas
para desenvolver as coisas positivas, superas as deficiências, corrigir
os erros e, assim, sobre a base de uma correta linha, fortalecer a
unidade e a consolidação do Partido.
A crítica e autocrítica representam para os comunistas uma arma essencial para “desfazermo-nos do rançoso e tomar o sereno”
no plano ideológico e remodelar a concepção de mundo. Já que os membros
de nosso Partido têm diferentes origens de classe, provêm de diferentes
setores do povo e vivem em uma sociedade na que existem classes, as
ideias burguesas e a força dos velhos costumes continuamente influenciam
os membros do Partido e corroem as fileiras do Partido. Nas mentes de
muitos camaradas, ainda persistem em algum grau ideias não proletárias.
Somente agarrando a arma da crítica e da autocrítica e trabalhando duro
por “desfazermo-nos do rançoso e tomar o sereno”, podemos possivelmente
derrotar as diversas ideias não proletárias e conter a corrupção pela
ideologia burguesa e pela ideologia de todas as outras classes
exploradoras. Além disso, já que nosso conhecimento do mundo objetivo é
necessariamente limitado, é difícil evitar as deficiências e os erros em
nosso trabalho. A prática frequente da crítica e da autocrítica com o
fim de expor os erros e deficiências que surgem em nosso trabalho nos
permitirá varrer o idealismo e sintetizar nossas experiências para
continuar avançando. Isto nos permitirá fazer melhor nosso trabalho e
fazer maiores contribuições ao Partido e ao povo.
O Presidente Mao sempre deu grande importância à crítica e autocrítica. O assinalado em seu artigo Sobre a Eliminação das Ideias Errôneas no Partido: “A crítica interna do Partido é uma arma para fortalecer a organização do Partido e aumentar sua capacidade de combate”.
O movimento de retificação em Yenán, em 1942, foi um movimento completo
de educação marxista, assim como um movimento de crítica e autocrítica
em grande escala. Depois da libertação de todo o país, nosso Partido
dirigiu de novo vários movimentos de retificação. Durante a Grande
Revolução Cultural Proletária, as massas, por centenas de milhões,
utilizaram as armas de espalhar livremente os pontos de vista,
utilizaram dazibaos, grandes debates e intercâmbio extensivo de
experiência revolucionária com o fim de desmascarar o punhado de pessoas
em postos de direção no Partido que seguiam o caminho capitalista.
Dessa forma, esmagaram os dois quarteis generais burgueses dirigidos por
Liu Shao-chi e Lin Piao e denunciaram e criticaram nossos erros e
deficiências no trabalho, fortalecendo assim grandemente a unidade do
Partido. Mediante o movimento de crítica a Lin Piao, a retificação do
estilo de trabalho e mediante a crítica profunda dos crimes
contrarrevolucionários e das falácias revisionistas da camarilha
antipartido de Lin Piao, toda a militância do Partido aumentou
enormemente sua experiência na luta de duas linhas, elevando sua
consciência com respeito à prática da crítica e autocrítica e a gloriosa
tradição do Partido da crítica e autocrítica foi, portanto,
fortalecida.
Para realizar corretamente a crítica e a autocrítica, devemos
primeiro aplicar conscientemente o princípio de
“unidade-crítica-unidade”. Isto significa que devemos partir do desejo
de unidade e fazer uma clara distinção entre o verdadeiro e o falso,
mediante a crítica e a luta, e sobre esta nova base, alcançar uma nova
unidade. Quando travamos crítica e autocrítica, devemos combater duas
atitudes errôneas: a primeiro consiste em falar somente de unidade, sem
criticar nem combater os erros e deficiências. Os camaradas que adotam
esta atitude gostam de evitar contradições. Ante a luta, eles mantêm a
boca fechada, não refutam as concepções incorretas quando as ouvem e não
se opõem às ações que danificam o Partido quando as presenciam: “Em
qualquer circunstância, não tomam posição para evitar maiores
complicações”. Comportar-se desta como o “Velho Sábio” é absolutamente
errôneo. A segunda atitude é falar só de crítica e luta, sem nenhum
desejo de unir-se com os camaradas que cometeram erros. Os camaradas que
adotam essa atitude fazem julgamentos precipitados e acusações ao azar.
Este método não só é incapaz de resolver algum problema, como também
causa danos aos camaradas individualmente e à unidade do Partido. O
Presidente Mao nos ensinou que “as declarações devem basear-se nos fatos e a crítica deve centrar-se na política”.
Quando se utiliza a crítica e a autocrítica devemos buscar a verdade
nos fatos e convencer as pessoas com argumentos razoáveis; devemos
fazê-las regularmente e a tempo, não esperar que os problemas se
acumulem e se convertam em sumamente graves e depois tratar de retificar
tudo de uma vez. Seguir este método pode levar a duras perdas, enquanto
que intervir a tempo pode reduzir os danos. Devemos depurar toda a vida
da organização utilizando a arma da crítica e da autocrítica de maneira
profunda, de modo que a vida organizativa do Partido siga sendo
vigorosa. Os camaradas dirigentes em todas as organizações do Partido,
em todos os níveis, devem escutar modestamente as opiniões e críticas de
outros militantes, empreender regularmente a autocrítica e esforçar-se
por fazer o trabalho o melhor possível.
Para levar a cabo corretamente a crítica e a autocrítica, aqueles que
criticam devem aplicar o princípio: “Dizer tudo o que sabes e dizê-lo
sem guardar reservas”; se têm sugestões a fazer, devem fazê-las; se
descobrirem deficiências e erros, devem criticá-los. Ao mesmo tempo,
devem prestar cuidadosa atenção à atitude, método e resultados. Já
aqueles que são criticados, devem ter em mente a causa do Partido e
atuar segundo os princípios: “Não culpar quem fala, mas sim ter cuidado
com o que se diz” e “Corrigir os erros se os cometeu, e cuidar para não
cometê-los se não os cometeu”, escutando modestamente as crítica
formuladas pelos outros. Devemos atrever-nos a aceitar a verdade e
corrigir nossos erros. Não importante quem faça uma crítica, se é
correta devemos aceita-la. Ainda que a crítica feita por outros não
esteja de acordo com a realidade ou se uma análise ou crítica não são
feitos muito conscientemente, devemos ainda assim ouvi-los
pacientemente, tomar o que é bom dela e não culpar o crítico, nem muito
menos utilizar isto como pretexto para rechaçar a crítica. Não devemos
sorrir ante os elogios nem nos enfurecermos ante as críticas, nem muito
menos nos comportarmos como “um tigre que não permite tocar-lhe no
traseiro”. Alguns camaradas, quando cometem um erro e são criticados,
não tratam de tirar lição disso de maneira positiva, mas, pelo
contrário, pensam que já não são capazes de “manter a cabeça erguida” e
voltam-se passivos e apáticos para seu trabalho, o que só lhes agrega
novos erros. Por outro lado, há camaradas que depois de criticados
guardam rancor e buscam vingar-se dos críticos – estes estão fazendo
algo expressamente proibido pela disciplina do Partido, algo contra o
que devemos tomar cuidado resolutamente. Os quadros do Partido devem ser
especialmente estritos consigo mesmos e servir como modelos para as
massas e membros do Partido. Quando criticar alguém, devem
consequentemente defender os princípios, mas também devem prestar
atenção ao método: investigar, buscar a verdade nos fatos, nunca falar
ou atuar à ligeira ou como resultado de rumores, nem repreender alguém
por nada. A respeito das críticas formuladas por membros do Partido e
pelas massas, devem ter amplitude mental proletária, escutá-las com
modéstia, tirar conclusões das sugestões dos outros, extrair delas
material para sua educação política, corrigir suas deficiências e erros e
fazer bem seu trabalho.
Para levar a cabo corretamente a crítica e autocrítica, devemos
“analisar-nos” rigorosamente nós mesmos. O Presidente Mao ensina-nos: “A
luta do proletariado e das massas revolucionárias para mudar o mundo
compreende o cumprimento das seguintes tarefas: mudar o mundo objetivo
e, ao mesmo tempo seu próprio mundo subjetivo – mudar sua capacidade
cognoscitiva e mudar a relação entre o mundo subjetivo e o mundo
objetivo”. Para mudar nosso próprio mundo subjetivo, devemos
primeiro “analisar-nos” rigorosamente nós mesmos. Em tudo, um se divide
em dois. Isto também é verdadeiro quando examinamos a nós mesmos: se é
verdade que precisamos considerar nossas qualidades e êxitos, devemos
ter ainda mais em mente considerar nossas debilidades e deficiências. Só
examinando regularmente nossas deficiências e erros, podemos, membros
do Partido Comunista, manter sempre nosso estilo de trabalho de
prudência e modéstia, e compreendermos adequadamente nós mesmos para que
possamos calcular nosso verdadeiro mérito. Se não conhecemos nós
mesmos, não podemos aplicar em nós o princípio de um se divide em dois;
se vemos só nossos êxitos e não nossas deficiências, estamos sujeitos a
cair na cegueira. Se não analisamos e eliminamos por completo nossas
deficiências e erros, prejudicaremos a nós mesmos e prejudicaremos a
revolução. Só praticando regular e conscientemente a crítica e a
autocrítica podemos evitar a vaidade quando recebemos elogios, recordar
nossas deficiências quando alcançamos vitórias, nem sermos arrogantes
ante o êxito, nem desalentarmos quando enfrentamos fracassos,
permanecendo sempre com mente clara e repleta de elevado espírito
revolucionário e vigorosa vontade para a luta revolucionária, nunca
deter-se no caminho de continuar a revolução e preparar-nos para
fazermo-nos elementos avançados do proletariado, merecedores do nome.
Servir ao Povo de Todo Coraçâo
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