O Comitê de Construção do Partido Comunista
maoísta da Galiza quer manifestar o seguinte:
Ao proletariado de Galiza e do mundo, às organizações
e partidos maoístas do mundo.
Co aparecimento da pandemia do Covid-19 e as
medidas de confinamento e controlo tomadas pelo Estado Espanhol constatamos uma
realidade já conhecida, a debilidade do movimento revolucionário na Galiza. Não
é momento de laiar-se, mas de estudar as nossas limitações, aprender dos nossos
erros e prepararmo-nos para o desenvolvimento da linha revolucionária em todos
os aspetos. Só assim poderemos dar uma resposta revolucionária desde a Galiza.
Somos conscientes de que esta nova crise econômica
mundial produzirá uma exacerbação da luta de classes, que incitará à rebelião
das massas e poderá, se os maoístas aplicamos a linha justa, dar início a novas
guerras populares em vários lugares do mundo. Neste contexto o CCPC(m) de Galiza
decidiu assinar os dois manifestos do primeiro de Maio das organizações e
partidos maoístas do mundo. Nós participamos do manifesto promovido por
maoistroad e fazemos parte do comitê organizador da Conferência Internacional
Unificada M-L-M constituído na Itália em Janeiro deste ano. Mas decidimos
assinar o outro manifesto dado que cremos que é um manifesto correto e porque
neste momento histórico devemos ter em conta a necessidade de possibilitar, de
todas as maneiras que podamos, a mais ampla e profunda discussão sobre os
princípios que devem guiar ao comunismo.
O início da construção duma organização
internacional demanda duma preparação em todos os seus aspetos com consultas o
mais amplas dentro do possível de todos os partidos e organizações sobre a base
do m-l-m e uma clara demarcação co revisionismo de Prachanda-Bhattarai e
Avakian. Hoje as contradições que podem existir (e existem) som contradições no
seio do povo, e como tal há que tratá-las, baixo o método de “unidade-luta-unidade”,
numa Conferência Internacional Unificada Maoísta. Não permitamos divisões sem
antes dar a batalha ideológica e política. A essa ruptura nunca lhe teríamos
medo. Mas para chegar a esse ponto o desejável seria ter dado o trabalho de
clarificação e deslinde de posições o mais profundo possível.
As proletárias que estamos organizadas nas organizações
e partidos maoístas temos que ser especialmente conscientes da importância de
desenvolver a crítica e autocrítica coletiva como método. É necessário
apresentar os pontos fundamentais da linha política de cada quem, especialmente
o que nos poda separar, e ter a oportunidade (e a obriga) de a poder defender. Há
uma idéia que temos que assumir: devemos transformar as nossas debilidades
internas em fortalezas mediante a crítica coletiva, mediante a luta de duas
linhas.
Consideramos que neste momento histórico
devemos contribuir em criar o entorno adequado para poder realizar estes
debates em profundidade, e poder clarificar qual som as diferenças, os diferentes
posicionamentos de cada organização e partido. Trata-se de criar o melhor
entorno possível para a luta de duas linhas. Insistimos, a unidade é positiva
sempre que se sustentar nuns princípios firmes. Só poderemos chegar a uma unidade
de princípios mediante uma luta ideológica que esclareça as posições e que poda
servir para o avanço (principalmente no ideológico e político) do conjunto das organizações
e partidos que se declaram maoístas.
Por isso, desde a nossa humilde organização,
fazemos um apelo para realizar um esforço para podermos chegar à base que sirva
na consecução destes objetivos. Mas não só fazemos um apelo às organizações e
partidos assinantes dos manifestos pelo primeiro de Maio, também apelamos às
outras organizações e partidos maoístas que por diversas questões não assinárom
nenhum dos manifestos, em especial aos gloriosos partidos que, em Guerra
Popular, demonstram ao mundo que nestes momentos de pandemia existe um Novo
Poder dirigido por estes partidos. Chamamos aos camaradas do PC da Índia
(maoísta), ao PCP, ao TKP/ml e ao PC das Filipinas a que assumam o seu importante papel
para a Revolução Proletária Mundial e se impliquem decididamente nesta luta pela
clarificação, a luta ideológica e a unidade dos maoístas do mundo. Sabemos que
existem contradições e problemas ideológicos, mas a maneira de enfrentar esta
situação é mediante a superação destes, côa luta de duas linhas, côas
experiências revolucionárias por bandeira (experiência tanto na constituição ou
reconstituição dos partidos como nos casos onde já estão (re)constituídos e já
se encontram desenvolvendo guerra popular).
É a hora de pôr a política ao mando e lutar pela
clarificação, luta ideológica e unidade de todas as organizações e partidos
maoístas do mundo, para levar a cabo a tarefa principal de destruir o
imperialismo e construir um novo mundo vermelho do proletariado.
Viva o
Marxismo-Leninismo-Maoísmo!
Galiza, Junho
2020
Comitê de
Construção do Partido Comunista maoísta da Galiza
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