miércoles, 15 de julio de 2020

GALIZA: Documento sobre " Método y estilo de trabajo" del Comité de Construcción del Partido Comunista maoísta de Galiza (2ª Parte)


4 O estilo de trabalho coas massas.

O estilo de trabalho coas massas deve fundamentar-se na sinceridade e a humildade no nosso
trabalho com o povo. A sinceridade deve ser levada até ao limite, mas evidentemente sem revelar
questons do funcionamento operativo interno. Estes temas operativos devem ser reservados devido
à necessidade de manter a devida dicreçom e ter pressente que cousas que som “inocentes” e
“irrelevantes” na atualidade, podem ser “delicadas” no futuro. No trabalho sempre devemos
presentar e defender especialmente entre as pessoas mais adiantadas politicamente a linha política
justa.

Os camaradas que formam o destacamento comunista tenhem que ser mestres e alunos ao mesmo
tempo. Tanto no trabalho interno como no trabalho de massas.

Com o nosso trabalho seguimos o método de construçom concêntrica dos instrumentos
revolucionários de arriba para baixo. O núcleo (hoje destacamento) deve gerar os organismos para
realizar agitaçom e propaganda da linha política justa seguindo um plano de trabalho. O núcleo
deve criar os instrumentos revolucionários para aplicar a linha política, as mediaçons que permitam
ir superando as tarefas pendentes e afrontar as novas e superiores tarefas que o próprio
desenvolvimento do plano vai exigir. Um núcleo que é capaz de fazer avançar os interesses do
proletariado mediante umha autotransformaçom e transformaçom do seu entorno. Um núcleo
armado com o mais elevado: a consciência.

No trabalho de massas é importante entender que o objetivo do proletariado é criar os instrumentos
que precisamos para a revoluçom, pois só estes instrumentos revolucionários podem conformar um
movimento social revolucionário. Na atividade de massas, sejam grandes ou pequenas, chega
sempre o dia que temos que decidir entre luitar pola maioria dum movimento previamente existente
ou trabalhar pola construçom dos instrumentos e do movimento revolucionários. Desviar-se da
linha política justa, esquecer o que ensina a história sobre a maneira de ganhar as massas para a
revoluçom, deixar-se levar pola tendência a apoiar-se nos tópicos facilmente digeríveis é um
caminho que leva à derrota e ao revisionismo. Nom interessa ganhar os movimentos já existentes,
pois partem de pressupostos espontaneístas e reformistas, mas criar, em confronto com estes, novos
movimentos inseridos e baseados numha estratégia revolucionária.

Frente às reivindicaçons de mínimos das organizaçons das luitas espontâneas das grandes massas, a
nossa proposta é a criaçom dum marco teórico e dumha prática social conscientes. Todo o legado do
proletariado revolucionário, o seu conhecimento do sentido da história cristaliza na nossa visom do
passado, presente e futuro da humanidade, cristaliza no Marxismo-Leninismo-Maoismo como a
cosmovisom que precisa o proletariado para o triunfo na guerra popular e na construçom do
comunismo.

Hoje estamos construindo as bases da revoluçom proletária na Galiza. Mas para isto precisamos
dumhas bases sólidas. Umha destas bases é a importância da prática social consciente para um
destacamento comunista. Esta prática é possível ao unir a teoria revolucionária à nossa prática
social coletiva. Por razons práticas e com o fim de sintetizar esta tese utilizamos a formula: “a
consciência ao mando”. Fora da formula que utilizemos em cada momento, a tese em si é
fundamental. A tese de ter sempre a consciência ao mando, há de acompanhar-nos até à construçom
do comunismo.

Nos momentos atuais é importante combater a tendência a transformar o comunismo numha
doutrina. O dogmatismo, a doutrina, esquece o contexto histórico das obras dos grandes
revolucionários, os diferentes feitos históricos, as diferentes revoluçons sociais nas que um autor
puido intervir. Nós sabemos que a teoria revolucionária é o estudo e a transformaçom do mundo, da
sociedade, mediante a prática social consciente. Sabemos que é o resultado da própria história da
luita de classes, nom é umha “inspiraçom” divina, ou umha criaçom a partir da nada.

Da ciência do proletariado surge a consciência do social, e é esta consciência a que nos permite
criar o sujeito histórico consciente, o proletariado revolucionário. A consciência é o principal, mas
ademais da parte científica, o maoismo conta com algo mais. O comunismo conta com outro
componente importante, um componente ideológico. Conta com umha “tradiçom”. Trata-se do feito
de que da mesma maneira que o presente das pessoas está condicionado polo seu passado, pola sua
própria história, nom é menos certo que os feitos históricos reivindicados, as vitórias e as derrotas,
os heróis, os mestres, as mártires, as teorias e práticas que umha classe social reivindica como
próprias tamém tenhem umha grande influência no seu presente. Sentir-se herdeiro de Espartaco ou
sentir-se herdeiro de Júlio César nom é o mesmo. O comunismo mostrou que é capaz de conseguir
um imenso compromisso das massas. Isto só é possível porque o proletariado revolucionário cria
umha cosmovisom proletária que tem essa particular qualidade.

A história mostrou que a cosmovisom comunista tem a grande qualidade de inspirar a rebeliom dos
oprimidos. Parte deste fenómeno tem relaçom coa reivindicaçom e coa realizaçom de agitaçom e
propaganda da nossa própria tradiçom, duns modelos de pessoas aos que admirar, umhas qualidades
que guardar, uns valores morais que defender, um bem superior ao do interesse individual, umha
missom histórica que cumprir, umha maneira de se organizar e luitar. Desta maneira o maoismo
(como mostra a história) é capaz de criar um compromisso das massas, é capaz de mobilizar as
grandes massas por umha causa coletiva justa e historicamente necessária como é a revoluçom. Tem
a capacidade e a força para mobilizar as grandes massas como nom tem nengumha outra tendência,
corrente filosófica ou movimento social, dos muitos que aspiram ou aspirárom à libertaçom dos
oprimidos.

5 A independência nacional nas condiçons históricas particulares do proletariado galego.

1. Galiza é um povo que sofre a sua particular opressom nacional no centro imperialista. A
opressom nacional é algo que se dá nas relaçons sociais objetivas. A burguesia galega nom
foi quem de cumprir coa sua missom histórica de criar um estado burguês independente na
Galiza. Agora, já passada a época das revoluçons burguesas é impossível que a burguesia
galega poda criar um estado burguês independente, se nom contar com um hipotético
impulso e apoio dumha grande potência imperialista. A falta de iniciativa e debilidade da
burguesia galega foi o que a levou a subordinar-se à oligarquia espanhola.

2. O proletariado galego deve superar a opressom nacional que sofre Galiza mediante a
criaçom dumha república socialista independente, como forma estatal do poder político do
proletariado. A alternativa do proletariado à sociedade capitalista galega é o socialismo, é a
República Socialista Galega.

3. O Regime Espanhol na Galiza é o resultado da aliança entre a burguesia galega e a
oligarquia espanhola. Este é o autêntico caráter de classe do estado espanhol na Galiza.

4. A República Socialista Galega será umha base de apoio da revoluçom proletária no mundo.
Se em algum momento a nossa independência nacional entra em contradiçom com os
interesses do proletariado na luita de classes mundial, nós renunciaremos a parte da nossa
independência, porque os interesses do proletariado na luita de classes mundial som os
interesses do progresso da humanidade, construir um mundo comunista é o interesse de toda
a humanidade.

6 A disciplina partidária.

O que nos permite contar com a consciência da existência social é a ciência criada polo
proletariado. Esta ciência fai possível que deixemos de ser umha peça na maquina da sociedade
capitalista para ser parte do sujeito histórico consciente. Ser donos da nossas próprias vidas.
Como consegue o maoismo criar e manter a disciplina da militância dum destacamento comunista?
Um destacamento maoista consegue manter a disciplina mediante a interiorizaçom da importância
histórica do trabalho de cada militante para poder cumprir coa missom histórica do proletariado: a
construçom do comunismo. Temos que entender a importância histórica do nosso trabalho, que há
umha linha que une o que fazemos hoje com a futura revoluçom proletária. Cada militante tem que
assumir a responsabilidade de ser a voz do proletariado consciente, de estar cumprindo umha
missom revolucionária.

7 Os elementos principais para o nosso trabalho.

Primeiro: ter como centro do trabalho a linha política justa.
A nossa linha política é o resultado do estudo da história da prática social humanas na luita de
classes, da experimentaçom e criaçom dos mecanismos, dos instrumentos revolucionários que
precisa o proletariado para a conquista do poder. Nom devemos deixar-nos distrair com a trampa de
rebaixar a proposta dumha sociedade socialista na Galiza, porque esta é a única alternativa possível
à sociedade capitalista galega. Nunca devemos rebaixar a defensa da linha política justa coa escusa
de chegar a um maior número de pessoas.

Segundo: seguir o método de trabalho consciente. O nosso lema é: a consciência ao mando.

Terceiro: a experiência militante. Devemos ter em conta a experiência da militância no
conhecimento da psicologia e o funcionamento das organizaçons de massas, dos coletivos e
movimentos sociais. O conhecemento de onde podemos encontrar as pessoas mais avançadas
politicamente, que ambientes estám interessados num determinado tema, etc.
O destacamento comunista deve realizar um trabalho de aprendizagem coletiva e de especializaçom
operativa.
O destacamento comunista recolhe a experiência individual, para críticá-la, para sistematizá-la, para
corregi-la, dumha maneira consciente, sendo isto precisamente o que permite tirar proveito político
da experiência individual.

Quarto: moral de combate. Se na guerra a “moral de combate” é um fator muito importante, na
militância a “moral de combate” ou, digamos a “moral de militância” tamém o é. Devemos ter em
conta a necessidade de manter a moral, que o pessimismo é um fator paralisante em qualquer
organizaçom. Ao mesmo tempo temos que ter presente que construir expetativas que nom som
realistas leva a que a militância acabe desmoralizada. Temos que marcar objetivos realistas e estar
preparados para os imprevistos. Ter a flexibilidade necessária para revisar os nossos objetivos e
expetativas, para elaborar em cada caso um plano tático “b” ou, “c”, se for necessário.

8 A consciência é entender a história da humanidade, é entender a necessidade do comunismo.

O único sentido da história da humanidade é construir o comunismo. Para construir um mundo
comunista necessitamos dous ingredientes:

1) O fator económico objetivo: o desenvolvimento dos meios de produçom ao longo da
história. Na história contemporânea foi feito em parte baixo a ditadura da burguesia e continuara
baixo a ditadura do proletariado. Na atualidade já estám dadas as condiçons materiais para o
socialismo. As condiçons materiais nom som o que nos impede viver numha sociedade socialista,
mas o feito de que o poder político esteja nas maos da oligarquia espanhola e a burguesia galega
unido a que o proletariado galego ainda nom conte com a consciência da sua realidade social
objetiva como para poder mudar esta situaçom.

2) O fator político e a subjetividade: os comunistas recolhemos o legado da luita revolucionária
dos oprimidos contra os opressores ao longo de toda história da humanidade, desde as rebelions dos
escravos até a atualidade. Unimos esta tradiçom à crítica revolucionária da ciência burguesa. Isto
permite o nascimento do sujeito histórico consciente: o proletariado revolucionário. Mas este sujeito
deve madurar na luita contra o reformismo, o espontaneísmo, contra todo tipo de revisionismo. Esta
é a condiçom imprescindível para a revoluçom proletária e para a criaçom do mundo comunista. O
comunismo marca o objetivo e o rumo que nos guia. Nom desfaleceremos.

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