lunes, 13 de julio de 2020
GALIZA: Documento sobre " Método y estilo de trabajo" del Comité de Construcción del Partido Comunista maoísta de Galiza (1ª Parte)
Método e estilo de trabalho.
1 Por onde começar.
“Onde quer que existam massas, estas compõem-se geralmente de três categorias de indivíduos: os que são relativamente ativos, os intermédios e os que são relativamente atrasados. Assim, os dirigentes devem saber unir à volta da direção o pequeno número de elementos ativos e apoiar-se neles para elevar o nível dos elementos intermédios e conquistar os elementos atrasados.” Mao Tse Tung, “A Propósito Dos Métodos de Direçom” (1943).
Este extrato está escrito para ser útil para um pequeno destacamento comunista. É por isso que lhe devemos prestar umha especial atençom ante a falta de constituiçom do partido. Neste texto podemos encontrar duas importantes teses de Mao sobre a construçom do destacamento comunista e do partido:
Primeira tese: para ganhar as grandes massas, primeiro temos que ganhar os setores politicamente mais avançados, de maneira que podemos dizer: primeiro o mais avançado. Ganhar as pessoas mais adiantadas, conseguir elevar a consciência destas, é precisamente o que nos permite ganhar os setores que estám um pouco menos adiantados e assim sucessivamente. Os camaradas do PCP do Peru, chamarom a isto “desenvolvimento concêntrico”. Desde um núcleo comunista, desde um destacamento comunista que pola sua natureza é clandestino (no sentido de que está formado por pessoas que mantenhem em segredo a sua militância, polo que podemos dizer que é “umha organizaçom sem membros”) é desde onde se começa a realizar o trabalho de massas. O destacamento comunista deve criar mediaçons, organismos, meios de comunicaçom, com os que poder fazer o trabalho de massas. Primeiro as pequenas massas e depois as grandes massas.
Segunda tese: o fundamental é elevar a consciência, polo que podemos dizer: “a política ao mando”, ou para pode-lo ter sempre presente tamém podemos dizer: a consciência ao mando. Quer isto dizer que nós ou Mao podemos despreçar a organizaçom? Nom. O que quer dizer é que a consciência implica organizaçom, mas organizaçom nom implica, por ela mesma, consciência. A história mostra que umha organizaçom operária que nom tem “a consciência ao mando” é um castelo de naipes que se pode derrubar com o primeiro atranco.
O proletariado galego consciente deve ter sempre presente na sua mente estas duas importantes teses expostas por Mao Tse Tung.
Há quem afirma que a atividade política espontânea das massas nom é umha atividade organizada. Mas na realidade a atividade espontânea tamém é organizada. O contrário ao espontâneo é a consciência. Consciência implica cousas coma a estratégia revolucionária, o método de trabalho consciente e coletivo que tem como base a crítica e autocrítica coletiva, a linha política justa, o conhecimento de que a única saida para humanidade é a construçom do mundo comunista. Sem a suma destes importantes ingredientes nom há consciência possível, nem polo tanto sujeito histórico consciente que poda construir o comunismo.
2 Linha de criaçom consciente dos instrumentos revolucionários do proletariado.
Cumpre pôr em primeiro plano a consciência da realidade histórica do proletariado galego e mundial, da necessidade da criaçom dos instrumentos revolucionários, das mediaçons coas nossas massas, da necessidade da revoluçom proletária na Galiza e no mundo. Ter sempre presente a necessidade do socialismo e do comunismo.
Temos que pôr em prática umha linha de trabalho estratégica que consiste em proclamar, defender e aplicar a linha política justa. Esta é maneira de poder contribuir na construçom dos instrumentos revolucionários, em implantar o novo poder do proletariado, em desenvolver a guerra popular no caminho da construçom do socialismo e do comunismo. Sobre a guerra popular temos que dizer que é a teoria militar do proletariado e que consiste nas massas armadas e organizadas conscientemente. Teoria universal que deve concretar-se atendendo às especifidades da nossa situaçom concreta.
Um destacamento comunista tem que ser consciente da absoluta necessidade de manter a independência política do proletariado. O proletariado pode reivindicar “liberdades” burguesas, liberdades como a autodeterminaçom nacional, a igualdade entre homes e mulheres, a nom discriminaçom de determinados coletivos, minorias, etc. Tamém podemos participar em determinadas grandes mobilizaçons deste tipo, nos que ante a falta de sujeito revolucionário, onde o proletariado consciente nom tem a força para influir entre as grandes massas, um determinado setor da burguesia ou/e a aristocracia obreira está dirigindo um movimento social, um processo de reivindicaçom de liberdades democrático burguesas.
Um exemplo útil para entender isto que estamos tratando foi o “procés” na Catalunha, um amplo movimento das grandes massas que se mobilizou pola autodeterminaçom. O proletariado catalám viu-se no meio dum movimento que nom podia dirigir, numha situaçom na que nom existe o partido do proletariado na Catalunha, sem um movimento revolucionário, sem os instrumentos revolucionários necessários para tirar proveito para os seus interesses de classe. Nestas condiçons é impossível liberar as grandes massas da influência da burguesia catalana e da oligarquia espanhola.
O proletariado catalám encontrou-se frente a uns referendos ilegais de autodeterminaçom em 9 de Novembro de 2014 e no primeiro de Outubro de 2017, encontrou-se ante umhas mobilizaçons populares que o proletariado catalám estava obrigado a apoiar. Primeiro, porque eram reivindicaçons justas. Segundo, porque ao ter um caráter ilegal e contar com a oposiçom e repressom do Regime Espanhol, fijo com que estes dous referendos de autodeterminaçom pudessem debilitar a legitimidade do Regime diante das grandes massas, algo que evidentemente é muito positivo. Pois bem, nesta situaçom deve-se manter tamém a nossa independência de classe. Devemos ter um discurso próprio, ter como norma geral nom deixar-se arrastrar por plataformas e organismos tipo a Assembleia Nacional Catalana. Porque neste tipo de plataformas e organismos de mínimos nom é possível nem fai sentido desenvolver a luita de duas linhas, seguindo um plano, dumha maneira que poda elevar a consciência e dar resultados positivos para os interesses do proletariado.
3 Método de trabalho.
“O liberalismo, porém, rejeita a luta ideológica e preconiza uma harmonia sem princípios, o que dá lugar a um estilo decadente, filisteu, e provoca a degenerescência política de certas entidades e indivíduos, no Partido e nas outras organizações revolucionárias. O liberalismo manifesta-se sob diversas formas: Constatamos que alguém está a agir mal mas, como se trata dum velho conhecido, dum conterrâneo, dum condiscípulo, dum amigo íntimo, duma pessoa querida, dum antigo colega ou subordinado, não nos empenhamos no debate de princípios e deixamos as coisas correr, preocupados com manter a paz e a boa amizade. Ou então, para mantermos a boa harmonia, não fazemos mais do que críticas ligeiras, em vez de resolver a fundo os problemas. O resultado é prejudicar-se tanto a coletividade como o indivíduo. Essa é uma primeira forma de liberalismo. Em privado entregamo-nos a críticas irresponsáveis, em vez de fazermos ativamente sugestões à organização. Nada dizemos de frente às pessoas, mas falamos muito pelas costas; calamo-nos nas reuniões, e falamos a torto e a direito fora delas. Desprezamos os princípios de vida coletiva e deixamo-nos levar pelas inclinações pessoais. É uma segunda forma de liberalismo.” “Em vez de refutar e combater as opiniões erradas, no interesse da união, do progresso e da boa realização do trabalho, entregamo-nos a ataques pessoais, buscamos questões, desafogamos o nosso ressentimento e procuramos vingar-nos. Eis uma quinta forma de liberalismo.” Mao Tse Tung, “Contra o Liberalismo” (1937).
As teses que defende Mao neste texto som tam claras e está redigido dumha maneira tam pedagógica que nom é necessário que nos detenhamos a repeti-las. Simplesmente podemos dizer que as mesmas tendências ao liberalismo que se dava entre o movimento comunista da China de 1937, podemos vê-las no movimento comunista da Galiza do 2020.
Num primeiro momento os principais trabalhos dum destacamento comunista som: a formaçom interna, a elaboraçom de material de propaganda da linha política, a agitaçom desta linha, unido evidentemente à defesa desta linha política frente a outras propostas.
1. Antes de iniciar umha campanha sobre um determinado ponto da linha política, devemos determinar uns objetivos, determinar a quem vai dirigida prioritariamente, quais som as ideias principais que devemos ressaltar, etc.
2. Temos que formar equipas de trabalho para cada atividade concreta, tendo como principal critério para a formaçom destas equipas a operatividade, a capacidade individual das camaradas que formam umha equipa e a capacidade destas pessoas para poderem trabalhar ordenadamente. Temos que distribuir responsabilidades, prazos, etc.
3. Compartimentaçom do trabalho.
4. Crítica e autocrítica sincera e coletiva. Valoraçom do trabalho feito, do comprimento do plano, das consequências do trabalho, do estado de ânimo, da situaçom, etc.
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