lunes, 15 de octubre de 2012
BRASIL: Editorial - Nada de bom para o povo sairá da farsa eleitoral. Jornal A Nova Democracia
Uma etapa da farsa eleitoral se finda no dia 7 de outubro, com a eleição dos vereadores e da maioria dos prefeitos pelo Brasil afora. Restarão os pleitos que serão definidos no segundo turno, ainda em outubro, no dia 28.
Como sempre, os candidatos esbanjaram mentiras e sujeira pelas cidades, perturbaram os ouvidos da população, gastando milhões em campanhas financiadas pelos monopólios e pelas máquinas do Estado e cofres públicos.
Todas as instâncias do velho Estado se empenharam ao máximo para evitar que o processo eleitoral fracassasse: uma tendência que se verifica a cada nova "festa da democracia". Milhões foram gastos em publicidade para que os idosos votassem, para que os jovens de 16 a 18 anos tirassem seus títulos de eleitor, para que o povo cresse que a "Lei da Ficha Limpa" funcionará, enfim, tudo em função de garantir a legitimidade de mais uma farsa eleitoral, fundamental para a manutenção do domínio imperialista sobre o Brasil, através do controle do velho Estado pela grande burguesia e pelos latifundiários, independente de quem o gerencia em nome dessas classes.
Combinada com o ufanismo da publicidade estatal, a alta credibilidade da gerência petista junto ao capital financeiro internacional e a atração de grandes eventos internacionais para o país, a farsa eleitoral se constitui um elemento importantíssimo para entorpecer as massas, uma forma de distração das lutas populares que se avolumam.
Os partidos da dita "esquerda" centrista e eleitoreira da oposição, oportunistas, revisionistas, conciliadores e reformistas (já nem falamos aqui de PT e PCdoB), não poderiam causar maior asco do que quando defendem sua participação na farsa eleitoral com justificativas de "acumulação de forças", "disputa do Estado por dentro", "voto responsável" e outras baboseiras. Isso sem falar que os resultados são pífios e mínguam a cada escrutínio, o que resulta simplesmente ridículo. Não são capazes nem mesmo de vender suas ilusões, porém não deixam de macular as bandeiras do socialismo e do comunismo com suas charlatanices e vulgarização da ciência do proletariado.
Alheias a toda essa publicidade enganosa, as massas demonstram que estão cada vez mais convencidas de que nenhuma mudança em seu benefício sairá do resultado das eleições. Nunca se viu tantas manifestações espontâneas de repúdio aos candidatos e suas propagandas.
São pedestres que chutam cavaletes, pessoas que organizam para pichar e queimar as placas publicitárias, etc. E melhor que tudo, os comitês de boicote à farsa eleitoral espalhados pelo país, que proclamam abertamente o não votar e disputam a opinião das massas com a propaganda revolucionária.
Se é verdade que nas eleições regionais os índices de eleitores que não comparecem, votam em branco ou anulam são um pouco menores, também é verdade que esse número se amplia. Se ainda sobrevivem o clientelismo e aberta compra de votos nos bairros, quando se tem um vizinho ou conhecido como candidato, também ganham massividade os protestos e manifestações contra os desmandos e a corrupção em todos os níveis da administração pública.
E de nada adiantam encenações como o corrente julgamento do chamado "mensalão", pretensamente destinados a moralizar o "jeito de fazer política" no Brasil. Insistimos que os crimes cometidos pelos envolvidos no esquema petistas não foram os maiores no quesito corrupção e não chegam nem perto dos verdadeiros crimes cometidos contra a nação brasileira pelas sucessivas gerências, como a desindustrialização, desnacionalização da economia, a entrega das riquezas naturais, a completa submissão ao diktat do imperialismo em todas as questões de importância.
Resta-nos então o caminho da luta, mas não uma luta qualquer. E o boicote ativo à farsa eleitoral aponta para a luta pela libertação da nação e do povo brasileiro do imperialismo, da grande burguesia e do latifúndio. Ao lado da denúncia do caráter farsante das eleições, é preciso fazer a mais ampla propaganda da revolução de nova democracia e de seu programa, bem como da construção dos instrumentos fundamentais para torna-las realidade.
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