viernes, 30 de octubre de 2015

Síria e o imperialismo. Unha analise dos camaradas do Ateneu Proletário Galego.



As origens
Se queremos entender a guerra de Síria devemos retroceder ate a de Afganistam. Porque e em esta guerra donde os serviços secretos de USA, Reino Unido, Arábia Saudita e Paquistám, criam Al Qaeda e os Talibans, No que foi de aquela o maior programa de guerra nom declarada da história. Neste programa os USA gastarom entre 3 mil milhons e mais de 6 mil milhons criando umha força militar de mercenários superior a 35000 homens procedentes de mais de 40 estados. Ao mesmo tempo em América Latina John Negroponte transformava-se no maior esperto da CIA em criar grupos paramilitares, em criar quadrilhas de criminosos (maras, bandas, pandilhas, etc) e utiliza-las para os interesses dos USA. Todos estes grupos assassinavam às pessoas mais combativas e conscientes destes povos, praticando o emprego massivo do terror sobre as massas.
Depois de Afganistam a CIA e o MI6 empregou a estes mesmos terroristas em Jugoslávia, Iraque, Líbia, Síria, Iémen, Continente Africano, etc.
Iraque
No ano 2003 os USA invadem Iraque. O exército iraquiano nom consegue enfrentar militarmente a maior potência de lume do exército ianque, parecendo que esta é umha guerra que nom passará de duas semanas de duraçom, mas ante as agressons que sofre o povo iraquiano em poucos meses surge umha grande resistência popular de caráter progressista e patriótica. Umha força de resistência que ainda que está desorganizada começa a ser impossível de controlar polo exército dos USA. Em esse momento o governador civil de Iraque Paul Bremer substituía à polícia e ao exército iraquiano por novos corpos militares formados por criminosos, que tenhem um perfil psicológico facilmente manipulável. Este tipo de indivíduos som os que passam a formar o exército, a polícia, os serviços segredos, etc. P. Bremer nom fai mais que seguir ao pê da letra os manuais da CIA escrevidos por J. Negroponte, de maneira de que em vez de atuar como no Japom depois da II Guerra Mundial (ou Guerra Antifascista Mundial), é dizer manter à maioria das pessoas que formavam o corpo repressivo do estado nos seus postos, para desta maneira garantir a implicaçom dos “indígenas” no domínio político do estado burguês sobre o povo trabalhador,em esta ocassom optam por criar o paramilitarismo como forma para dominar à povoaçom mediante o terror sobre as massas. Um terror exercido por estrangeiros e por mercenários locais que ocupavam possiçons marginais antes da invasom, polo que nom tenhem aspiraçons a viver numha sociedade na que nom impere o terror massivo como prática política das classes exploradoras.
Em Abril do 2004 chega a Iraque John Negroponte e o seu ajudante Rober S Ford com o encargo de seguir a mesma tática que tam bons resultados lhe deram em Latino América, a de criar corpos paramilitares de terroristas, Tendo o máximo auge dos crimes dos paramilitares em Iraque -antes da apariçom de DAESH-ISIIL- nos anos 2006-2007. Empregando o terrorismo paramilitar o imperialismo consegue iniciar enfrentamentos entre diferentes setores sociais iraquianos, conseguindo debilitar em grande medida a anteriormente em auge resistência popular iraquiana.
Síria
No ano 2006 os USA decidem destruir ao Estado Sírio, buscando com isto vários objetivos estratégicos:
1) Debilitar a Rússia, Iram e a China. O Estado Russo (antes a URSS) foi historicamente um aliado sírio. Em Síria esta a única base naval de Rússia no Mediterrâneo. Os iranianos tenhem um grande projeto de construçom dum gasoduto que levaria o seu gas ate um porto de Síria e outro porto do Líbano. Impedir o megaprojeto da “Nova Rota da Seda”, que conectaria por terra (comboio e estrada) a China com o Mediterráneo.
2) Fortalecer aos seus aliados regionais: Israel, Arábia Saudita, Qatar, Turquia.
3) Fechar o acesso ao Mediterrâneo por terra a Iram e a China.
Em Janeiro do 2011 Rober S Ford é nomeado embaixador na Síria. Em essa data o trabalho dos serviços segredos de: USA, Reino Unido, França, Israel, Turquia, Arábia Saudita, Qatar, Paquistám, já tenhem assinado pessoal e fundos para destruir ao Estado Sírio. Polo que quando chega R S Ford a Síria ao mesmo tempo começam a atuar esquadrons paramilitares.
Em essa época estam entrando em Síria um grande número de mercenários entrenados e armados em Turquia, Arábia Saudita e Qatar. Os mercenários entram em Síria pola fronteira Turca, Iraquiana e Jordana. Estes mercenários tenhem umha origem mui diversa devido a que procedem de mais 83 estados diferentes. Foi precisamente desta maneira como se iniciou a guerra Síria há mais de quatro anos.
Antes de iniciar-se a guerra os meios de comunicaçom do imperialismo iniciarom umha campanha propagandística destinada a criar a ilusom de que existia umha opossiçom progressista ao governo Sírio. Tratava-se da famosa Opossiçom “moderada”, inician-se programas públicos de adestramento e armamento desta oposiçom, que formava o ESL (Exército Sírio “Livre”) a coalizom Nacional Síria” e o “Governo Interino”.
Os mercenários imperialistas utilizam as tendências reacionárias da sociedade proclamando-se estandarte dum novo mundo de ideais religiosas, ainda que a sua própria existência deve-se a motivos terreais e lucrativos do imperialismo, mas que escapam a comprenssom dos integrantes alienados do paramilitarismo.
Os paramilitares utilizam como base de operaçons Iraque e desde alí o seu estado-maior dirige as operaçons em Síria, servindo também como base das tropas de reserva na guerra Síria. O interes por desvincular a estos mercenários de outras zonas do mundo em onde se produziram ataques terroristas de todo tipo e para dar-lhe aparência de um fenómeno local, fam que estes grupos de mercenários utilizam diferentes nomes locais.
Recentemente foi publicado em espanhol um livro de o russo Daniel Estulin (um antigo agente da KGB) titulado “Fora de Control”. Em este livro conta-se o sucedido no 2008 ao suíço Brad Birkenfeld, que nessa época era um empregando do banco suíço USB que descobre que neste banco havia 19000 contas de terroristas, com um saldo de 54000 milhons de dólares. Este empregado denuncia-o ao governo USA, mas ao fim é el quem acaba passando dous anos e meio na cárcere. Igualmente em este livro conta-se que sete lugar-tenentes de Bim Ladem vivem no Reino Unido. Entre eles Abu Doha, Abu Abdalá e Abu Qataba (este último trabalhou para o MI6 segum o jornal The Tames). Igualmente resulta chamativo o casso de Abdelhakim Belhadj, ao que o MI6 sacou da prisom de Guantánamo para usa-lo no 2011 para atacar Líbia.
O nascimento do DAESH-ISIIL deve-se ao imperialismo, mas em estes cassos sucede como quando o império bizantino pediu ajuda ao papa romano para impulsar as cruzadas. Os cruzados eram agentes dos interesses bizantinos, mas também tiverom uns efeitos nom desejados, como o feito que de caminho à batalha, os cruzados aproveintam-se para saquear Constantinopla (a atual Istambul) que era a capital de Bizâncio. Da mesma maneira ainda que o imperialismo foi quem o alimentou e possibilitou o poder do DAESH-ISIIL, é um feito que esta gente tem práticas espontâneas e incontroláveis por parte dos seus amos.
O DAESH-ISIIL quando chegou a dominar um grande território com importantes reservas de petróleo que vende por Turquia, criou umha dinâmica social interna própria.
Conforme se vai desenvolvendo a guerra fica claro que o imperialismo nom vai ter umha vitória rápida, porquê os Sírios, Curdos e outros povos da zona, estam decididos a resistir ate a morte. De maneira que os campos de adestramento clandestinos nom som suficientes e começam a desviar a mercenários aos campos de adestramento de conhecimento público, onde adestra a opossiçom “moderada” da coalizom Nacional Síria e o Governo Interino.
O aumento do número de mercenários imperialistas em Síria e as grandes perdas levam dumha maneira implícita a que cada vez seja mais difícil manter estas operaçons na clandestinidade. Fai-se público em meios alternativos que os mercenários recebem atençom médica em Turquia e Israel. A polícia turca detém camions dos serviços secretos cheios de armas para os mercenários de DAESH-ISIIL-IS-Estad Islâmico e para Al Qaeda-Al Nusra, Irmans muçulmanos, etc.
Em Síria os mercenários imperialistas dividem-se em duas seçons, das que umha está baixo a supervisom particular de Arábia Saudita que é conhecida como a rama Wahabista formada por Al Qaeda-Al Nusra. A outra está baixo supervisom de Qatar, conhecida como rama Salafista, formada por DAESH-ISIIL (Estado Islâmico). Em ocassions estes dous grupos acabam em enfrentamentos armados entre eles, mas os serviços secretos imperialistas que os dirigem impedem que se danem as suas estruturas de meneira significativa.
Ante a ineficácia dos mercenários desde o 2012 há confirmada a presencia na Síria de comandos de militares de USA e de França, sem que se poida confirmar se comandos de outros estados tenhem operado na Síria. Prova disto foi a captura de dous oficiais franceses em Baba Arm.
Em Síria e o Curdistám sírio (Rojava) todas as forças populares tenhem claro que a sua prioridade é destruir aos mercenários terroristas de Al Qaeda e DAESH-ISIIL.
Há dia de hoje ninguém minimamente informado pode duvidar dos vínculos entre toda a opossiçom síria e que esta foi criada e armada polo imperialismo.
Há uns dias o portavoz oficial das YPG Redur Xelil, deixava-o bem claro:”A coalizom Nacional Síria, é a cara política do terrorismo de ISIS. A coalizom e o Governo Interino estiverom a proporcionar ajuda política e financeira a ISIS…”
“Somos conscientes que a coalizom Nacional Síria está a proporcionar ajuda financieira que bem de ocidente para apoiar a ISIS.”
A comclussom que se saca do sucedido em Síria, em Líbia, etc, é que a CIA tem um exército secreto de mercenários. Um exército que pode mobilizar segum os seus interesses.
Os mercenários fascistas que atacam à Síria estam ao serviço do bloco imperialista dos USA e UE, raçom pola que o outro bloco imperialista segue umha dinâmica interessada de ajuda à resistência do povo sírio. Destacando-se a colaboraçom do Estado Russo. Também podemos ver o interesse dos chineses na resistência síria, como se comprova coa chegada este Setembro à costa síria de dous destruidores, e umha fragata. Um feito insólito na política chinesa.
Naturalmente os estados burgueses de Rússia e China nom buscam mais que defender os interesses das suas respetivas oligarquias imperialistas.
O fracasso do paramilitarismo em Síria e Afganistam está demostrado. Há pouco o Mando Central do Pentágono em USA (conhecido como CENTCOM), reconheceu literalmente que: “…só quedam 4 ou 5 pessoas entrenadas por USA entre as forças moderadas da oposiçom síria.” As forças “moderadas” entrenadas por USA estam formando parte de Al Qaeda e DAESH-ISIIL. Isto motivou o reativamento do programa de “entrenar e equipar” do Pentágono. Como parte deste programa recentemente o CENTCOM informava da entrada em Síria por Turquia de 70 homens adestrados por eles, dentro deste programa público de reforço da oposiçom “moderada” síria.
O 21 de Setembro entram em Síria por Turquia, 70 homens fortemente armados, em 12 veículos armados com ametralhadoras pesadas. Estas tropas -segum informa o Daily Telegraph-, umha vez cruzada a fronteira nom tardarom nem um dia em desertar com todo seu equipamento, para unir-se a Al Nusra (Al Qaeda).
Também recentemente as pressons dos USA conseguirom fechar o espaço aéreo grego e búlgaro para os voos dos avions russos com destino a Síria.
A guerra de Síria já passou o momento mais negro, quando Israel e Turquia tinham projectos para invadir este pais. Quando França tinha plans para bombardeia-los, mas a interveçom de Rússia fijo inviáveis todos estes plans.
O governo sírio fijo umha aliança anti-DAESH com Hezbollah, Iram, China e Rússia, por um lado e outra aliança anti-DAESH com o grupo Burkan Al-Furat e as YPG-J. Conseguindo desta maneira juntar as forças e estados que neste momento podem dar-lhe umha ajuda efetiva na guerra.
A guerra provocou um grande número de despraçados na Síria e de refugiados no exterior. No ano 2014 havia um grande contingente de desplaçados que nas estimaçons mais pequenas superava os 5 milhons, aos que tínhamos que somar um milhom no Líbano e mais de milhom e meio em Turquia. Em Turquia os refugiados estavam em campos e nom lhe permitiam circular livremente polo território. Sem duvida que o número de desplaçados internos e refugiados tem aumentado no 2015. É neste ano 2015 no que Estados Unidos chega a conclussom de que a guerra de Síria esta-lhe a custar demasiado, agora que coas tecnologias do fraking podem ser autossuficientes na otençom de petróleo. De maneira que o gasto deve cair sobre os estados da UE, queiram estes ou nom. O que trai como consequência que o Estado Turco permite a circulaçom dos refugiados em direiçom a Europa, como parte da campanha de propaganda para justificar os gastos e o envio de tropas para reforçar aos mercenários do DAESH-ISIIL e Al Qaeda.
Em estes dias iremos vendo como polos meios de comunicaçom a aparecem espertos em Síria e representantes de ONGs, representantes de associaçons de refugiados, etc, todos recem sacados dos fornos da CIA.

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