No dia 22 de outubro de 2014, o dirigente da Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Sul da Bahia, Cleomar Rodrigues de Almeida, foi covardemente assassinado numa tocaia, na porteira que dá acesso à Área onde estava acampado com 35 famílias, desde 2008, onde trabalhava e vivia.
O
companheiro foi fuzilado provavelmente por mais de um pistoleiro, como
indica a perícia técnica que comprovou ferimentos por cartucheira
calibre 12 e carabina 44. O companheiro Cleomar há muito tempo vinha
sendo ameaçado de morte, juntamente com outros companheiros, por
conhecidos pistoleiros da região e por policiais. Tal situação chegou ao
ponto de numa vistoria da estrada fechada pelo latifundiário Antônio
Aureliano Ribeiro de Oliveira pela promotoria de Januária, em razão das
denúncias de abusos e inclusive do incêndio criminoso de um dos barracos
às margens do rio São Francisco, estando ele presente e acompanhado de
seu suposto gerente de nome Marcos Gusmão, conhecido pistoleiro, afirmou
categoricamente que havia mandado tocar fogo e que se lamentava de não
haver ninguém dentro, não tendo a promotora Daniele Yokoyama nada
manifestado a respeito.
A luta de um camponês com elevada consciência de classe
O
companheiro Cleomar Rodrigues de Almeida foi um dos mais destacados
dirigentes da Liga dos Camponeses Pobres do Brasil e era o Coordenador
Político da LCP do Norte de Minas e Sul da Bahia. Nasceu em 8 de agosto
de 1965, em Pedras de Maria da Cruz, no Norte de Minas às margens do Rio
São Francisco. De uma família de camponeses pobres passou a infância na
roça. Quando jovem, no início dos anos de 1980, como muitos camponeses,
partiu para São Paulo, para trabalhar de operário na construção civil.
Lá casou-se e teve uma filha. Tendo terminado o casamento retornou para
Pedras de Maria da Cruz, onde montou um pequeno comércio de produtos de
informática.
Vendo
a luta dos camponeses por terra, engajou-se em 2004 com o pai e irmãos
na luta por um pedaço de terra, sob a bandeira da Liga, tomando parte do
acampamento na fazenda Palmeirinha. Começa aí sua militância no
movimento camponês, enfrentando despejos e retornos para terra,
perseguições e ataques, além da luta interna no acampamento entre
persistir e desistir.
No acampamento conheceu Dira com quem constituiu sua nova família, construindo uma relação de grande confiança e amor que é exemplo para todos companheiros e companheiras, além da profunda afeição e dedicação de pai estabelecida com os filhos e filhas dela. Apoiando a companheira Dira e apoiado por ela, o companheiro Cleomar rapidamente aprofunda seu compromisso com a causa muito além da conquista de sua parcela de terra. Dia após dia empenhou-se cada vez mais para que camponeses de outros lugares também conquistassem a terra, para impulsionar a destruição do latifúndio. Com intensa dedicação seguiu aumentando sua compreensão sobre a luta pela terra, a luta de classes e a necessidade da revolução agrária. Assim foi fortalecendo sua decisão e compromisso com a luta revolucionária.
Já em 2007, nas atividades preparatórias do 5º Congresso da LCP do Norte de Minas e Sul Bahia, é eleito, no Encontro de Delegados, para sua Coordenação Geral e após as atividades finais do congresso que se realizam em 2008 em Montes Claros, toma parte da caravana de camponeses que participam do 1º de Maio Classista em São Paulo, promovido pela Liga Operária. No retorno dessas atividades famílias de 3 áreas que lutavam pela terra e que haviam sido despejadas, entre as quais ele estava, unem-se num só acampamento que as massas chamam por Unidos com Deus Venceremos.
O companheiro Cleomar em meio das lutas, enfrentando as dúvidas e temor de muitos, afirma a linha revolucionária do Nosso Caminho (documento básico das LCPs) e vai se forjando como a principal liderança da área, feita por sua firme decisão e seu modo simples e aberto a ouvir a todos. Sua confiança inquebrantável nas massas em luta e seu otimismo combativo por melhorar cada dia mais as condições de vida das massas e por prosperar a produção na área, através de se persistir num crescente coletivismo, forja sua certeza no triunfo da revolução, na derrota dos exploradores e opressores e vitória dos explorados e oprimidos. A solidariedade comprometida que juntamente com a companheira Dira levava-os a qualquer área, sem medir distâncias, onde os camponeses precisassem de apoio: em Manga, Itacarambi, Januária, Jaíba, Verdelândia, Varzelândia, Porteirinha entre outras em Minas, em Carinhanha, Malhada e outras localidades na Bahia.
No acampamento conheceu Dira com quem constituiu sua nova família, construindo uma relação de grande confiança e amor que é exemplo para todos companheiros e companheiras, além da profunda afeição e dedicação de pai estabelecida com os filhos e filhas dela. Apoiando a companheira Dira e apoiado por ela, o companheiro Cleomar rapidamente aprofunda seu compromisso com a causa muito além da conquista de sua parcela de terra. Dia após dia empenhou-se cada vez mais para que camponeses de outros lugares também conquistassem a terra, para impulsionar a destruição do latifúndio. Com intensa dedicação seguiu aumentando sua compreensão sobre a luta pela terra, a luta de classes e a necessidade da revolução agrária. Assim foi fortalecendo sua decisão e compromisso com a luta revolucionária.
Já em 2007, nas atividades preparatórias do 5º Congresso da LCP do Norte de Minas e Sul Bahia, é eleito, no Encontro de Delegados, para sua Coordenação Geral e após as atividades finais do congresso que se realizam em 2008 em Montes Claros, toma parte da caravana de camponeses que participam do 1º de Maio Classista em São Paulo, promovido pela Liga Operária. No retorno dessas atividades famílias de 3 áreas que lutavam pela terra e que haviam sido despejadas, entre as quais ele estava, unem-se num só acampamento que as massas chamam por Unidos com Deus Venceremos.
O companheiro Cleomar em meio das lutas, enfrentando as dúvidas e temor de muitos, afirma a linha revolucionária do Nosso Caminho (documento básico das LCPs) e vai se forjando como a principal liderança da área, feita por sua firme decisão e seu modo simples e aberto a ouvir a todos. Sua confiança inquebrantável nas massas em luta e seu otimismo combativo por melhorar cada dia mais as condições de vida das massas e por prosperar a produção na área, através de se persistir num crescente coletivismo, forja sua certeza no triunfo da revolução, na derrota dos exploradores e opressores e vitória dos explorados e oprimidos. A solidariedade comprometida que juntamente com a companheira Dira levava-os a qualquer área, sem medir distâncias, onde os camponeses precisassem de apoio: em Manga, Itacarambi, Januária, Jaíba, Verdelândia, Varzelândia, Porteirinha entre outras em Minas, em Carinhanha, Malhada e outras localidades na Bahia.
Prosseguindo a resistência histórica dos camponeses pobres do Norte de Minas
Nos
dias anteriores de seu assassinato os dois companheiros estiveram
mobilizando as famílias da área Vitória, em Verdelândia (Cachoeirinha)
para comemorar, com passeata pelas suas ruas, mais uma derrota do
latifúndio que perdera no Tribunal Justiça a liminar de despejo.
Trata-se da resistência de quase 15 anos desde que a histórica luta dos
posseiros de Cachoeirinha fora retomada pela Liga. Na noite de 21 de
outubro, juntamente com as lideranças sobreviventes da histórica
resistência ao massacre de 1967, Jarder, de 87 anos e Ursulino, o Sula,
de 92, foram relembradas as duras batalhas, o assassinato de 6
lideranças e a morte de 62 crianças por epidemia de sarampo, fome e frio
durante uma das fugas dos ataques de pistoleiros e tropas da PM,
comandados pelo sanguinário coronel Georgino. Naquela noite, véspera de
seu assassinato, o companheiro Cleomar pronunciou emocionado discurso na
Assembleia na área Vitória, saudando a saga da prolongada resistência
dos camponeses pobres de Cachoeirinha.
Persistindo sempre pelo árduo caminho da luta
Enfrentando
o cerco desencadeado pelo velho Estado contra a luta pela terra e o
movimento camponês combativo, desenvolve-se importante luta dentro da
Liga sobre como avançar a revolução agrária. Cleomar se destaca nessa
luta contra o oportunismo que se manifesta por capitulação, aplastando
suas posições conciliadoras com INCRA e outros órgãos do velho Estado,
derrotando suas tentativas de dividir o nosso movimento. Assim contribui
decisivamente para elevar a unidade de todo movimento em torno da linha
e princípios classistas da LCP.
Nos anos de 2009 a 2011, o movimento enfrenta a perseguição ambiental na região, como parte da ofensiva latifundiária desencadeada contra a luta pela terra, encabeçada pelo governo PT/Lula/Dilma/FMI. Em meio de tantas dificuldades e de certo refluxo na mobilização na luta pela terra Cleomar propõe enfrentar a situação com a mobilização nas áreas tomadas com o aumento das áreas plantadas, organizando seminários sobre produção. Tornou-se assim conhecido em toda região como um dos mais destacados dirigentes da luta contra o latifúndio e de defesa da produção camponesa baseada em suas próprias forças, impulsionando na sua área o Grupo de Ajuda Mútua na produção coletiva do mel.
No 6º Congresso da Liga, iniciado com o Encontro de Delegados em junho de 2010 e culminando em abril de 2011, o companheiro Cleomar é reconduzido à sua Coordenação. Assume a função de Coordenador Político reafirmando persistir na luta para atravessar o período de grandes dificuldades e de relativo refluxo na luta pela terra. A LCP se afiança mais sua linha que se fundamenta na resistência histórica dos posseiros, ampliando mais sua influência com os mesmos em toda a região e as relações com os pequenos produtores. Com firmeza e coragem Cleomar assume os desafios que se apresentam, enfrentando as ameaças e perseguições com destemor e juntamente com outros integrantes da Coordenação da Liga sustenta e ressalta o caminho de tomar mais terras do latifúndio.
E é com este mesmo espírito combativo que sob sua direção se realiza o 7º Congresso, em outubro de 2012 em Manga, levantando alto a bandeira de Tomar todas as terras do latifúndio no norte mineiro. Mesmo acidentado e com uma das pernas engessada e um braço imobilizado não se permitiu acomodar, não esmoreceu, não colocou dificuldades, confirmando na prática sua condição de destacado dirigente do movimento camponês combativo na vasta região fronteiriça de Minas e Bahia.
No desafio do 7º Congresso de Tomar todas as terras do latifúndio toma posição resoluta na luta interna em defesa da tomada da fazenda Beirada em Manga, como questão chave nos esforços combinados para contrapor um novo impulso na luta pela terra à ofensiva do latifúndio em todo país. E em dura luta, com o apoio decisivo de companheiras e companheiros da Coordenação, venceu a batalha interna de se lançar na tomada da fazenda Beirada, luta que se tornou marco do período de romper o cerco ao movimento camponês e contra a ofensiva geral do latifúndio.
Nos anos de 2009 a 2011, o movimento enfrenta a perseguição ambiental na região, como parte da ofensiva latifundiária desencadeada contra a luta pela terra, encabeçada pelo governo PT/Lula/Dilma/FMI. Em meio de tantas dificuldades e de certo refluxo na mobilização na luta pela terra Cleomar propõe enfrentar a situação com a mobilização nas áreas tomadas com o aumento das áreas plantadas, organizando seminários sobre produção. Tornou-se assim conhecido em toda região como um dos mais destacados dirigentes da luta contra o latifúndio e de defesa da produção camponesa baseada em suas próprias forças, impulsionando na sua área o Grupo de Ajuda Mútua na produção coletiva do mel.
No 6º Congresso da Liga, iniciado com o Encontro de Delegados em junho de 2010 e culminando em abril de 2011, o companheiro Cleomar é reconduzido à sua Coordenação. Assume a função de Coordenador Político reafirmando persistir na luta para atravessar o período de grandes dificuldades e de relativo refluxo na luta pela terra. A LCP se afiança mais sua linha que se fundamenta na resistência histórica dos posseiros, ampliando mais sua influência com os mesmos em toda a região e as relações com os pequenos produtores. Com firmeza e coragem Cleomar assume os desafios que se apresentam, enfrentando as ameaças e perseguições com destemor e juntamente com outros integrantes da Coordenação da Liga sustenta e ressalta o caminho de tomar mais terras do latifúndio.
E é com este mesmo espírito combativo que sob sua direção se realiza o 7º Congresso, em outubro de 2012 em Manga, levantando alto a bandeira de Tomar todas as terras do latifúndio no norte mineiro. Mesmo acidentado e com uma das pernas engessada e um braço imobilizado não se permitiu acomodar, não esmoreceu, não colocou dificuldades, confirmando na prática sua condição de destacado dirigente do movimento camponês combativo na vasta região fronteiriça de Minas e Bahia.
No desafio do 7º Congresso de Tomar todas as terras do latifúndio toma posição resoluta na luta interna em defesa da tomada da fazenda Beirada em Manga, como questão chave nos esforços combinados para contrapor um novo impulso na luta pela terra à ofensiva do latifúndio em todo país. E em dura luta, com o apoio decisivo de companheiras e companheiros da Coordenação, venceu a batalha interna de se lançar na tomada da fazenda Beirada, luta que se tornou marco do período de romper o cerco ao movimento camponês e contra a ofensiva geral do latifúndio.
Genocídios e manipulação demagógica: as duas mãos do velho Estado contra as massas em luta
Frente
a toda essa luta e ousadia que levantam o ânimo das massas
incentivando-as a lutar, a reação se assanha e governos, latifundiários e
seus políticos bandidescos unidos desatam todo seu ódio visceral contra
os camponeses em luta e especialmente contra suas organizações e
lideranças mais combativas. Ao longo destes últimos anos, como se fora a
lógica secular da história de nosso país, dezenas de camponeses e
dirigentes da luta pela terra vêm sendo acusados por “formação de
quadrilha”, processados, presos, torturados e assassinados em ações
combinadas das forças repressivas do Estado e bandos de pistoleiros.
Contra os esforços e lutas pela elevação da organização dos explorados e oprimidos, o velho Estado genocida brasileiro e seus gerenciamentos de turno, não têm descansado e feito de tudo para destruir o movimento camponês combativo. Ademais de toda repressão, perseguição, prisões e assassinatos, vêm lançando seguidas ofensivas para dividir as massas em luta. De modo particular e mais intensamente, o gerenciamento petista desse velho Estado burocrático-latifundiário, temendo que as massas mais pobres do nosso povo se levantem em rebeliões, tem se empenhado mais que ninguém na aplicação da política fascista de corporativização dessas massas, de modo a atá-las aos seus projetos destinados a domesticá-las e mantê-las encabrestadas, como a forma evoluída do mesmo velho clientelismo e carcomido coronelismo.
E o fazem através das “Políticas Compensatórias” ditadas pelas agências imperialistas tais como o Banco Mundial, como “Bolsas”, “Programas de desenvolvimento social”, “Programas de empreendedorismo”, “Créditos de fomento para micros e pequenos”, etc. Para tal se servem, ademais de suas agências, das suas correias de transmissão no seio do povo que são as organizações oportunistas por ele cooptadas, a que denominam “movimentos sociais”. Conta ainda com as ações dos partidos eleitoreiros que se apresentam como de esquerda e socialistas com seu reformismo podre de “trabalho institucional”. Toda esta política reacionária ao ser combatida pelo movimento popular combativo tem como resposta as manobras desesperadas da aplicação de outra política fascista, a de tentar dividir as massas em luta, jogando massas contra massas.
Como temos visto em Pedras de Maria da Cruz e em toda região, onde através de vários mecanismos, o oportunismo tenta promover a ideia de classificar nosso povo camponês em distintas categorias, como se seus interesses fossem diferentes e seus inimigos não fossem os mesmos, os latifundiários, os grandes burgueses e o imperialismo a quem esse velho Estado e seus gerentes de turno servem. Assim tentam retalhar o povo camponês em pequenos produtores rurais, extrativistas, pescadores, vazanteiros, geraizeros, etc., e mesmo opor remanescentes de Quilombolas aos camponeses, despejando-os de onde vivem há mais de século. E para que? Para corporativizar as massas pobres em seus “projetos feudos” atando-as à eterna dependência do velho Estado e de suas manipulações eleitoreiras, tal como já descrito acima.
O companheiro Cleomar, juntamente com as famílias de seu acampamento, havia abrigado outras famílias de pescadores que tinham sido expulsas de uma ilha onde viviam há dezenas de anos. Chamou estas famílias a se unirem para tomar todas as terras do latifúndio Agropecuária Pedra de São João, de modo que todos teriam um pedaço de terra na área de vazante e outro na parte seca, como é da tradição da luta dos posseiros no Norte de Minas. As ameaças de morte se intensificaram e Cleomar chamava a todos não só a seguir resistindo quanto a ocupar o restante da fazenda. Elementos oportunistas, fazendo o jogo do latifúndio passaram a provocar a divisão por supostas diferenças de interesses entre pescadores e camponeses. O companheiro Cleomar mais uma vez conclamou a união contra o latifúndio, porém as tentativas de impedir a conquista da terra pelos camponeses que ali estavam resistindo há mais de 6 anos seguiram com gente ligada aos referidos projetos governistas, atiçando divisão jogando massas contra massas.
Contra os esforços e lutas pela elevação da organização dos explorados e oprimidos, o velho Estado genocida brasileiro e seus gerenciamentos de turno, não têm descansado e feito de tudo para destruir o movimento camponês combativo. Ademais de toda repressão, perseguição, prisões e assassinatos, vêm lançando seguidas ofensivas para dividir as massas em luta. De modo particular e mais intensamente, o gerenciamento petista desse velho Estado burocrático-latifundiário, temendo que as massas mais pobres do nosso povo se levantem em rebeliões, tem se empenhado mais que ninguém na aplicação da política fascista de corporativização dessas massas, de modo a atá-las aos seus projetos destinados a domesticá-las e mantê-las encabrestadas, como a forma evoluída do mesmo velho clientelismo e carcomido coronelismo.
E o fazem através das “Políticas Compensatórias” ditadas pelas agências imperialistas tais como o Banco Mundial, como “Bolsas”, “Programas de desenvolvimento social”, “Programas de empreendedorismo”, “Créditos de fomento para micros e pequenos”, etc. Para tal se servem, ademais de suas agências, das suas correias de transmissão no seio do povo que são as organizações oportunistas por ele cooptadas, a que denominam “movimentos sociais”. Conta ainda com as ações dos partidos eleitoreiros que se apresentam como de esquerda e socialistas com seu reformismo podre de “trabalho institucional”. Toda esta política reacionária ao ser combatida pelo movimento popular combativo tem como resposta as manobras desesperadas da aplicação de outra política fascista, a de tentar dividir as massas em luta, jogando massas contra massas.
Como temos visto em Pedras de Maria da Cruz e em toda região, onde através de vários mecanismos, o oportunismo tenta promover a ideia de classificar nosso povo camponês em distintas categorias, como se seus interesses fossem diferentes e seus inimigos não fossem os mesmos, os latifundiários, os grandes burgueses e o imperialismo a quem esse velho Estado e seus gerentes de turno servem. Assim tentam retalhar o povo camponês em pequenos produtores rurais, extrativistas, pescadores, vazanteiros, geraizeros, etc., e mesmo opor remanescentes de Quilombolas aos camponeses, despejando-os de onde vivem há mais de século. E para que? Para corporativizar as massas pobres em seus “projetos feudos” atando-as à eterna dependência do velho Estado e de suas manipulações eleitoreiras, tal como já descrito acima.
O companheiro Cleomar, juntamente com as famílias de seu acampamento, havia abrigado outras famílias de pescadores que tinham sido expulsas de uma ilha onde viviam há dezenas de anos. Chamou estas famílias a se unirem para tomar todas as terras do latifúndio Agropecuária Pedra de São João, de modo que todos teriam um pedaço de terra na área de vazante e outro na parte seca, como é da tradição da luta dos posseiros no Norte de Minas. As ameaças de morte se intensificaram e Cleomar chamava a todos não só a seguir resistindo quanto a ocupar o restante da fazenda. Elementos oportunistas, fazendo o jogo do latifúndio passaram a provocar a divisão por supostas diferenças de interesses entre pescadores e camponeses. O companheiro Cleomar mais uma vez conclamou a união contra o latifúndio, porém as tentativas de impedir a conquista da terra pelos camponeses que ali estavam resistindo há mais de 6 anos seguiram com gente ligada aos referidos projetos governistas, atiçando divisão jogando massas contra massas.
Como age e a quem serve o oportunismo
Mesmo
após o covarde assassinato do companheiro Cleomar os oportunistas
seguem manipulando os fatos, falando meias verdades para seguir com os
planos de jogar massas contra massas. Elementos da CPT mentem sobre os
acontecimentos, escondem que através dos projetinhos do governo estão
usando da lei para prejudicar as massas que há anos lutam por um pedaço
de terra ao risco da própria vida. Suas alegações egoístas de
reivindicação de “território pesqueiro” para algumas famílias são para
expulsar dezenas de outras que lutam pela terra há tantos anos.
Inclusive foi o senhor Rogério que foi abrigado na Área do Unidos Com
Deus Venceremos quando das expulsão das famílias da ilha, o qual chegou a
fazer parte Liga e que depois atiçado por esses elementos da CPT, e por
puro egoísmo passou a fazer o jogo dos latifundiários. Quando um dos
fazendeiros e o policial Danilo ameaçaram o senhor Rogério foi o
companheiro Cleomar e a Liga que denunciou e o defendeu.
O senhor Rogério chegou ao ponto de na Audiência Pública com o Ministério Público de 9 de outubro passado, onde o representante do latifundiário Antônio Aureliano acompanhado do pistoleiro Marcos Gusmão desdenhavam das denúncias que mais de 40 trabalhadores fizeram e testemunharam. Nesta audiência, o companheiro Cleomar denunciou os crimes dos latifundiários, apontou para eles e seus pistoleiros, denunciou policiais que operam na área juntamente com os pistoleiros. E o senhor Rogério teve a covardia de atacar o companheiro Cleomar, mentindo descaradamente.
Eis aqui as palavras textuais que o companheiro Cleomar anotou no seu relatório para a Coordenação da Liga sobre referida audiência com mais 300 trabalhadores presentes: “..., no final das falas o Rogério da ilha que já tinha escrito, pedio um espaço e aí ele mostrou suas garras contra o acampamento Unidos, dizendo que as famílias está desmatando a beira do rio, que os pescador do Unidos é tudo de carteira falsa, que as famílias do unidos tinha que tomar cuidado com a colônia sobre o projeto de peixe que isto era um golpe, que o projeto de tanque escavado que nós ta querendo abri ele é na área da união...” (sic). Há centenas de testemunhas disto, que inclusive ficaram indignadas com aquela traição. O Senhor Rogério, para defender o seu projeto egoísta e interesseiro e cuspindo no prato que já comeu mentiu, acusando o companheiro Cleomar de crimes ambientais e de falsidade ideológica. Acusou mentindo na presença do representante do Ministério Público e dos latifundiários e seus pistoleiros!
As notas da CPT sobre os acontecimentos revelam que sua direção está sendo mal informadas, porque fazem a denúncia da situação falando de seu projeto de “território pesqueiro” e da perseguição dos latifundiários contra os “pescadores da comunidade Capivara Caraíba”, denúncia que é justa e que deve ser feita, porém cita o assassinato do companheiro Cleomar de passagem como um mero episódio, escondendo qual é a verdadeira base daquele conflito. Perguntamos, porque os latifundiários lançaram toda sua sanha sanguinária contra o companheiro da Liga? Será porque que os latifundiários e seus pistoleiros presentes em dita audiência deram gargalhadas vendo o senhor Rogério acusando daquela forma o companheiro Cleomar?
Para nós da Liga os inimigos são aqueles latifundiários alí, este velho Estado genocida, suas instituições e autoridades, bem como seus “projetos” para impedir que as massas tenham sua organização independente apoiada em suas próprias forças, encurralando-as em burocracias corporativas ou em entidades cooptadas e tuteladas. Que ponham a mão na consciência senhores, pois a luta dos camponeses pela terra não vai parar e o generoso sangue derramado de nossos companheiros não será em vão, cobraremos gota por gota. Podem ficar com seus “projetos” egoístas encharcados com o sangue de nosso companheiro, mas não conseguirão dividir as massas que travam a autêntica luta de libertação. Não serão estes governos de turno, demagogos e assistencialistas, manipuladores e traficantes da miséria de nosso povo, governos que à cabeça desde velho Estado e para defender esta podre ordem das classes dominantes presidem a repressão e os genocídios contra os pobres que irão deter a secular e sagrada luta pela terra. Por mais crimes e genocídios que cometam não poderão deter a revolução agrária neste país, passe o que passar, custe o que custar e demore o tempo que demandar!
O companheiro Cleomar compreendia muito bem este jogo e rechaçou todas essas tentativas de divisão da nossa classe, denunciando-os como artifícios para impedir o fortalecimento das organizações classistas combativas e tentar desviar as massas pobres do campo do caminho da revolução agrária. Denunciou e combateu todas essas tentativas se posicionando e reafirmando que nosso inimigo é esse velho Estado de grandes burgueses e latifundiários e seus gerentes de turno e que, sem derrotá-lo não se pode conquistar a terra para quem nela trabalha e menos ainda estabelecer uma nova democracia do povo e libertar nossa Pátria das garras do imperialismo.
O senhor Rogério chegou ao ponto de na Audiência Pública com o Ministério Público de 9 de outubro passado, onde o representante do latifundiário Antônio Aureliano acompanhado do pistoleiro Marcos Gusmão desdenhavam das denúncias que mais de 40 trabalhadores fizeram e testemunharam. Nesta audiência, o companheiro Cleomar denunciou os crimes dos latifundiários, apontou para eles e seus pistoleiros, denunciou policiais que operam na área juntamente com os pistoleiros. E o senhor Rogério teve a covardia de atacar o companheiro Cleomar, mentindo descaradamente.
Eis aqui as palavras textuais que o companheiro Cleomar anotou no seu relatório para a Coordenação da Liga sobre referida audiência com mais 300 trabalhadores presentes: “..., no final das falas o Rogério da ilha que já tinha escrito, pedio um espaço e aí ele mostrou suas garras contra o acampamento Unidos, dizendo que as famílias está desmatando a beira do rio, que os pescador do Unidos é tudo de carteira falsa, que as famílias do unidos tinha que tomar cuidado com a colônia sobre o projeto de peixe que isto era um golpe, que o projeto de tanque escavado que nós ta querendo abri ele é na área da união...” (sic). Há centenas de testemunhas disto, que inclusive ficaram indignadas com aquela traição. O Senhor Rogério, para defender o seu projeto egoísta e interesseiro e cuspindo no prato que já comeu mentiu, acusando o companheiro Cleomar de crimes ambientais e de falsidade ideológica. Acusou mentindo na presença do representante do Ministério Público e dos latifundiários e seus pistoleiros!
As notas da CPT sobre os acontecimentos revelam que sua direção está sendo mal informadas, porque fazem a denúncia da situação falando de seu projeto de “território pesqueiro” e da perseguição dos latifundiários contra os “pescadores da comunidade Capivara Caraíba”, denúncia que é justa e que deve ser feita, porém cita o assassinato do companheiro Cleomar de passagem como um mero episódio, escondendo qual é a verdadeira base daquele conflito. Perguntamos, porque os latifundiários lançaram toda sua sanha sanguinária contra o companheiro da Liga? Será porque que os latifundiários e seus pistoleiros presentes em dita audiência deram gargalhadas vendo o senhor Rogério acusando daquela forma o companheiro Cleomar?
Para nós da Liga os inimigos são aqueles latifundiários alí, este velho Estado genocida, suas instituições e autoridades, bem como seus “projetos” para impedir que as massas tenham sua organização independente apoiada em suas próprias forças, encurralando-as em burocracias corporativas ou em entidades cooptadas e tuteladas. Que ponham a mão na consciência senhores, pois a luta dos camponeses pela terra não vai parar e o generoso sangue derramado de nossos companheiros não será em vão, cobraremos gota por gota. Podem ficar com seus “projetos” egoístas encharcados com o sangue de nosso companheiro, mas não conseguirão dividir as massas que travam a autêntica luta de libertação. Não serão estes governos de turno, demagogos e assistencialistas, manipuladores e traficantes da miséria de nosso povo, governos que à cabeça desde velho Estado e para defender esta podre ordem das classes dominantes presidem a repressão e os genocídios contra os pobres que irão deter a secular e sagrada luta pela terra. Por mais crimes e genocídios que cometam não poderão deter a revolução agrária neste país, passe o que passar, custe o que custar e demore o tempo que demandar!
O companheiro Cleomar compreendia muito bem este jogo e rechaçou todas essas tentativas de divisão da nossa classe, denunciando-os como artifícios para impedir o fortalecimento das organizações classistas combativas e tentar desviar as massas pobres do campo do caminho da revolução agrária. Denunciou e combateu todas essas tentativas se posicionando e reafirmando que nosso inimigo é esse velho Estado de grandes burgueses e latifundiários e seus gerentes de turno e que, sem derrotá-lo não se pode conquistar a terra para quem nela trabalha e menos ainda estabelecer uma nova democracia do povo e libertar nossa Pátria das garras do imperialismo.
Na defesa e fortalecimento da aliança operário-camponesa e do internacionalismo
Quando
da onda de revolta que se levantou e percorreu as grandes cidades do
país em junho/julho de 2013, à frente da Coordenação da Liga o
companheiro Cleomar acatou prontamente o chamado da necessidade do
movimento camponês unir-se com a juventude combatente e demais massas
populares das cidades. Sob sua direção a LCP mobilizou centenas de
camponeses para bloquearem rodovias e estradas vicinais em toda região,
além de desembarcar outras centenas na capital mineira e ocupar a sede
do INCRA por um dia, para denunciar as mentiras e as manobras que seu
superintendente Danilo Araújo vinha realizando para malograr a luta dos
camponeses e posseiros do Norte de Minas.
Da mesma forma entusiasta e combativa que esteve ativo em apoio e defesa dos povos em luta em todo nosso país, na defesa dos trabalhadores, dos estudantes e toda juventude combatente, assim como de todas as lutas populares da cidade, o companheiro Cleomar compreendeu e sustentou sempre a bandeira do internacionalismo proletário do nosso movimento e nossa organização. Esteve sempre entre os primeiros na defesa e solidariedade aos povos em luta em qualquer parte do mundo e se esforçava para explicar aos camponeses a importância das lutas dos povos unidos contra o inimigo comum, o imperialismo de modo geral e principalmente o norte-americano que encabeça as agressões e genocídios mundo afora. Explicava e glorificava a resistência do povo palestino, das guerras de resistência do povo afegão, iraquiano e outros contra os agressores sionistas (Estado fascista de Israel) e imperialistas encabeçados pelo Estados Unidos, como destacava a luta revolucionária e de libertação do povo na Índia, Filipinas, Peru e Turquia, os quais combatem com guerra popular dirigida por partidos comunistas maoístas.
Da mesma forma entusiasta e combativa que esteve ativo em apoio e defesa dos povos em luta em todo nosso país, na defesa dos trabalhadores, dos estudantes e toda juventude combatente, assim como de todas as lutas populares da cidade, o companheiro Cleomar compreendeu e sustentou sempre a bandeira do internacionalismo proletário do nosso movimento e nossa organização. Esteve sempre entre os primeiros na defesa e solidariedade aos povos em luta em qualquer parte do mundo e se esforçava para explicar aos camponeses a importância das lutas dos povos unidos contra o inimigo comum, o imperialismo de modo geral e principalmente o norte-americano que encabeça as agressões e genocídios mundo afora. Explicava e glorificava a resistência do povo palestino, das guerras de resistência do povo afegão, iraquiano e outros contra os agressores sionistas (Estado fascista de Israel) e imperialistas encabeçados pelo Estados Unidos, como destacava a luta revolucionária e de libertação do povo na Índia, Filipinas, Peru e Turquia, os quais combatem com guerra popular dirigida por partidos comunistas maoístas.
Servir ao povo e dar a vida pela causa
O
companheiro Cleomar foi perseguido, ameaçado de morte e assassinado por
sua militância abnegada, por sua posição combativa e revolucionária
indobrável e por representar o sonho e a certeza de que a classe dos
explorados e oprimidos que se erguem em luta triunfará. Por isso
reafirmamos, com dor e ódio latentes, que o sangue derramado do
companheiro Cleomar não será em vão! Pois o triunfo de nossa causa
vingará o sacrifício dos heróis de nosso povo.
Conclamamos a todos os dirigentes e ativistas da LCP, a todos verdadeiros lutadores e lutadoras do povo, aos trabalhadores, professores e estudantes da cidade, aos povos indígenas e remanescentes de Quilombolas, a todas as massas de camponeses pobres sem-terra ou com pouca terra a nos unirmos ainda mais em torno da sagrada bandeira da revolução agrária, redobrando nossos esforços e mover céus e terra na luta pela destruição do latifúndio, para entregar a terra aos pobres do campo, aos camponeses pobres sem-terra e com pouca terra.
E reafirmamos mais ainda que as classes exploradoras e opressoras, bem como os partidos e políticos que a representam, defendem ou fazem seu jogo e seus esbirros sanguinários, de que se iludem pensando que poderão afogar em sangue a nossa justa luta. Muito ao contrário, Senhores, o sangue derramado dos melhores filhos e filhas do nosso povo rega a nossa grandiosa causa!
Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato os latifundiários Antônio Aureliano Ribeiro de Oliveira, Hiram Pimenta Moura, Rodolfo de tal e toda esta miserável classe de parasitas!
Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato as “autoridades policiais” que tomaram conhecimento das ameaças de morte e juntamente com notórios pistoleiros fizeram incursões nos acampamentos e áreas circundantes para ameaçar o companheiro e outros!
Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato as instituições do Poder Judiciário, juízes, promotores e procuradores a quem foram entregues sucessivas denúncias das ameaças de morte feitas ao companheiro!
Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato o INCRA e seu superintendente Danilo Araújo, bem como o Ouvidor Agrário Nacional Gercino Silva que montam na podre burocracia estatal para criminalizar a luta do movimento camponês combativo!Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato o gerenciamento de turno petista de Dilma Rousseff em sua ofensiva de braços dados com os latifundiários para varrer a questão agrário-camponesa da agenda política nacional e enviando sistematicamente forças repressoras contra os camponeses em luta!
Conclamamos a todos os dirigentes e ativistas da LCP, a todos verdadeiros lutadores e lutadoras do povo, aos trabalhadores, professores e estudantes da cidade, aos povos indígenas e remanescentes de Quilombolas, a todas as massas de camponeses pobres sem-terra ou com pouca terra a nos unirmos ainda mais em torno da sagrada bandeira da revolução agrária, redobrando nossos esforços e mover céus e terra na luta pela destruição do latifúndio, para entregar a terra aos pobres do campo, aos camponeses pobres sem-terra e com pouca terra.
E reafirmamos mais ainda que as classes exploradoras e opressoras, bem como os partidos e políticos que a representam, defendem ou fazem seu jogo e seus esbirros sanguinários, de que se iludem pensando que poderão afogar em sangue a nossa justa luta. Muito ao contrário, Senhores, o sangue derramado dos melhores filhos e filhas do nosso povo rega a nossa grandiosa causa!
Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato os latifundiários Antônio Aureliano Ribeiro de Oliveira, Hiram Pimenta Moura, Rodolfo de tal e toda esta miserável classe de parasitas!
Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato as “autoridades policiais” que tomaram conhecimento das ameaças de morte e juntamente com notórios pistoleiros fizeram incursões nos acampamentos e áreas circundantes para ameaçar o companheiro e outros!
Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato as instituições do Poder Judiciário, juízes, promotores e procuradores a quem foram entregues sucessivas denúncias das ameaças de morte feitas ao companheiro!
Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato o INCRA e seu superintendente Danilo Araújo, bem como o Ouvidor Agrário Nacional Gercino Silva que montam na podre burocracia estatal para criminalizar a luta do movimento camponês combativo!Denunciamos e responsabilizamos pelo seu covarde assassinato o gerenciamento de turno petista de Dilma Rousseff em sua ofensiva de braços dados com os latifundiários para varrer a questão agrário-camponesa da agenda política nacional e enviando sistematicamente forças repressoras contra os camponeses em luta!
Morte ao latifúndio! Terra a quem trabalha!
Viva a Revolução Agrária!
Companheiro Cleomar: Presente na luta!
Viva a Revolução Agrária!
Companheiro Cleomar: Presente na luta!
Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres - LCP - BRASIL
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