lunes, 30 de diciembre de 2013

Proletariado da Coreia do Sul em greve geral (A Nova Democracia)




Por Rafael Gomes Penelas
Multidões tomam as ruas da Coreia do Sul numa greve geral de grandes proporções em protesto contra os crescentes casos de corrupção por parte das “autoridades” do país, contra as privatizações e demais medidas antipovo.
Os ferroviários, por exemplo, têm se organizado contra a “reestruturação” do setor com a privatização levada a cabo pelo “governo”. Mais de 8500 grevistas do Sindicato dos Ferroviários Coreanos (KRWU) foram demitidos e os principais líderes das mobilizações presos. Num gesto fascista, sem mandado, o escritório da Confederação dos Sindicatos da Coreia (KCTU) foi invadido durante uma operação que contou com cerca de 4 mil policiais.
Em Seul, capital do país, mais de um milhão de pessoas se reuniram em manifestação contra o gerenciamento Park Geun-Hye. A greve se dá num momento em que se esgotaram as tentativas de diálogos e a feroz repressão do Estado contra as manifestações populares. Lembrando que a polícia sul-coreana tem a fama de ser uma das mais violentas do mundo no quesito ‘repressão a protestos’.
As organizações populares qualificam o “presidente” Park Geun-Hye como um autêntico lacaio do imperialismo ianque. O país comporta 17 bases militares do USA e ogivas nucleares, isto para submeter o próprio povo sul-coreano e, constantemente, chantagear a Coreia do Norte. A imprensa internacional, preocupada com os rumos e a proporção que o movimento pode ganhar, pouco divulga a luta dos trabalhadores do país.


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Trabalhadores da companhia ferroviária sul-coreana Korail e apoiadores da greve protestam em Seoul<br />
Foto: Lee Jin-man / AP

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