sábado, 19 de diciembre de 2020

GALIZA: Alcoa e a luita operária (Galiza Vermelha)

 

A decadência atual da indústria adicada à obtençom do alumínio da natureza (extraçom, transporte e processamento da Bauxita) fronte ao aumento da obtençom a travês da sua reciclagem (singela, rápida e cada vez mais habitual) fai que no caso concreto do processamento da Bauxita, que até agora dava trabalho a centos de operários/as galegos/as, seja inevitável a sua desapariçom.

Na Galiza a transnacional ianqui Alcoa anunciou a finais de 2018 a decisom de fechar as suas plantas e trasladar a produçom. Aos fatores antes assinalados, comuns para esta indústria, engade-se no caso de Alcoa a decadência do imperialismo ianqui, que leva à sua burguesia a buscar mao-de-obra barata e reduzir a presença no exterior. Entom, na atualidade a burguesia extrangeira nom tem interesse em continuar a producir alumínio na Galiza e a burguesia galega sacaria maiores lucros adicando-se à sua reciclagem, polo que o panorama para centos de trabalhadores/as galegos/as alvisca-se complicado.

Nestes dous anos de conflito por nom perder os seus postos de trabalho, os/as operários/as de Alcoa confiárom o seu êxito no “alheio”: cedérom o protagonismo do conflito ao Estado mesmo, aos partidos e sindicatos do régime, aos meios de comunicaçom do régime, aos processos formais da democracia burguesa, aos ámbitos legais do estado espanhol e da uniom europeia. Mas confiárom o seu êxito no “alheio” porque é o jeito espontáneo, é o jeito que lhes aprendérom décadas de sindicalismo, décadas de reformismo; ninguém lhes ajudou a compreender qual é o seu papel na história como classe nem o caráter revolucionário dessa classe.

A deriva reformista, tanto de sindicatos coma de partidos revisionistas de esquerdas, nas últimas décadas fixo que o proletariado fica-se sem umha direçom minimamente clara. A cara mais falsa destes partidos e sindicatos, ou umha confiança cega na possibilidade de acadar umha sociedade justa e igualitária reformando este sistema em decadência, junto com o próprio desenvolvimento do capitalismo, levárom aos partidos ao eleitoralismo mais deshonesto e egoísta, manipulando a esperança do povo por se libertar; conducírom de um jeito espontáneo aos sindicatos ao simples papel de gestores da explotaçom.

Até o de agora os/as trabalhadores/as de Alcoa soamente recevérom promessas e boas palavras de governos e oposiçons. A alternativa da nacionalizaçom, posível noutros contextos, é hoje contra-natura na época avançada do imperialismo em que vivemos. Isto nom quita que em casos excepcionais seja posível umha nacionalizaçom por questons estratégicas da burguesia, incluso umha nacionalizaçom temporária para favorescer o traspasso da produçom de umha empresa a outra. Mas sendo a nacionalizaçom quase imposível foi e é a única e grande promessa do reformismo, jogando coma sempre com as esperanças e as ilussons dos/as trabalhadores/as. Para manter os seus privilégios, para manter os seus escanos, para manter os seus interesses partidistas e pessoais, tanto partidos coma sindicatos, tanto políticos coma sindicalistas, fam-lhe o trabalho sujo ao regime. Fam a laboura mais importante para o regime: manter a confianza do povo no estado burguês, legitimar a opressom do capital. Por algo será que políticos e sindicalistas recevem importantes prebendas e gratificaçons do regime, recevem a sua parte do pastel.

Ainda que o estado burguês nacionalice, o que nom pode fazer é socializar, ja que a propriedade socialista, que é a propriedade coletiva de todo o povo, nom pode existir no capitalismo.

Mas é posível que a burguesia (a travês dos seus peons políticos nas instituiçons) cumpra com o que promete ou com o que se lhe exige sem que se lhe faga umha mínima pressom nas ruas e nas fábricas? A resposta é clara, a história ensina-nos que si é necessária essa pressom. A história do nosso país está cheia de exemplos que mostram que o que a classe operária necessita tem que consegui-lo pola força. Nom se aplicou a força na rua (mobilizaçons mais prolongadas e violentas) nem na fábrica (toma desta) polos operários/as. Nom houvo pressom, polo que nom existiu preocupaçom real nestes peons da burguesia para a resoluçom do conflito, nom entrou nas suas agendas políticas. O pacifismo nom da nem para reformas.

A luita por uns postos de trabalho, nom passa de aí, por conservar o que temos, que também é o nosso sustento. Mas um conflito como o de Alcoa levado a cabo consequentemente melhoraria o estado anímico das massas.

Quem promete cousas que nom se podem realizar sabendo-o é um mentireiro, e quem o fai sem sabe-lo é um ignorante, em qualquer caso ambos os dous som perigosos: o primeiro porque o povo merece a sinceridade de quem pretende liberta-lo e o segundo porque o povo necessita às pessoas mais avançadas das que dispom para se libertar. Quem promete hoje umha nacionalizaçom sabendo que nunca chegará é porque soamente busca benefícios partidistas e pessoais, ganhar uns quantos votos mais, perpetuando a confianza do povo no estado burguês. Mas quem está a dirigir aos trabalhadores/as e a propagar essas falsedades, seja consciente ou nom, crendo ou nom todas as mentiras, nom pondo em questom nada, também é responsável do engano.

Balbina Otero

Por um novo poder operário!

Construamos as ferramentas revolucionárias!

1 comentario:

Loam dijo...

Urge construir esas "ferramentas revolucionárias". Los años perdidos sin acometer esa tarea se convierten en siglos de esclavitud. Eso es, nada más y nada menos, lo que nos jugamos.

¡Muerte al capitalismo! ¡Muerte al fascismo! ¡Viva la clase trabajadora revolucionaria!