Conheça, divulgue, apoie a luta camponesa combativa!
Polícia
Militar despeja camponeses em Ariquemes
Jaru,
19 de janeiro de 2016
No
último dia 18, a Polícia Militar de Confúcio Moura / PMDB despejou
mais de 50 camponeses, inclusive mulheres e crianças, do Acampamento
Nova Estrela. Ocupação espontânea, na fazenda Nicomar, latifúndio
de 6.000 hectares, localizado na linha C-35, no município de
Ariquemes. Cerca de 30 policiais da PM e do GOE de Ariquemes e Jaru,
em 7 viaturas, bombeiros, oficial de justiça, conselheira tutelar, 1
ônibus e vários carros chegaram no acampamento pela manhã, mas não
conseguiram cumprir plenamente a ordem judicial, que incluia conduzir
todos os acampados para a delegacia para serem identificados, graças
à resistência e organização das famílias que se negaram a ir
para a delegacia.
Os
acampados decidiram ir para as áreas de posseiros Canaã e Renato
Nathan 2, vizinhas do acampamento, mas se negaram a ir no ônibus,
temendo que a polícia não cumprisse o acordo e terminasse
conduzindo-os para a delegacia. Camponeses de todas as idades,
andaram 5 quilômetros a pé cantando canções de luta. As famílias
receberam total apoio dos camponeses vizinhos que também lutam para
conquistarem suas terras.
O
despejo desrespeitou a determinação da própria PM de fazer uma
reunião preparatória antes do despejo. Segundo denúncia dos
acampados, os policiais fotografaram veículos que estavam próximo
ao acampamento e apreenderam uma moto, queimaram os barracos enquanto
riam e diziam que tinham vencido. Perguntaram pelos líderes, se
tinha alguém da LCP, seguindo a política de perseguição,
criminalização e desmoralização da luta pela terra, especialmente
das lideranças – orientação geral do latifúndio, aplicada pelo
novo comandante da PM de Rondônia, o major Ênedy Dias de Araújo,
antigo inimigo dos camponeses e perseguidor confesso da LCP.
Um
acampado,apontado como liderança, está sendo processado.
Em
vídeos gravados pelos trabalhadores durante o despejo, pode-se ver
um diálogo que evidencia a justeza da luta pela terra, a mais
urgente de nosso país: “A partir do momento que vocês não
cumpriram a ordem de desocupar em 15 dias estão cometendo um
crime.”, disse o oficial de justiça. Rapidamente, uma camponesa
respondeu: “Sabe por que? Estamos aqui para ganhar um pedaço de
terra para a gente plantar. Você tem filho? Eles não vão comer
capim, vão comer arroz, feijão, banana, abóbora, mandioca – o
que os camponeses plantam. Fazendeiro não planta isso, ele planta
capim e capim quem come é só boi, seu filho jamais vai viver só de
carne.”
A
LCP manifesta seu total apoio às famílias de camponeses do
acampamento Nova Estrela e convoca a todos trabalhadores da cidade e
do campo, pessoas, movimentos e entidades classistas e democráticos
a conhecerem, divulgarem a apoiarem ativamente esta luta. O
latifúndio é o que existe de mais atrasado, em todo o país,
camponeses se levantam em luta pela terra e por um novo Brasil.
Lutar
pela terra não é crime!
Terra
para quem nela vive e trabalha!
Conquistar
a terra, destruir o latifúndio!
LCP
- Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental
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(Vivo)
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