jueves, 26 de junio de 2014

A trampa da república “galega”. Un artigo dos camaradas do Ateneu Prolétario Galego.

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Depois da abdicaçom do rei espanhol venhem-se produzindo em diferentes cidades da Galiza atos e manifestaçons na contra da continuidade borbónica e em favor da instauraçom da terceira república espanhola nuns casos e de umha república galega noutros.
Como obreiras galegas nom desejamos nengumha república espanhola, que nom defenderia os nossos interesses como proletariado e que ademais negaria a nossa identidade nacional e a necessidade de partir da auto-organizaçom do povo galego em qualquer tipo de projeto estatal plurinacional. Mas tampouco somos partidários de nengumha república galega onde o poder político estaria em maos da burguesía galega aliada com este ou aquele bloco imperialista ou supervisada desde Madrid pola oligarquía espanhola.
Embora achemos que toda expressom que evidencie a opressom nacional por parte do estado espanhol ou que ponha em questom qualquer défice democrático formal tem, na abstraçom teórica, um caráter progressivo, nom podemos ficar por aqui e temos que baixar ao concreto.
Neste momento este tipo de reclamaçons democráticas, se nom fam parte dum plano revolucionário, se nom se incardinam num movimento reolucionário, nom som mais do que umha trampa. Mudar a aparência para nom mudar a essência, senom para reforçá-la ante umha situaçom potencialmente explosiva. Polo que a participaçom da classe obreira galega neste tipo de plataformas, já sejam o 15-M, pola auto-determinaçom ou agora pola república têm um decorrido limitado já que nom podem oferecer nengumha soluçom aos problemas reais que afetam à gente que se tinha somado a estes projetos, que terminam por desincharse e desaparecer.
Em efeito, podemos comprovar que a reclamaçom dumha república espanhola, mas tamém galega (do modo que se está a produzir), responde à direçom e aos interesses da pequena-burguesia e a aristocracia obreira. E mesmo podemos entrever já como, no caso concreto da reclamaçom da terceira república espanhola, certos segmentos da burguesia espanhola começam já, embora timidamente, a apoiar umha reforma do estado em chave republicana.
Estas expressons republicanistas nom respondem a nengum plano revolucionário baseado numha análise científica da nossa sociedade, senom que som o reflexo dos interesses da pequena-burguesia e a aristocracia obreira, que estám a ver seriamente prejudicados os seus interesses desde o início e aprofundamento da crise capitalista atual. Polo que a participaçom da classe obreira galega neste tipo de plataformas nom serve mais que para fazer-lhe o trabalho a outros defendendo umha linha e uns interesses que nom som os nossos.
Outro aspeto a destacar é a participaçom neste republicanismo de coletivos que se reclamam socialistas, independentistas, e mesmo supostos marxista-leninistas. Esta linha seguidista só serve para manter a confusom entre a militância obreira honrada, funcionar nom como umha vanguarda revolucionária, fazendo avançar cada vez maiores segmentos da populaçom. Mui ao contrário, atam aos sectores mais avançados do povo galego à mesma linha política que leva fazendo fracassar a luita pola emancipaçom social desde hai décadas. Nem a subordinaçom a outras classes nem as suas ferramentas (o reformismo, a conciliaçom de classes) nos servem à classe obreira. Situar-se no mais atrasado politicamente, reduzindo a reivindicaçom pola auto-determinaçom a umha simples reivindicaçom democrática, sem nengum contido classista revolucionário, e à que se podem somar toda umha série de setores -sem importar o seu caráter de classe- com a condiçom de que estejam dispostos a levar adiante esta reivindicaçom, é umha traiçom à revoluçom na Galiza e no mundo.
Tampouco cremos que o feito da existência de umha república galega pressuponha per se umha agudizaçom das contradiçons de classe no seio da nossa sociedade, nem em que vaia favorecer um desenvolvimiento da luita de classes, ou que melhore a correlaçom de forças a favor do proletariado galego. Porque nom será nengumha república galega capitalista, por muito democrática que esta pretenda ser, a que poida solucionar os problemas crónicos que afetam ao povo galego e que se agravaram e estenderam desde o início da crise capitalista. Pois isto só dependerá da capacidade do próprio povo de romper a sua alienaçom, organizar-se em movimentos sociais revolucionários e criar as estruturas e os métodos adequados para derrubar o atual sistema.
Galiza, como qualquer outra naçom, nom é nengum organismo social homogéneo, está dividida em classes sociais com interesses antagónicos, e portanto os projetos de naçom só podem ser totalmente diferentes, dependendo de quais sejam as classes sociais e as organizaçons políticas que lhe dêem forma. Dando-lhe forma o proletariado sera umha república antagónica à burguesa.
E isto só o atingiremos mediante a reconstituiçom ideológica e organizativa do comunismo cara a construçom do novo poder como base da vitória na inevitável guerra civil revolucionária. Organizaçom revolucionária, ditadura da nossa classe, guerra popular.
A única república que precisamos, e que como comunistas galegos defendemos, só poderá partir da toma do poder político por parte do proletariado galego, da destruiçom do velho estado capitalista e a construçom de um estado proletário, onde sejamos donos de todos os nossos recursos, onde o excedente social seja utilizado para criar progresso social e que se encaminhe (nom só como um fenómeno económico senom tamém de consciência), cara à consecuçom da pátria socialista galega.
Este é o vieiro se é que queremos revolucionar o nosso País e, com isto, somar forças co proletariado do resto do mundo polo triunfo da revoluçom proletária mundial e a construçom do socialismo.
Spartacus

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