lunes, 14 de septiembre de 2020

PARAGUAI: EPP captura ex-vice-presidente em resposta a terrorismo de Estado (AND)

 O ex-vice-presidente paraguaio e latifundiário Oscar Denis foi capturado pelo Exército do Povo Paraguaio (EPP) no dia 9 de setembro, em resposta ao assassinato de duas crianças, uma de 11 e outra de 12 anos, filhas de comandantes do EPP, por uma “Força-tarefa” do velho Estado paraguaio. 

Denis foi capturado em sua fazenda na fronteira entre os departamentos de Concepción e Amambay pela Brigada Indígena de Justiçamento de Carrascos de Fazendas do EPP.

Os guerrilheiros deixaram um panfleto no local que constava: “Que todos os maus-tratos, abusos e injustiças sofridos pelas comunidades indígenas, seja por patrões, administradores, capatazes ou carrascos, latifundiários brasileiros de soja e menonitas que os envenenam e os despejam de suas terras não fiquem impunes. A Brigada Indígena de Justiçamento de Carrascos de Fazendas aplicará a justiça revolucionária. Viva a luta dos pobres!".

Os militares responsáveis pela investigação disseram que entre os guerrilheiros estavam várias pessoas com "características indígenas" e que, como o resto, estavam descalços e vestidos com uniformes de camuflagem.

Os panfletos assim foram encontrados pela primeira vez em 9 de julho de 2019, após um ataque armado a um latifúndio de um brasileiro no departamento de Amambay.

Denis, o político e latifundiário capturado, era uma figura de grande importância política e econômica, tendo sido governador de Concepción, deputado desse departamento, chefe do Partido Liberal e depois vice-presidente do governo de turno de Federico Franco (2012-2013).

Para soltar o carrasco, os guerrilheiros exigem 2 milhões de dólares em alimentos doados para as comunidades dos departamentos de San Pedro, Amambay, Concepción e Canindeyú, e exigem ainda a libertação de prisioneiros de guerra.


Oscar Denis, ex-vice-presidente paraguaio, sequestrado pelo EPP no dia 9 de setembro. Foto: Reprodução.

Crianças filhas de dirigentes do EPP assassinadas pelo Exército reacionário paraguaio. Foto: Reprodução.

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