50 anos GRCP – Imortais contribuições do maoísmo para a luta de duas linhas no seio do Partido Comunista
Núcleo de Estudos do Marxismo-leninismo-maoísmo, em AND nº 182.
“Durante
a GRCP, a luta de duas linhas no seio do Partido Comunista da China
alcançou níveis nunca antes vistos, entregando enormes lições às
gerações revolucionárias vindouras. No mesmo folheto ‘Uma compreensão
fundamental do Partido’ se sustenta: ‘A luta de duas linhas dentro do
Partido sobre a questão de seu caráter [de classe] tem sido sempre muito
aguda. Todos os líderes das linhas oportunistas sempre trataram por
todos os meios de perverter o caráter do partido político do
proletariado, com o fim de servir a sua própria criminosa meta de
sabotar a revolução proletária […] A Grande Revolução Cultural
Proletária e o movimento de crítica a Lin Piao e retificação do estilo
de trabalho iniciado e dirigido pessoalmente pelo Presidente Mao
aplastaram completamente os criminosos complôs de Liu Shao-chi e Lin
Piao para mudar o caráter de nosso Partido e restaurar o capitalismo.
Nosso Partido saiu depurado, mais sólido e mais vigoroso que nunca. A
luta entre as duas linhas dentro do Partido demonstra profundamente que
salvaguardar o caráter do partido é uma questão de grande importância.
Está intimamente relacionada com o destino do Partido e o Estado, e com a
questão de se a revolução logrará a vitória ou cairá na derrota.
Construir continuamente nosso Partido, utilizar o
marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung, desmascarar e frustrar os
complôs dos revisionistas para perverter o caráter do Partido – isto
dará a garantia de que nosso Partido sempre conservará seu caráter
proletário’.”
Da Declaração Conjunta de partidos e organizações maoístas por ocasião do 50 anos da GRCP.
Em meados
da década de 1970, a luta de duas linhas no seio do PCCh ganha corpo e
profundidade com a crítica de massas a Lin Piao e ao “vento
desviacionista de direita”. Em março de 1975, a revista Hongqi nº 3,
publica o artigo Sobre a base social da camarilla antipartido de Lin Piao,
de Yao Wen-yuan, destacado quadro da GRCP, artigo que é reproduzido em
Pequim Informa nº 11, de 19 de março daquele mesmo ano. Publicamos aqui
uma síntese desse importante documento, fundamental para a compreensão
da monumental batalha travada no seio do Partido Comunista e da
sociedade na China Popular.
Sobre a base social da camarilha antipartido de Lin Piao*
Yao Wen-yuan
Referindo-se
à necessidade de ter uma clara compreensão da questão relativa ao
exercício da ditadura do proletariado sobre a burguesia, o Presidente
Mao indicou explicitamente: “Seria muito fácil para tipos como Lin Piao
impulsionar o sistema capitalista se subirem ao Poder. Por isso, devemos
estudar mais obras marxistas-leninistas”. Se coloca aqui uma questão de
importância capital, a saber: qual é a natureza de classe dos “tipos
como Lin Piao” e qual é a base social que engendrou a camarilha
antipartido de Lin Piao? Uma clara compreensão deste problema é,
indubitavelmente, muito necessária para consolidar a ditadura do
proletariado e prevenir a restauração do capitalismo, e para aplicar com
firmeza a linha fundamental do Partido para a etapa histórica do
socialismo e criar passo a passo as condições que impossibilitem a
existência e ressurgimento da burguesia.
Igual a
todos os revisionistas e todas as correntes ideológicas revisionistas,
Lin Piao e sua linha revisionista não foram um fenômeno casual. Ele e
seus fanáticos sequazes se achavam extremamente isolados em todo o
Partido, o exército e o povo.
É bastante
óbvio que a camarilha antipartido de Lin Piao representava os
interesses da classe latifundiária e da burguesia derrubadas e
interpretava as aspirações dos derrubados reacionários de derrocar a
ditadura do proletariado e restaurar a ditadura burguesa. Esta camarilha
se opunha à Grande Revolução Cultural Proletária e abrigava inveterado
ódio ao sistema socialista da ditadura do proletariado em nosso país.
Temos
visto como Lin Piao depois de seu rotundo fracasso político e ideológico
tentou, como um apostador desesperado, “engolir” o proletariado
arriscando tudo numa só jogada e finalmente traiu a pátria para
entregar-se ao inimigo. Apesar de que Presidente Mao e o Comitê Central
do Partido com muita paciência tenham-no educado, esperado e tratado de
salvá-lo, não foi possível mudar sua natureza contrarrevolucionária no
mínimo possível. Tudo isso reflete a luta de vida e morte entre o
proletariado e a burguesia, as duas principais classes antagônicas, sob a
ditadura do proletariado, luta que prosseguirá por um longo período.
Enquanto
subsistirem as classes reacionárias derrubadas, será possível que surjam
(no Partido e na sociedade) representantes da burguesia que pretendam
converter as esperanças de restauração em tentativas de restauração. Por
isso devemos manter alta vigilância, estar alerta contra todas as
intrigas dos reacionários internos e externos e fazê-las em pedaços, e
de nenhum modo mostrar-nos negligentes a este respeito.
A
camarilha antipartido de Lin Piao não só representava as esperanças de
restauração da classe latifundiária e da burguesia já derrubadas, mas
também as esperanças de usurpar o Poder abrigados pelos novos elementos
burgueses surgidos na sociedade socialista. Os indivíduos desta
camarilha tinham certas características dos novos elementos burgueses e
alguns deles eram em si elementos burgueses. Precisamente este último
aspecto é o que requer uma análise mais aprofundada.
O
Presidente Mao destacou: “Lenin disse: ‘a pequena produção engendra o
capitalismo e burguesia constantemente, a cada dia, a cada hora, de
modo espontâneo e em massa’. Isto também ocorre em uma parte dos
operários e uma parte dos membros do Partido. Tanto nas fileiras do
proletariado como entre os trabalhadores e os organismos oficiais há
pessoas que incorrem ao estilo de vida burguês”. Alguns integrantes da
camarilha antipartido de Lin Piao eram, precisamente, representantes
dessa nova burguesia e deste novo capitalismo. Entre eles Lin Li-kuo
(filho de Lin Piao) e sua “flotilha” (nome de sua organização de agentes
secretos) eram todos elementos burgueses e contrarrevolucionários
anti-socialistas engendrados na sociedade socialista.
Lenin
indicou: “Na primeira fase da sociedade comunista (aqui é habitualmente
chamada socialismo) o ‘direito burguês’ não se suprime completamente
senão que somente em parte, só na medida da revolução econômica já
alcançada, quer dizer, só com respeito aos meios de produção”. “No
entanto, este direito persiste em seu outro aspecto, persiste como
regulador (determinante) da distribuição dos produtos e da distribuição
do trabalho entre os membros da sociedade. ‘Quem não trabalha não come’:
este princípio socialista é já é uma realidade; ‘a igual quantidade de
trabalho, igual quantidade de produtos’; também é já uma realidade este
princípio socialista. Porém isto não é ainda o comunismo, e não
elimina ainda o direito burguês que dá uma quantidade igual de produtos a
homens desiguais, por uma quantidade desigual (desigual de fato) de
trabalho.”
As
análises feitas por Lenin e Presidente Mao nos dizem que o direito
burguês que subsistem inevitavelmente na distribuição e na troca sob o
regime socialista deve ser restringido sob a ditadura do proletariado,
de modo que no prolongado transcurso da revolução socialista se diminuam
gradualmente as diferenças entre operários e camponeses, entre a cidade
e o campo, entre o trabalho manual e intelectual e as diferenças de
hierarquia, e se criem gradualmente as condições materiais e espirituais
para eliminar tais diferenças. Se, entretanto, for ampliado e reforçado
o direito burguês e aquela parte de desigualdade sustentada por este
direito, surgirá inevitavelmente a polarização, quer dizer, um reduzido
número de pessoas adquirá na distribuição uma crescente quantidade de
mercadorias e dinheiro por certos canais legais e numerosos canais e
ilegais; propagarão as ideias capitalistas de enriquecer-se e buscar
fama e lucro pessoais, ideias fomentadas por tal “incentivo material”;
tomarão corpo os fenômenos tais como converter o público em privado,
dedicar-se à especulação, incorrer no desvio de fundos, corrupção,
cometer roubo e suborno; o princípio capitalista pelo qual se rege a
troca de mercadorias invadirá a vida política e até a vida do Partido e
decomporá a economia planificada socialista; se dará lugar a atos de
exploração capitalista de transformar a mercadoria e o dinheiro em
capital e tomar a força do trabalho como mercadoria; mudará de caráter o
sistema de propriedade em alguns departamentos e entidades onde se
aplicará a linha revisionista e reaparecerão casos de opressão e
exploração dos trabalhadores.
Como
resultado, surgirão entre os membros do Partido, os operários, os
camponeses acomodados e os trabalhadores dos organismos oficiais um
reduzido número de novos elementos burgueses e arrivistas que traem
totalmente o proletariado e o restante do povo trabalhador. Nossos
camaradas operários têm dito muito bem: “Se não se restringe o direito
burguês, este restringirá o desenvolvimento do socialismo e ajudará o do
capitalismo”. Quando a força econômica da burguesia crescer até certo
ponto, seus agentes passarão a procurar dominação política, a derrubada
da ditadura do proletariado e do sistema socialista e uma mudança total
da propriedade socialista, e restaurarão e desenvolverão de modo aberto o
sistema capitalista. Uma vez tomado o poder, a nova burguesia, como
primeiro passo, afogará em sangue o povo e restaurará o capitalismo na
superestrutura, incluindo todos os domínios ideológicos e culturais. Um
punhado de novos elementos burgueses que tenham monopolizado os meios de
produção, monopolizarão, ao mesmo tempo, o poder de distribuir os
artigos de consumo e outros produtos. Este é o processo da restauração
que tem ocorrido hoje na União Soviética.
Se tem
denunciado e criticado muito a maneira como a camarilha antipartido de
Lin Piao praticava sem medida o estilo de vida burguesa e como se valia
do direito burguês para levar a cabo toda a classe de atividades
insidiosas repugnantes inconfessáveis. Porém é mais ilustrativo o
“Esquema da ‘obra 571’”, um plano para um golpe de Estado
contrarrevolucionário em que a camarilha antipartido de Lin Piao
utilizava precisamente as ideias do direito burguês, e não outra coisa,
para instigar ou incitar certas pessoas e a diversas classes a se oporem
à ditadura do proletariado. Por isso o plano dirige a ponta de lança de
seu ataque contra a linha revolucionária do Presidente Mao, mostrando
ódio particular contra certas restrições da revolução socialista ao
direito burguês.
A
camarilha antipartido de Lin Piao qualificou caluniosamente de “uma
forma velada de correção em trabalhos forçados” o fato de os
intelectuais se integrarem com os operários e camponeses e irem às zonas
rurais. Se trata de uma grande causa de significação transcendental
para diminuir as diferenças entre operários e camponeses, entre a cidade
e o campo, entre o trabalho manual e intelectual, para restringir o
direito burguês. A elogiam efusivamente todos os revolucionários,
entretanto, a combatem as pessoas corroídas pela ideologia burguesa e
especialmente aquelas atadas pelas ideias do direito burguês.
O programa
da camarilha de Lin Piao residia em aumentar as diferenças entre a
cidade e o campo e entre o trabalho intelectual e manual, fazer dos
jovens instruídos uma nova camada aristocrática com o propósito de
ganhar o apoio daquelas pessoas profundamente influenciadas pelas ideias
do direito burguês a seu golpe de Estado contrarrevolucionário.
Lin Piao
era um pregador fanático do “incentivo material” revisionista. Em sua
sinistra caderneta de notas, ele escreveu de próprio punho que
“incentivo material ainda é indispensável”, “materialismo, o incentivo
material”, “seduções: postos oficiais, emolumentos, favores” e outros
charlatanismos revisionistas.
Na
aparência, Lin Piao e sua camarilha defenderam o uso de dinheiro como um
“estímulo” para os operários. Mas, na verdade, eles tentaram ampliar
ilimitadamente as diferenças hierárquicas entre eles, formar e comprar
uma pequena camada privilegiada entre os operários que renegue a
ditadura do proletariado e os interesses deste último, a fim de quebrar a
unidade da classe operária. Sob o rótulo de “demonstrar solicitude”
pelos jovens operários, tipos como estes, de fato, lhes dão “incentivo”
para empreender o caminho capitalista, e se pode qualificá-los como uma
espécie de “incitadores” políticos. Os elementos burgueses
recém-nascidos e inexperientes são aqueles que infringem a lei no palco,
enquanto que os velhos elementos burgueses, bem versados em astúcia, o
fazem nos bastidores: eis um fenómeno que é freqüentemente observado na
luta de classes na sociedade de hoje. Ao lidar com os casos de jovens
delinquentes e adolescentes corruptos, colocamos uma ênfase especial em
assestar golpes nos incitadores atrás dos bastidores e este é um
princípio que devemos seguir firmemente. Na luta atual, surgiu um bom
número de jovens trabalhadores que têm uma posição bem definida contra a
corrupção burguesa. Devemos apoiá-los e resumir as suas experiências
acumuladas na luta.
Agora
podemos ver que tipo de bugiganga era o que chamava Lin Piao de
“construir o socialismo real”. Este programa proposto pela camarilha
antipartido de Lin Piao em seu “Esquema da ‘obra 571’” não caiu do céu
nem era inato na mente dos autoproclamados “supergênios”. Era um reflexo
do ser social. Para colocá-lo em termos precisos: esta camarilha,
partindo de sua posição burguesa reacionária, refletiu a demanda dos
latifundiários, camponeses ricos, contrarrevolucionários, elementos
nocivos e direitistas não transformados que representam apenas uma
pequena porcentagem da população. Refletia a demanda de um reduzido
número de pessoas – os novos elementos burgueses e aqueles que querem
fazer uso do direito burguês – e se opunha à demanda do povo
revolucionário, que representa mais de 90 por cento da população, de
seguir firmemente o caminho socialista.
Por que
seria muito fácil para tipos como Lin Piao impulsionar o sistema
capitalista se chegasse ao Poder? Precisamente porque em nossa sociedade
socialista subsistem classes e luta de classes e as bases e condições
que geram o capitalismo. Para reduzir passo a passo tal base até
eliminarmos finalmente tais condições, devemos persistir em continuar a
revolução sob a ditadura do proletariado. Esta tarefa só pode ser
realizada pela vanguarda do proletariado, guiado pela linha
revolucionária do Presidente Mao, pelos esforços firmes e inflexíveis de
várias gerações. Para este fim, devemos aderir com firmeza à linha
fundamental do Partido, elevar a consciência política da classe
operária, consolidar a aliança operário-camponesa, unir-nos com todas as
forças que podem ser unidas; unir e dirigir as amplas massas
revolucionárias à transformação consciente de sua concepção do mundo na
luta contra os inimigos dentro da prática dos três grandes movimentos
revolucionários: luta de classes, luta pela produção e experimentação
científica. Para este fim, temos de consolidar e desenvolver a
propriedade socialista de todo o povo e propriedade coletiva socialista
das massas trabalhadoras, prevenir a restauração do direito burguês já
abolido no sistema de propriedade e continuar a cumprir, de forma
gradual e durante um período relativamente longo, essa parte da tarefa
que não foi cumprida na transformação da propriedade e, ao mesmo tempo,
os outros dois aspectos das relações de produção, ou seja, nas relações
entre homens e as relações de distribuição, restringir o direito
burguês, criticar constantemente as ideias do direito burguês e
debilitar constantemente a base que engendra o capitalismo. Para este
fim, deve perseverar a revolução no domínio da superestrutura,
aprofundar a crítica ao revisionismo e à burguesia e fazer a ditadura
omnímoda do proletariado sobre a burguesia.
Em suas
conversações mantidas durante uma viagem de inspeção por diversas partes
do país em agosto e setembro de 1971, o Presidente Mao disse: “Passamos
50 anos cantando A Internacional;
mesmo assim, em 10 ocasiões apareceram em nosso Partido quem tentasse
criar a divisão. A meu ver, isso ainda vai ocorrer 10, 20, 30 vezes
mais. Vocês não acreditam? Ainda que vocês não creiam, eu acredito de
todas as maneiras. As lutas deixarão de existir quando chegarmos ao
comunismo? Não creio. Mesmo no comunismo haverá lutas, só que serão
lutas entre o novo e o caduco, entre o correto e o errôneo. Inclusive
daqui a dezenas de milhares de anos, o errôneo tampouco terá valor ou
poderá se sustentar”; o que o Presidente Mao aborda é o quanto é
prolongada a luta entre as duas linhas que toma forma como um reflexo
dentro do Partido da luta de classes na sociedade. Devemos desbaratar
constantemente, através de tal luta de classes e luta entre as duas
linhas, as ações da burguesia e seus agentes de praticar o revisionismo,
trabalhar pela cisão e urdir intrigas; só dessa forma poderá ser
criada, passo a passo, as condições que impossibilitem a existência e o
ressurgimento da burguesia e eliminar finalmente as classes. Esta é
justamente a grande tarefa que deve ser cumprida em toda a época
histórica da ditadura do proletariado.
Os novos
elementos burgueses, surgidos como resultado da ação corruptora da
ideologia burguesa e a existência do direito burguês, levam geralmente
as características políticas dos elementos de dupla face e adventícios. A
fim de realizar atividades capitalistas sob a ditadura do proletariado,
sempre ostentam certo rótulo de socialismo; como suas atividades
restauracionistas não estão encaminhadas a recuperar os meios de
produção de que foram despojados, senão a apoderar-se dos que nunca
foram deles, se mostram excepcionalmente ávidos e ardem no desejo de
devorar de uma vez só todas as riquezas que pertencem a todo o povo ou à
coletividade, para convertê-las em sua propriedade privada. A camarilha
antipartido de Lin Piao tinha essas características políticas.
Antes de
“se impor”, ou seja, antes de tomar em suas mãos uma parte do poder
político e econômico, Lin Piao recorreu à duplicidade
contrarrevolucionária para enganar o Partido e as massas populares e pôs
a serviço de seus próprios fins o poderio do movimentos de massas; para
tal propósito, não tinha escrúpulos em brandir um rótulo da revolução
ou gritar consignas revolucionárias, ao mesmo tempo em que os
tergiversava. Atuavam [Lin Piao e sua camarilha] como elementos
contrarrevolucionários de duas caras, sustentavam bandeiras vermelhas
para combater a bandeira vermelha, “dizer palavras bonitas na frente de
alguém enquanto lhe punham as mãos assassinas pelas costas”, ou, como
confessava a própria camarilha antipartido de Lin Piao, “golpear as
forças do Presidente Mao esgrimindo sua bandeira”, não são nada mais que
expressões variadas da mesma prática.
Partindo
da análise de classes, vemos muito claramente a origem das atividades
políticas retrógradas e contrarrevolucionárias de Lin Piao e seus
semelhantes: ao apregoar a doutrina de Confúcio e Mêncio, renegar o
Partido, trair o povo chinês e passar para o social-imperialismo,
estavam repetindo o que havia perpetrado a burguesia compradora chinesa,
que rendeu culto a Confúcio e traiu a pátria; ao forjar de modo
fanático um golpe contrarrevolucionário, estavam recorrendo aos mesmos
meios utilizados pela burguesia de muitos países do mundo em inumeráveis
ocasiões e até hoje.
Nossa
tarefa consiste em reduzir gradualmente, por um lado, o solo que
engendra a burguesia e o capitalismo e, por outro lado, discernir a
tempo os novos elementos burgueses tipo Lin Piao quando aparecem ou
quando estão se formando. Eis aqui a importância do estudo do
marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung. Se nos separamos do guia do
marxismo, não poderemos cumprir essa dupla tarefa, e mais ainda, quando
surgir uma corrente ideológica revisionista, nos deixaremos enganar e,
inclusive, nos meteremos às cegas no barco dos piratas por ter as ideias
do direito burguês ou por não saber distingui-las. Se não fosse assim,
por que quando aparecia uma linha revisionista havia quem a seguisse?
Existe nisso uma profunda lição. Durante a luta contra a camarilha
antipartido de Peng Te-juai em 1959, o Presidente Mao destacou que “na
atualidade, o perigo principal é o empirismo”, e que, portanto, devemos
ler e estudar a consciência. Durante mais de 10 anos até agora, o
Presidente Mao reiterou essa opinião em muitas ocasiões. Ressaltou que
os quadros altos e médios do Partido, em primeiro lugar os membros do
Comitê Central “devem, de acordo com o nível correspondente, ler e
estudar a consciência e assimilar bem o marxismo”. Todos os camaradas do
Partido, especialmente os altos quadros, devem se ocupar disso como um
importante assunto relativo à consolidação da ditadura do proletariado;
antes de todos, devem estudar bem e compreender claramente eles mesmos
as exposições e as principais obras de Marx, Engels, Lenin, Stalin e do
Presidente Mao sobre a ditadura do proletariado; esforçar-se por
esclarecer essa questão integrando a teoria com a prática, por eliminar
de suas mentes e suas ações as ideias e estilos de trabalho burgueses
que se apartam das massas, e por se identificar com elas; ser realmente
promotores das novas coisas socialistas, e saber discernir a corrupção
capitalista e se atrever a combatê-la.
É preciso
prestar atenção em distinguir entre os tipos de contradições de natureza
distinta, assestar golpes certeiros e fortes no minúsculo número de
pessoas nocivas e eliminar a influência capitalista que existe entre as
massas de acordo com a fórmula de “unidade-luta-unidade”, aplicando
principalmente o método de estudo e de elevação da consciência, o método
de apoiar as coisas avançadas resolutamente opostas ao capitalismo, o
de recordar os sofrimentos na velha sociedade e contrastá-los com a
felicidade de hoje, e o da persuasão e educação, de crítica e
autocrítica, a fim de unir 95% dos quadros e das massas.
Devemos
destacar que a camarilha antipartido de Lin Piao era muito débil na
essência e, assim como todos os reacionários, não era senão um tigre de
papel. Todas suas atividades contrarrevolucionárias registraram somente
suas derrotas e apertos e de nenhum modo sua vitória. O sistema
socialista substituirá inevitavelmente o sistema capitalista e o
comunismo triunfará com toda segurança no mundo inteiro. Essa é uma lei
objetiva, independente da vontade do homem. A sociedade socialista
procede da entranha da velha sociedade, e “portanto, apresenta em todos
os aspectos, no econômico, no moral e no intelectual os estigmas da
velha sociedade de cuja entranha procede”.
Isso não tem nada de estranho. A história dos últimos 25 anos demonstra
que sempre que persistirmos na ditadura do proletariado, na teoria do
Presidente Mao sobre a continuação da revolução sob a ditadura do
proletariado, e na linha, nos princípios e nas políticas que o
Presidente Mao formulou para a revolução socialista, poderemos aplastar a
resistência dos inimigos de classes, apagar passo a passo esses
estigmas e conquistar incessantemente novas vitórias.
Avancemos valentemente seguindo o rumo e o caminho destacado pelo Presidente Mao!
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